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Responsabilidade Afetiva

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Por: Mirtzi Lima Ribeiro;

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Às vezes em um lapso de indignação, eu gostaria de não me importar com nada, porque a minha vida seria mais leve e suave: não estaria me ocupando ou preocupando com nada e com ninguém. Mas, eu não consigo ser assim porque me importo com as pessoas, suas necessidades, especialmente, os cuidados para manter afetos e amizades.

Mas, nesses momentos de constrangimento por ver que existe gente insensível, eu bem que gostaria de ser ignorante, sim, de não saber de nada, exatamente porque perceber e ter alcance das situações de modo humanizado é algo que nos comove profunda e fortemente.

Entretanto, se a ignorância estiver associada à insensibilidade em alguém, monstros são fabricados e essa pessoa não vai se preocupar com nada além do próprio umbigo, mesmo que prejudique os outros. Quando ela precisar de alguém, vai usá-la sem nenhum traço de empatia, sem construir e nem contribuir com nada para o outro.

Em instantes de decepção com esse tipo tacanho de comportamento de alguns seres humanos, a vontade que dá seria de também agir com egoísmo e exclusivamente sobre os próprios interesses, sem se importar com mais ninguém.

Pessoas que vivem apenas para si mesmas nesse modelo, não dão satisfações a ninguém sobre nada, não criam laços nem responsabilidade afetiva, assim como não têm remorso de errar com os outros. Essas pessoas geralmente, também não assumem sentimentos por ninguém: o que deu, deu, o que não deu, também está bom. E por não estabelecerem responsabilidade afetiva, qualquer pessoa serve para ser usada e depois ser deixada para
lá.

Infelizmente, vemos diariamente isso acontecer com amigos e amigas, que passam por situações desse tipo, de se doarem para quem não liga a mínima para elas, além do quê, em algum momento as excluem quando elas não são mais úteis. Sempre haverá novas presas para serem usadas e depois esquecidas como algo inservível. Assim, essas pessoas vão usando quem estiver disponível para depois deixá-las de lado, fazendo suas vítimas ficarem cansadas de desatenções e deslizes constantes (exatamente porque os algozes não se importam).

Esse é o mundo em distopia, descartável, medonho, que estamos vendo no dia a dia.
São cada vez mais raras as pessoas de verdade que se importam, que se doam aos outros, que se esforçam para construir coisas para aqueles que são próximos ou são queridos.

Exatamente porque são queridos, são amados, são bem-vindos ao coração precisariam ser considerados e respeitados. Mas, os insensíveis e egoístas, só amam a si mesmos, e às vezes nem sabem amar a si mesmos porque destroem as suas possibilidades de levarem
vidas significativas, agregadoras e com felicidade compartilhada entre amigos e parentes.

Apesar desse desalinho de muitos, as premissas que adoto na minha vida, é de ser sensível ao outro, aos outros e à coletividade como um todo. Eu me importo com o outro e com os outros.

Passada a repulsa ao ver esse cenário de indiferenças entre muitas pessoas, continuo a minha toada de espalhar bons sentimentos e de oferecer partilhas generosas.

 

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