Por: Neves Couras,
Nestes últimos tempos temos identificado um grande número de crianças com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) que “reúne desordens de desenvolvimento neurológico presentes desde o nascimento ou começo da infância” . Não iremos detalhar os tipos nem sintomas desse Transtorno, pois não é neste o objetivo desse artigo.
O que tem nos tem chamado a atenção é o porquê de tantas crianças autistas. Neste caso, como em outras enfermidades, considerando que há exceções, a resposta é sempre a mesma: são Espíritos que em vida anterior, cometeram equívocos que podem ter sido de ordem comportamental, mental e, segundo o Médium Divaldo Franco, de relacionamento humano.
Trazem, como em incontáveis outras condições, um débito a ser quitado. Quanto mais conhecemos o genoma humano mais conhecemos a sua complexidade, e como, a mínima alteração em seu sequenciamento pode gerar especificidades nos indivíduos, desde a cor dos olhos como doenças ou transtornos. No caso do TEA, sabe-se que os espíritos que nascem essa missão, o trazem desde o seu mapa genético.
O que me levou a falar sobre esse tema foram conversas com várias professoras, algumas de escolas públicas outras de escolas privadas, em municípios do interior, onde as mães, as próprias professoras e equipes que trabalham no sistema educacional não estão preparados para conviverem, trabalharem e contribuírem com o desenvolvimento com crianças com este Transtorno.
Como nosso objetivo neste espaço é o de chamar a atenção do nosso público, assim como para outras pessoas que compartilham nossos artigos, para uma urgente necessidade de conclamarmos aos Poderes constituídos dos país para uma ação que vise, sistematicamente, não apenas garantir incentivos financeiros, mas a verdadeira inclusão dessas pessoas na nossa sociedade, que com a presença de sujeitos cada vez mais diversos só tem a crescer e melhorar.
Na convivência escolar, crianças que, por não saberem, ou não compreenderem o motivo daquele coleguinha ser diferente, começam rejeitá-los e muitas vezes o fazem até estimulados por seus pais que também não sabem o que é o Autismo.
É urgente e necessário, que comecemos a dar mais atenção para este tipo de transtorno, pois além dessas crianças não serem compreendidas, o comportamento de seus coleguinhas pode contribuir para que, dependendo do grau de suporte que a criança demande, possam desenvolver graves problemas de rejeição e consequentemente depressão e tantas outras consequências.
Infelizmente, não são apenas professores e coleguinhas que não estão preparados para conviverem com crianças que carregam alguma diferença. Por mais incrível que possa parecer, muitos pais também não sabem lidar com seus filhos que nasceram diferentes dos demais.
É importante saber que os pais que recebem essas crianças como filhos, certamente contribuíram para as questões que seus filhos, nesta existência, vieram para corrigir. Temos depoimentos que nos contam de casos em que pais com crianças que nasceram com alguma dessas condições neurodiversas, que alguns casos, rejeitam esses filhos, ou em situações outras, o pai abandona a mãe porquê não aceita ter um filho com deficiência.
Não sabem esses pais, e todos aqueles que têm a oportunidade de lidar com essas crianças que estão perdendo a grande oportunidade que eles estão dando do grande aprendizado para que se desenvolva em cada um o amor. Essas crianças precisam sim, de apoio financeiro e institucional, mas não diferente de qualquer outra criança ou adulto, precisam de acolhimento e amor.
Elas vieram para corrigir seus erros do passado, mas acima de tudo, o que elas mais precisam é de amor e compreensão. Não esqueçamos das palavras do grande Médico de todos os médicos, que o remédio mais poderoso e que tudo cura é o amor.
Lembremos que a divindade vem nos oferecendo grandes oportunidades de aprendermos a amar. Amar uma criança por mais exigente que seja o seu cuidado, é a missão maior e mais bela para os pais e para que com elas convivem.
É de amor que todos nós precisamos. É o amor o maior remédio que a humanidade está precisando neste momento.