Saneamento básico – FINAL

Por: João Vicente Machado

    

    Nos dois textos anteriores nos reportamos ao sistema integrado de abastecimento de água de Campina Grande e mais 36 municípios e hoje abordaremos aspectos do esgotamento sanitário.

    Quando a CAGEPA incorporou a SANESA, Empresa Estatal  que operava o saneamento da cidade,  o abastecimento de água contemplava 30% da população e a cobertura do esgotamento sanitário era de apenas 6%.

  Com recursos do PLANASA e muita determinação, a CAGEPA não só ampliou a produção de água como iniciou um arrojado plano de esgotamento sanitário.

    Hoje em dia, a cidade está incluída em um privilegiado ranking nacional e pelos números oficiais do SNIS, figura como uma das primeiras  do Brasil,  tanto em abastecimento de água que hoje exibe uma cobertura de 100%, como em esgotamento e tratamento de esgotos com uma cobertura de 95% com 100% de tratamento.  Esses números a colocam à frente de quase todas as capitais do Brasil além de ser um belo exemplo de medicina preventiva.

   Após esse texto e os dois que o antecederam vem as indagações e reflexões pertinentes:

    1- Qual foi a origem dos recursos que permitiram essa performance?

    Obviamente foram recursos de todo povo da Paraíba contribuinte de impostos que capitalizaram a CAGEPA.  Essa, por sua vez, usando o princípio dos subsídios cruzados, supre de água os demais municípios, todos com 98% a 100% de abastecimento e está construindo redes coletoras e tratamento de esgotos em parte deles.

   A retirada egoísta de Campina Grande dessa integração irá condenar os demais municípios a não poderem manter as condições atuais e até ampliar. O ônus político dessa insólita decisão será creditado ao prefeito Romero Rodrigues e ao seu grupo de apoio!

    2- Qual é afinal a motivação que move o prefeito Romero Rodrigues.  

   O edital revela uma obrigatoriedade ao parceiro privado  de abastecimento de água de 90% no décimo quarto ano a partir de agora quando hoje já é de 100%.

    Exige uma cobertura de 70% de esgotos no décimo quarto ano, quando hoje é de 95% com 100% tratados.

   Anseia por uma perda física de água de 30% no mesmo período de catorze anos, quando em dezembro de 2018 era de 26%.

  O prefeito Romero Rodrigues tem a obrigação de vir a público justificar a atitude dele ou dos assessores, ainda hoje cancelar esse edital inócuo.

   Do contrário assumir o ônus do desmantelamento do saneamento básico na Paraíba, colocando em risco a saúde do nosso povo.

Mais Lidas

Arquivo