Por: Mirtzi Lima Ribeiro,
A vida precisaria ser, antes de tudo, vista como um grande e surpreendente experimento, onde aprendemos e desaprendemos continuamente.
Como pode ser isso?
No meu entender, devemos adotar um estado receptivo e permanecermos dispostos a reciclar pensamentos, conforme vamos ampliando nossa bolha, nossa perspectiva e expandindo nossa visão de mundo.
É preciso desconstruir padrões obsoletos, desaprender clichês não saudáveis assim como os preconceitos, principalmente aquelas questões carimbadas como verdades absolutas e inquestionáveis.
Afinal, viver é um eterno fluir, um câmbio contínuo, um movimento ininterrupto de forças e de energias que se modificam o tempo todo, através de fatores internos e externos. É um rico, elaborado e requintado processo conjunto.
Nada fica estático e o que não segue esse fluxo ficando parado entra em estagnação. É isso é ficar à mercê da involução, das letargias daninhas que vão criando bolor ou resíduos nocivos.
Todos os sistemas que se sustentam e equilibram, são continuamente modificados de acordo com as circunstâncias circundantes, os avanços empreendidos e as novas compreensões alcançadas.
Na inconsciência, pensamos no próprio umbigo. Ao passo que vamos avançando em consciência, começamos a incluir e a expandir nos nossos interesses e cuidados, campos mais abrangentes: além de nós mesmos, integramos também a família, os amigos, conhecidos e desconhecidos, colegas, o trabalho, o lar, a coletividade, a sociedade, a fauna e a flora, o meio ambiente e a natureza, as relações cordatas com outros países, o planeta, o Cosmo inteiro e a vida infinita.
Nosso campo se expande para abraçar o todo, o coletivo, a vida em si com todas as suas formas de vida, inclusive a manutenção e atualização daquilo que criamos e é resultado da inventividade (obras, projetos, literatura, mundo virtual, memórias e acervos da civilização, da arte e da cultura).
Quanto mais restrito for o nosso foco, mais nos mostraremos egotistas e exclusivistas.
Quanto mais ampla for a nossa visão e alcance, o cerne no âmbito da consciência manifestada neste plano da existência, mais inclusivos nós seremos.