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O Que Esperar de Um Novo Governo Trump?

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Por: João Vicente Machado Sobrinho;

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No dia de hoje, 20 de janeiro de 2025, deve estar tomando posse como o 47° presidente dos Estados Unidos da América do Norte-USAN, o empresário fanfarrão Donald TRUMP. O governante empossado terá sob o seu comando, um grande poderio político e administrativo daquela que, pelo menos até o dia de hoje, ainda pode ser considerada a maior economia e a maior máquina de guerra do Planeta Terra. Não há como negar, que existe uma grande apreensão mundial quanto aos rumos a serem dados por TRUMP à geopolítica daquele país do Norte das Américas. Tanto No que diz respeito às questões macroeconômicas, quanto no que diz respeito à ideia fixa de  expansão do domínio imperialista dos USAN. Os alvos serão os países do chamado terceiro mundo  potencialmente ricos e os países emergentes com potencial de ameaça ao seu domínio como o é o caso da Venezuela e do Brasil.


Donald Trump já ocupou uma vez a chefia de governo e de estado dos USAN e como é do domínio público o seu perfil inclui: racismo, machismo, misoginia, xenofobismo, extremismo, intolerância, etc. Como um convicto representante da extrema direita ele é filiado a um partido ultra conservador de viés fascista, o Partido Republicano. Na sua primeira e atribulada gestão ele teve uma prática de governo conflituosa, por conta das suas atitudes atrabiliárias que em muito agrada ao alter ego neocolonialista da maioria dos seus correligionários e admiradores. Na sua saga possessiva, Donald Trump deve ter tomado por empréstimo a frase atribuída a Thomas Jefferson: “América First,” e por se considerar o enviado para essa missão entendeu de candidatar-se mais uma vez.

Atravessou toda sua campanha eleitoral no ano de 2024 sob o olhar leniente da oposição democrata, tendo sido incurso em vários ilícitos e respondido em juízo, por algumas representações criminais que foram interpostas, as quais depois de eleito foram arquivadas.

Diante do exemplo concreto daquilo que foi o seu primeiro governo, não há como acreditar em isonomia e em equilíbrio do seu segundo governo que começa hoje. Basta conferir as suas primeiras declarações ameaçadoras à integridade e à independência do Canadá e do Panamá. Os primeiros auxiliares escolhidos por ele, inclui desde refugiados cubanos, até o rei das notícias falsas Elon Musk (fake news) além de ricos doadores de campanha, tão ou mais extremistas do que ele.

Trump chega de volta à presidência dos USAN, com o estigma de ter sido o primeiro presidente da história daquele país que se elegeu com uma condenação criminal. Ele foi condenado em Nova York por falsificação de registros empresariais.

Para assegurar a fidelidade aos fatos e aumentar a ansiedade, relembremos parte do elenco de compromissos públicos assumidos pelo então candidato que virou o presidente empossado dos USAN do dia de hoje, Donald Trump: (Ou seria Danado Trump?)

1-Deportar imigrantes sem documentos
2-Medidas sobre economia imposto e tarifa
3-Eliminar regulamentações climáticas
4-Encerrar a guerra da Ucrânia
5-Eliminar a proibição do aborto
6-Perdão a alguns manifestantes do 06 de janeiro de 2021
7-Demitir o procurador geral Jack Smith entre outras.

Com relação às reiteradas declarações de TRUMP de deportar imigrantes latino-americanos sem o devido registro legal, essa também  tem sido uma prática corrente de alguns países da Europa com relação aos africanos. Nos USAN onde essa prática tornou-se uma política de Estado, ao que parece no governo TRUMP se tornará muito mais rígida.

É de domínio público que o ponto de entrada da grande imigração nos USAN, é majoritariamente a fronteira com o México. Aquele país tem sido a ponte que liga o sofrido mundo do trabalho latino-americano “ao ilusório paraíso terrestre” do liberalismo capitalista, que “permite” aos mortais comuns o acesso à riqueza material. Os imigrantes iludidos com o eldorado, entre os quais estão os brasileiros, são vítimas da pobreza e da fome, e são  tangidos pela marginalização provocada pelo modelo econômico ultraliberal, uma imposição do modo de acumulação capitalista afiançada e sustentada pelos USAN.

Os imigrantes além de esperançosos em alcançar uma melhor qualidade de vida e na embriagues da conhecida miragem capitalista, são vistos pelo xenofobismo estadunidense como indesejáveis e danosos à economia. Apesar de tudo isso, arriscam até a própria vida, em busca numa travessia perigosa através da murada ou das águas do Rio Grande.

Exatamente na fronteira dos USAN com o México, um pais considerado amigo, se deparam com um muro alto de 3.210 Km de extensão, que foi totalmente construído pelos USAN. No trecho terrestre, a gigantesca muralha em concreto armado, é revestida com arame farpado e equipada com uma cerca elétrica além de rigorosa e violenta vigilância policial armada, com o auxílio de vários cães farejadores ferozes. No trecho do Rio, boias impeditivas ocupam todo talvegue do Rio até o Golfo do México.

A primeira grande contradição dessa atitude truculenta dos USAN, reside no fato de que um país que se dizia defensor da liberdade mundial e que passou todo período da guerra fria denunciando aquilo que chamava de CORTINA DE FERRO na cidade de Berlim, tenha se prestado para construir com requintes de crueldade, uma imensa barreira separatória com o México que é seu aliado, 25 vezes maior do que A CORTINA DE FERRO.

A segunda grande contradição, é que o capital migratório que perambula pelo mundo afora, em busca de reprodução e lucro, é livre para transitar nos USAN ou em quaisquer outro país de economia liberal capitalista, sem ser impedido e sem ser molestado. Ele transita com a “autorização” da chamada globalização, que nada tem de novo pois, foi posta em prática desde o período da idade média das grandes navegações.

A propósito disso, a metáfora que estamos usando no nosso artigo, tem muita semelhança com a trajetória palmilhada pelos mundos do capital e do trabalho, onde as contradições são uma constante e o tratamento dispensado a ambos é totalmente antagônico.
No período da idade média e das grandes navegações, os mares eram navegados por navios e caravelas pertencentes às potencias da época, carregadas de preciosidades.

O que fez a Inglaterra que era a potência surgente, ao se sentir preterida? Organizou e financiou grupos de navios corsários, fortemente armados, com o propósito de tomar à força a posse de bens duráveis como: madeira nobre, minerais preciosos e raros, além de peças artesanais históricas que eram expropriadas pelos colonizadores. Isso prova que a velha estória do processo de globalização não foi um conto de fadas e sim um processo invasor possessivo.

Quanto à nova (velha) globalização, a mercadoria em trânsito agora é o dinheiro que nada produz, portanto, é um andarilho da banca internacional em busca de usura, com grande mobilidade e trânsito livre.

Essa movimentação frenética tem como objetivo maior a máxima  reprodução do capital, com o máximo lucro e sem acasalamento. Como é muito fácil de constatar, o trânsito do capital ao contrário do trânsito do trabalho, é mundialmente livre e desimpedido, sem a exigência de salvo conduto ou de passaporte. E tem mais um detalhe, se a transação for clandestina como eram na época da velha (nova) globalização, jamais deixarão de ser bem vindas, bem acolhidas, bem protegidas e com direito inclusive a repouso até nos chamados paraísos fiscais que todos sabem que existe, mas os mantem  intocáveis.
Moral da história: Ao capital tudo, ao trabalho o cumprimento das leis!

No que concerne à oneração fiscal de mercadorias através da cobrança de impostos ou de tarifas, é algo muito comum nas transações comerciais entre países. O seu propósito é fazer o que a lenda do mercado com sua mão invisível não faz, ou seja, ajustar de maneira automática, os interesses comerciais entre os países. Acontece que aqueles com mais musculatura econômica podem agir com maior ou menor rigidez numa luta desigual do forte contra o fraco. Essa é uma forma unilateral nada isonômica a qual é usada acintosamente pelos países industrializados, para obstaculizar o desenvolvimento cientifico, tecnológico e industrial dos países emergentes. Através do cooptação de governantes fracos, impõem uma política de privatização leonina com o fito de manter em suas mãos o monopólio industrial. Além disso, se adonam de minerais e setores estratégicos da economia como é o caso do nióbio, e do lítio, da energia elétrica e fóssil dos países emergentes, reduzindo-os a meros produtores de commodities.

A teoria liberal capitalista que jura que o mercado tudo ajusta, quando se trata de gerir e acariciar o rico dinheirinho da classe dominante, permanece atenta e sob forte monitoramento dos seus capatazes. O rigor das políticas e normas que elaboram são tacapes de guerra em mãos dos economistas ortodoxos, orgânicos ao capitalismo selvagem. As leis, as normas, os cortes e os contingenciamentos, só têm aplicação rigorosa no bolso dos assalariados que são pobres de classe média baixa, e no lombo dos miseráveis como ameaça fazer TRUMP.

Um outro compromisso do xerife TRUMP que hoje é empossado como presidente dos USAN, é eliminar as regulamentações climáticas. Isso significa dizer que os USAN continuarão ignorando as reuniões e os Congressos Climáticos, e a dar as costas para as suas recomendações.

Os Congressos Climáticos são reuniões periódicas de subida importância, para discutir, para tomar decisões e para firmar compromissos oficiais sobre as mudanças climáticas que estão em curso e que causarão impactos que ninguém em sã consciência pode negar.

Em novembro do corrente ano o Brasil sediará a COP 30 que será realizada em Belém do Pará, após transcorrido um ano do governo TRUMP e numa época em que ele já deve ter mostrado suas cartas. O Congresso foi programado para acontecer propositadamente na região amazônica que é o nosso bioma mais rico em aprisionamento de carbono e em água doce do mundo. Em contrapartida é o bioma mundial mais pressionado e mais cobiçado, tanto pela sua biodiversidade, quanto pela sua riqueza em minerais raros além de ser também  rica em minerais e energia fóssil.

Na Amazônia tem ocorrido além da agressão aos povos originários e aos indígenas,  agressões  ao meio ambiente através da mineração predatória, através do garimpo clandestino, através da devastação da floresta para fins de formação de pastagem etc.
Catástrofes diversas é o que não faltaram em diversos locais do planeta terra causando impactos ambientais gigantescos e a extinção de várias espécies.

No Brasil assistimos à catástrofe que se abateu sobre a quase totalidade do estado do Rio Grande do Sul e se estendeu desde o início do mês de abril até o termino do mês de maio de 2024. Além disso presenciamos outra catástrofe de enorme impacto ambiental que foram os incêndios criminosos de proporções gigantescas que se iniciaram pelo pantanal e se alastraram pelo país. O fogo consumiu em grande parte a biodiversidade dos seis biomas do país, se estendendo entre os meses de janeiro e setembro de 2024, com a devastação de 22,38 milhões de hectares.

Como se fosse um castigo divino e para provar que todas essas catástrofes mesmo distantes uma das outras têm interação. Portanto, a empáfia, a arrogância e indiferença dos USAN para com os problemas climáticos não foram suficientes para evitar o gigantesco incêndio que ainda está em curso na Califórnia, um dos estados mais ricos daquele país onde reside grande parte da alta burguesia intelectual, artística e financeira estadunidense.

Há outros compromissos de Donald Trump, como:
. Encerrar a guerra da Ucrânia
. Eliminar a proibição do aborto
. Perdoar os golpistas de 06 de janeiro de 2021 e,
. Demitir no primeiro segundo de governo o procurador geral Jack Smith que o processou.

Aguardemos o transcorrer dos primeiros dias do seu governo, para conferir as suas bravatas!

 

 

 

 

 

 

Referências:
Brasil tem 22,38 milhões de hectares atingidos pelo fogo em nove meses | Agência Brasil;
relatorio-sisperdas-evento-enchentes-em-maio-2024.pdf;
Entenda as verdadeiras causas das queimadas no Pantanal | WWF Brasil;
Amazônia possui mais de 4 mil garimpos ilegais, mostra estudo da OTCA com WWF-Brasil | WWF Brasil;
Neoliberalismo durável: o Consenso de Washington na Onda Ros (…) – Artigo – Revista Opinião Pública – Cesop;

Fotografias:
BRICS: Xi Jinping pede por maior voz das economias emergentes – Vermelho;
Muro fronteiriço Estados Unidos-México – Wikipédia, a enciclopédia livre;
Câmara dos EUA aprova US$ 1,6 bi para muro na fronteira mexicana | Exame;
Texas instala boias em rio para impedir passagem de migrantes na fronteira EUA-México; vídeo;
Lobos do Mar – Os Corsários da Rainha Elizabeth – Enciclopédia da História Mundial;
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