Por: João Vicente Machado
A imagem da www.eventbrite revela a expectativa de esplendor da passagem de ano-novo no Rio de Janeiro, que segundo matéria de o globo, custará a bagatela de 18,4 milhões de reais aos cofres da combalida prefeitura municipal, gerida por um dos expoentes da igreja universal que está prefeito da cidade.
Com as finanças em frangalhos, informa-se que a receita corrente líquida não é suficiente para as despesas financeiras e de custeio que a máquina pública do município requer e mantém.
Nesse caso de insolvência o equilíbrio financeiro ou superávit fiscal, será possível por três pressupostos:
1-Aumento da receita.
2-Redução de despesas.
3-As duas opções simultâneas.
Aumentar receita num período de desemprego e de recessão econômica como esse em que vivemos, é possível, mas é muito difícil e de resultados raquíticos.
Diminuir despesas é possível mas há um limite para implementa-la, que é o valor limite mínimo que não comprometa as ações obrigatórias do município que afinal existe para satisfazer as necessidades dos seus munícipes, aqui, ali e alhures.
Dentro desse raciocínio, não é no mínimo prudente que se realize uma festa como essa a um custo tão elevado para literalmente queimar dinheiro público.
Os romanos, quando viviam o fulgor do seu império dominante e dominador usavam o circo romano para a diversão da plebe e repetiam um bordão em latim muito conhecido:
“Panes e circenses” que tinha por tradução pão e circo. Ou seja, se faltar-lhes pão deem-lhes circo.
Como entre outras coisas está faltando pão na Cidade Maravilhosa, esse espetáculo fantástico e belo poderia ser classificado como o que?
Tenhamos todos nós a capacidade de construir o ano de 2020 em nosso favor.