Por: Emerson Monteiro;
É isso o que se tem todo tempo, duas estradas à nossa frente. A escolha de todos fica por conta de si mesmo e uma delas. Podemos embarcar no sentido da luta, da decepção com a gente e com os outros, a tal depressão, mal do século, qual denominam. Do outro, a paz, a aceitação do que há e sorrir por dentro feitos quem aceita o jeito desse universo. Acreditar em dias melhores que sucedam a cada momento, independente do que queiram impor dalgum lugar deste chão. Sustentar o senso de viver como instrumento de transformação dos mundos restritos do que quiserem obrigar. Saber que temos ao nosso conhecimento a força de uma nova consciência num constante movimento, e que, independente dos tons de cinza, poderemos recriar os momentos, fazer do amargo o doce, viver com arte.
Esses dois corredores pululam sempre aos nossos olhos todo instante, onde podemos ser vítimas de nós mesmos, pelos equívocos, ou dar a volta por cima face os desmandos que ocorram diante das próprias ações equivocadas. São estas as tais escolhas cotidianas, conquanto sejamos seres em permanente evolução. Ninguém queira cantar de herói face aos mistérios deste processo.
Assim, tal seja; vislumbramos estados mais adiantados de aperfeiçoamento, quando, então, chegar-se-á à santidade esperada, aonde somaremos os esforços numa única faixa das criaturas bem formadas pelo processo de compreensão ora em andamento.
Essa história só terá fim quando todos, sem exclusão ou discriminação, obtivermos passaporte aos níveis superiores da Criação, independente das visões parciais que agora vislumbramos apenas nesses dois corredores aos nossos pés. Bem aquinhoado, pois, o direito de existir, sem nenhuma dúvida. Aos que definem a caminhada pelos primeiros passos por certo irão presenciar, nas longas experiências, a humildade e o aprimoramento no transcorrer da colheita das muitas escolhas que fizer.