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Voltar para casa

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Por: Neves Couras;

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É inerente ao Homem, se perguntar: “De onde venho, para onde vou após a minha morte?”. A estas perguntas, dependendo da religião à qual você está vinculado (ou na ausência de crenças como estas), pode-se ser uma incógnita. Entretanto, para as doutrinas filosóficas que acreditam na vida após a morte, essa é uma questão tranquila de se responder, e a morte, ou transição de nossa matéria, pode nos trazer paz ou preocupação.

A morte nada mais é que uma “mudança para outro lugar”.  Podemos explicar essa questão utilizando várias passagens do Evangelho de Jesus, onde fica claro que não morremos. Apenas nosso corpo, em função do desgaste dos órgãos ou mesmo por termos cumprido nossa missão neste planeta, chega a hora da partida.

É tão natural para nós, reencarnacionistas, essa questão que nosso comportamento pode provocar, em alguns, comentários do tipo: “não estão nem ligando para morte de fulano” ou ainda: “fulano morreu e a família parece não guardar nenhum sentimento”.

Esse tema poderia ser visto sobre vários aspectos, mas focarei na partida de um ente querido para uma família reencarnacionista. Escolho esse fato uma vez que algumas pessoas de nossa família partiram no último ano e a nossa vida continua com a mesma rotina de sempre. Será que não sentimos falta deles? Será que não foram importantes para nós? A essas perguntas respondo com um grande: SIM!

No entanto, em primeiro lugar, temos a certeza absoluta que de nossos entes queridos, o que morreu foi seu corpo físico e a sua vida continua na Casa Espiritual, de onde viemos e para onde voltaremos, não mais com um corpo físico denso, mas um corpo sutil, ao qual podemos chamar de corpo espiritual, ou perispírito.

Sabemos que precisamos seguir adiante com nossa vida, pois cada um de nós, também retornará no momento determinado pela divindade. Nem um minuto antes, nem depois.

Temos saudades, lembramos deles, mas até para que eles tenham uma caminhada tranquila onde estiverem, se faz necessário que nos desliguemos deles para que não haja maiores sofrimentos por eles não poderem nos ver, ou em alguns casos, não deixam o ambiente familiar se tornando um grande sofrimento “transitar” entre os seus, tentar conversar e não ser ouvido.

Em muitos casos, quando o espírito não parte de forma tranquila, ou, por exemplo, pode ter sido uma pessoa muito ligada à matéria: bens materiais, sentimentos doentios com relação a alguém da família, ou mesmo no sentido inverso, algum membro da família não consegue aceitar a partida de seu ente querido e isso provoca em quem partiu um grande desconforto.

Este artigo não está sendo escrito para Espíritas, ou para alguém diretamente, mas é uma oportunidade que temos de ajudar a esclarecer o pós morte.  Não se trata, de forma alguma, de tentar convencer o leitor de nenhuma doutrina. Como bem disse o Apóstolo Paulo aos Tessalonicenses 5:19 a 21 “Não extingais o Espirito; não desprezeis as profecias. Discerni tudo e ficai com o que é bom”.

É apenas com esse objetivo que, quando entendemos necessário, abordamos os temas mais ligados a espiritualidade.  Para nós, é muito saudável e reconfortante, saber que nossos entes queridos, ao partirem, seguem sua trajetória e terão suas caminhadas de acordo com o que plantaram aqui. Nada está desvinculado.

Quando Jesus passou pela terra, Ele nos deixou inúmeros ensinamentos. Muitos deles, não compreendemos naquele tempo, mas hoje, já adquirimos conhecimento e amadurecimento para compreendê-los. Todos esses, nos apontavam para a necessidade de praticarmos o bem, de amarmos uns aos outros como a nós mesmos, e, já falava que havia “muitas moradas na casa do Pai” e que a felicidade não é desse mundo.

Observando bem as orientações deixadas por Jesus, podemos pelo menos imaginar, que Seus ensinamentos não poderiam ser apenas para uma vida. Por essa razão também, precisamos fazer pelos que amamos, aqui e agora. Não adianta após a morte de alguém, em primeiro lugar, o considerar “santo”, o que ele não passa a ser só porque morreu. Em segundo, se não fizemos nada por ele ou ela enquanto está aqui, chorar, se lamentar, mandar celebrar um monte de missas e viver um luto, que muitas vezes pode ser apenas consciência pesada, não vai fazer de nós pessoas melhores. Ainda que acreditemos que a vida não acaba com a morte do corpo físico, sabemos que nossa missão uns com os outros é realizada enquanto estamos aqui na Terra, juntos.

O espirito  ao voltar para o mundo espiritual poderá reencontrar os seus parentes que partiram antes dele, e, acima de tudo, se teve um bom plantio de ações durante o tempo que aqui passou, poderá ser acolhido por esses espíritos amigos, ser levado às instancias de tratamento – um hospital espiritual, receber toda assistência até recuperar, pelo menos em parte, seu corpo espiritual e posteriormente, seguir sua caminhada de aprendizado e de conhecimento para se preparar para uma nova reencarnação.

Não sabemos quanto tempo levará para esse retorno. Considerando o tempo na Terra, poderá ser imediatamente, levar anos ou séculos.  A teoria  nos é  ensinada, mas a prática só acontece na carne. Ou seja, quando estamos no corpo físico.  Falo para os que tenho oportunidade de conversar sobre esse tema, que ao voltarmos para Casa Espiritual, levamos aquela cadernetinha da antiga bodega. Já podemos nascer com um algum crédito, mas certamente, temos muitos débitos a serem quitados.

Assim sendo, vamos trabalhar para sermos pessoas do bem e seguir os ensinamentos do Pai. O perdão que damos e recebemos, nos desliga do devedor, mas não faz com que o débito dele ou meu seja quitado.

Portanto, vamos trabalhar para viajarmos com um coração leve e a malinha cheia de boas ações.

Dessa forma, voltar é sempre uma grande alegria.

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