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Caminhos da natureza

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Por:Emerson Monteiro;

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Nesses tempos de pouca água nas torneiras e temperaturas ferventes no mundo aceso, mesmo quem antes nunca pensou em conservacionismo das coisas na Natureza, corre o risco sério de parar pensando nas conseqüências dos tantos e tantos séculos de abandono a que relegaram as fontes da vida na Terra.

São muitos para destruir e poucos para plantar e construir, eis a verdade principal do nível de preocupação com florestas, mares, rios, ar e animais, todos fixados em descobrir meios de lucrar, no procedimento predatório herdado e multiplicado pelos senhores coloniais.

Vive-se na atual geração o ponto extremo da transição entre o homem extrativo e homem sustentável, fase por demais periclitante, em que o menor deslize poderá colocar em xeque a natural sobrevivência de todas as espécies.

As ações do Greenpeace, por exemplo, bem demonstram a conscientização desse grave momento, nas atitudes reprovativas do que os mercenários da hora promovem nos mais diversos lugares.

imagem: Divulgação

Bem pensassem os líderes dos países e os acontecimentos, por certo, estariam noutros patamares. No entanto, seguem as políticas visando tão só frutos madeireiros de fria destruição de florestas, estiolando solos milenares e sacrificando a fauna, em acelerada devastação inconsequente, posições inclusive do Brasil atual.

Existem órgãos estruturados a combater ditas ações, contudo a responsabilidade cabe a todos os segmentos da população, através dos esperançosos conselhos municipais de meio ambiente, de raro em raro funcionando a contento. A crise moral, que fere outras instituições, fere sobremodo as causas da natureza, justificando no lucro a fome de resultados nas balanças de pagamento dos juros externos.

Imagem: Divulgação

Tarefa hercúlea conduzem esses órgãos responsáveis pela preservação das fontes da vida em países atrasados, de mentalidade mais atrasada ainda. Muito se fez até agora, e mais resta a fazer, dagora em diante. Ninguém se diga indiferente aos modos de manter a qualquer custo os nacos de mata virgem, água limpa e ar puro que restam em volta do globo, a pretexto de nada lhe dizer respeito. A coisa chega de jeito radical porque esqueceram de que o Planeta é ser vivo e merece cuidados imprescindíveis aos que respiram e obedecem às idênticas leis universais dos sistemas integrados.

Cidades do Nordeste vivem hoje dramas de rarificação de água potável impossíveis de imaginar poucas décadas atrás. O São Francisco, denominado o rio da integração nacional, por percorrer vários Estados, desde Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas, a Sergipe, alimentando de iluminação e trabalho inúmeros rincões, vê-se minguado do quanto desmataram nas suas origens, sem que houvesse medidas pertinentes a conter os crimes cometidos a olhos vistos e discursos abertos.

Imagem: Divulgação

Ainda existe tempo a providências ao gosto de todos para se começar no intuito de conter a voracidade predadora da humanidade que devorou as minas e o povo do continente africano, e cresce, neste princípio de milênio, as garras metálicas contra as terras latino-americanas, bola geopolítica do capitalismo faminto da vez. Só assim, pois, descobria-se que tudo com tudo tem a haver.

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