A grandeza de Sebastião Salgado


Por: João Vicente Machado

  Para os que não conhecem, Sebastião Salgado é doutor em economia e depois de várias missões diplomáticas da UNICEF, da ONU e da OMS, resolveu virar fotógrafo social e hoje eu não conheço no mundo um igual. 

  Casado a 56 anos com a arquiteta e urbanista Lélia Wanick Salgado, sua companheira de vida e de ideias e entre tantas que já tiveram, resolveram retornar a Aimorés, em Minas Gerais, de onde são originários, e assumir a posse da propriedade rural da família, no ano de 1994, para explora-la racionalmente.

   A partir  daí, e ao verem a terra erodida, calcinada  e devastada, e como vegetação de cerrado, exibindo a irracionalidade humana de transformar tudo em dinheiro, no afã do  lucro fácil que transforma tudo em mercadoria, resolveram reflorestar a área.

antes


    Para tanto, começaram a plantar 2 milhões de árvores nativas em 20 anos de incansável trabalho e a assistirem o resultado do que fizeram, com a volta das espécies desaparecidas, restaurando o bioma tanto no tocante à flora como a fauna.

  O resultado é concreto e visível nas fotos do próprio Sebastião, que revelam “o milagre da ressurreição vegetal”, espetáculo pedagógico da mãe natureza.   

depois


   Além deles, temos notícias de outros apóstolos dessa causa, de naturalistas vocacionados que  abraçaram essa luta reescrevendo a história e mostrando que a natureza nos dá tudo que precisamos, desde que não seja covardemente agredida pelo bicho homem como vem sendo.

    Tenho um sobrinho, em Lavras da Mangabeira, no Ceará, de nome Zé Neto Machado, que está, junto com a esposa Joiza e os filhos, restaurando a Floresta do Bode, onde vive e mora, num belo exemplo que orgulha toda família e educa os vizinhos.

    Lembrem-se,  a natureza não  se queixa, se vinga!

Mais Lidas

Arquivo