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A crise da carne e sua origem

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Por: João Vicente Machado
  Já me reportei nesse espaço sobre a macroeconomia e hoje, questionado por algumas pessoas sobre variação incontrolável de preços, tomei o problema da carne como exemplo para dialogar um pouco sobre o tema.

   Os economistas por formação e intimidade com o tema, costumam usar o economês como idioma, deixando-nos, pobres mortais,  com um profundo complexo de inferioridade linguística.

   Com o despretensioso propósito de ajudar no entendimento, me obriguei a penetrar de ponta de pés nessa catedral capitalista  e através de uma linguagem coloquial que lá ‘in nois’ se chama linguagem pé duro,  tentar decodificar pelo menos o mistério da carne, sem duplo sentido!

    Os fatos:

   Como o modelo econômico liberal transfere  o cerne do seu planejamento  a uma “ divindade” chamada mercado, adota  a expressão francesa laissez faire  cunhada por Adam Smith, o pai do modelo liberal que hoje chamam de neo ( novo) liberal, propaga que o mercado deve funcionar  livremente, sem interferências.
 
    No Brasil de agora, o grupo que apropriou-se do governo adotou o mais profundo e mais devastador do liberalismo e no dizer do banqueiro Paulo Guedes, que se autoproclama economista, entendeu não só de privatizar tudo, mas o que é pior, desnacionalizar a economia (o maior exemplo é a empresa privada EMBRAER que, comprada pela BOING está fechando a fábrica no Brasil agravando a legião de desempregados e subempregados.

   Estão vendendo tudo, até cemitérios estão na vitrine expostos à venda.

  Pois bem, quando uma multinacional compra uma empresa brasileira, ela vai, obviamente, remeter seus lucros para a matriz que não fica no Ingá  do Bacamarte (olha aí Luiz Carlos Soares) e sim no exterior.

   Vai remeter  os lucros na moeda de troca internacional que é o dólar e o governo brasileiro se obriga a ter dólares disponíveis para a remessa dos lucros.


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  Isso em escala, provoca um desequilíbrio no balanço de pagamentos e vai exigir mais e mais reais para tocar a economia.

   Se o governo não dispõe de estoque de dólares, emite títulos imobiliários para captar no mercado que nessa hora tem muito de demoníaco e nada de divino.

    Dispusesse o Brasil  uma indústria de bens duráveis que acabaram,  poderia competir no mercado internacional como tem feito  a Coreia. Nesse caso, não teria a necessidade premente e única  de exportar comodities que é matéria prima, tais como: petróleo, aço, café, cacau, soja,  suco de laranja, minério de ferro, aço, e quem mais? o. famigerado  boi gordo!

    O Brasil, que tem o maior rebanho comercial do mundo, está sem poder comer  carne! Perceberam a contradição?  A abundância gerou uma crise! (a montanha pariu um rato!)

    Ora, com o dólar valorizado e o mercado mundial precisando, o fazendeiro não vai vender boi aos parentes do  meu amigo Manuel Dure para eles abastecerem nossos açougues. Ele vai vender para o exterior e receber muito mais reais com o dólar na cotação em R$ 4,30.

   Na outra ponta, quando relampeia no nascente e os Estados Unidos taxa o minério de ferro , ouve-se choro e ranger de dentes.

   Eu não te disse Berenice? Faz arminha que a carne aparece, o “ mito” vai te dar!

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