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Santo Antônio, preciso te agradecer

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Neste mês de tanta festa e tanta alegria dedicada aos Santos Antônio, João e Pedro, não poderíamos deixar de também fazer uma pequena homenagem, que dedico a Santo Antônio. O Santo conhecido como casamenteiro tem tantos outros atributos, que mesmo que nesta semana tenha se comemorado o “dia dos namorados”, não irei me referir a esse atributo de casamenteiro. Dizem os mais velhos que ele arranja o casamento, mas se quiser um noivo/marido bom, ah… aí tem que falar com São José.

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Inicialmente consideradas pagãs pela Igreja Católica, as festas juninas, como popularmente falamos, uma das mais tradicionais de nosso país, estão intimamente ligadas às antigas festas do paganismo, datas em que se agradeciam as colheitas, a fecundidade da terra e a fecundidade humana.

Faziam parte dos rituais as fogueiras para festejar a fertilidade.

Na atualidade, são as fogueiras que mantém o “fogo acesso” talvez de forma inconsciente, mas com o mesmo significado e sem demonstrar a parte “profana” da festa. Estas também foram incorporadas nas celebrações cristãs representando a forma que Isabel utilizara para avisar a Maria o nascimento de João Batista.

No Brasil, a tradição foi introduzida pelos europeus, mas com o passar do tempo foram acrescidos elementos da nossa forma de ser com elementos da nossa cultura camponesa, com as vestimentas coloridas, a música e, principalmente, com a nossa culinária mesclada de tons e sabores, assim como nosso povo.

Alguns elementos das festas do mês, vem sendo esquecidos. Apesar de termos a mesa repleta de alimentos advindos da terra que com o advento da irrigação passaram a fazer parte do cotidiano, tradicionalmente, contudo, por dependência das chuvas, eram colhidos apenas nesta época. Assim, perdeu-se um pouco o significado de graças à colheita e fartura. Quanto a fecundidade, os casamentos tinham essa representatividade, eram realizados a beira da fogueira, trazendo um pouco de ingenuidade e de paixão. O seu significado parece ter perdido o encanto, assim como as adivinhações nas noites de Santo Antônio e São João principalmente.

Quanto às quadrilhas, que em outras épocas, precisavam apenas do marcador com sua voz ritmada para que os casais seguissem seu comando, não havia lugar para passos ensaiados nas vidas dos camponeses nem de roupas que demandassem poder aquisitivo nem tão pouco patrocínio.

No entanto, o que vemos hoje, são verdadeiros shows comandados por empresários, e disputa para ver qual a quadrilha que apresentou maiores novidades em se tratando de forma de dançar e até mesmo a maior riqueza em seu guarda roupa, descaracterizando totalmente a quadrilha que crescemos e fomos habituados a gostar da forma simples e bem humorada em sua apresentação. Contudo, não podemos deixar que o saudosismo de nossos corações nos impeça de ver que por milênios as tradições vêm se reinventando, e essa é a constância desses movimentos.

As quadrilhas com ensaios e torcidas não são as que me recordo, mas são parte dos novos modos e costumes que mantém a nossa tradição viva e impedindo que se transforme em um beatismo empoeirado e sem valor para as novas gerações.

As roupas simples, apresentando remendos de tecidos xadrez, ou mesmo as camisas com o mesmo motivo, os vestidos de chita com saias abundantemente franzidas, o chapéu de palha que representava o mesmo utilizado na labuta de todos os dias, tinham aparência meio defeituosos e com a aparência de surrados. As comidas feitas a base do milho verde, a macaxeira, que enchiam as singelas mesas com tolhas também feitas de chitas, além de dar energia para uma noite de forró, aqueciam o estômago e os corações do que se aventuravam naquela esperada noite de festa.

O céu todo estrelado e iluminado assim como iluminados eram os corações dos enamorados, que aproveitavam a festa para se tocarem e sentirem o coração que batia como o som do zabumba e o toque da sanfona.

Quem é Santo Antônio?

Fernando Antônio de Bulhões, nasceu em Lisboa – Portugal, em 15 de agosto de 1195. De família nobre e rica, era filho único de Martinho de Bulhões, oficial do exército de Dom Afonso e de Tereza Taveira. Sua formação inicial foi feita pelos cônegos da Catedral de Lisboa. Antônio gostava de estudar e talvez por precisar de silencio e meditação, ficava sempre muito quieto e só.

Era um jovem de palavras fáceis ditas com muita energia. Em função de seus talentos, São Francisco o nomeou o primeiro leitor de Teologia da Ordem. Logo depois, o mandou estudar teologia para ensinar a seus alunos e se aperfeiçoar como orador. As pregações que Antônio fazia conseguiam reunir mais de 30 mil pessoas para ouvi-lo e enquanto falava, muitos milagres aconteciam. Após a morte de São Francisco, foi Antônio encarregado de apresentar ao Papa em Roma a Regra da Ordem de São Francisco.

Santo Antônio também é conhecido por ser o protetor das coisas perdidas e dos pobres. Além de ser atribuído a ele muitos milagres ainda em vida. Redigiu os Sermões, tratados sobre a quaresma e os evangelhos, que estão impressos em dois grandes volumes de sua obra. Durante suas pregações nas praças e igrejas, muitos cegos, surdos, coxos e muitos doentes ficavam curados.

Santo Antônio morreu em Pádua, na Itália, em 13 de junho de 1231, com 36 anos. Por isso ele é conhecido também como Santo Antônio de Pádua. Antes de falecer nas portas de Pádua, Santo Antônio diz: ó Virgem gloriosa que estais acima das estrelas. E completou, estou vendo o meu Senhor. Em seguida, faleceu.

Sua canonização foi realizada pelo Papa Gregório IX, na catedral de Espoleto, em 30 de maio de 1232, sendo o processo mais rápido da história da Igreja. Em 1934 foi declarado Padroeiro de Portugal, em 1946 foi proclamado Doutor da Igreja pelo Papa Pio XII.

O Santo que traz alegria

Não tenho como deixar de lado a missão de arranjar namorado que é dedicada ao Santo das adivinhações, que se diga de passagem, são excelente forma de brincadeiras ou, quem sabe, do Santo demonstrar sua força. Certo é, que ele dá seu empurrãozinho para se encontrar o namorado. Tenho que trazer para vocês o que aprendi convivendo com uma grande quantidade de tias e primas, que, na véspera de Santo Antônio, estavam lá com suas bacias com água, suas alianças penduradas em um fio de cabelo batendo no copo, na tentativa de descobrir pelo menos a primeira letra do nome do seu futuro amor.

Mas dessas adivinhações, tem uma que não poderei esquecer. Não vou dizer o nome da tia, mas todos da família saberão de quem estou falando. Esta, utilizou uma outra forma de identificar o seu futuro amor. Tudo teria início com a aquisição de uma faca virgem, que seria colocada na noite anterior, no caule de uma bananeira. No dia seguinte, ao acordar-se, a moça, sem falar com ninguém, rezaria uma Ave Maria e puxava a faca. E olha, o Santo não negou fogo, estavam lá as iniciais do amor da vida dela.

Também tenho minha história com Santo Antônio, mas não foi pra arranjar o namorado. Assim como fazem os grandes Mestres, Ele já me deu uma grande lição. Acho que foi a partir dessa “aula” que nos tornamos mais próximos.

Eu trabalhava em uma das instituições do Governo do Estado, bem próximo a Igreja do Rosário, no Bairro de Jaguaribe.

Minhas colegas de trabalho, todas as terças feiras participavam, na referida Igreja, da missa em homenagem ao Santo e, nos dias 13 de junho, eram distribuídos pequenos pãezinhos, que em minha casa, era colocado dentro do vidro da farinha, pois segundo a tradição, o pãozinho não nos deixava faltar o alimento. Realmente, nunca nos faltou.

Mas também se dizia de que ele era o Santo das coisas perdidas, mas eu não acreditava muito nesta tradição. Um belo dia cheguei a verbalizar minha descrença. Fui, de cara, criticada pelas colegas, que me deixaram de imediato, um grande sentimento de culpa. Mas já havia dito, só podia pedir ao Santo que me desculpasse. Acreditem: umas duas horas após esse acontecido, entra meu marido em minha sala para comunicar que havia perdido a carteira. As mesmas amigas que haviam me criticado pela descrença, numa voz só como em coro bem ensaiado, disseram logo: Olha aí a sua chance de pedir a Santo Antônio para encontrar a carteira. Não deu outra. Pedi ao Santo que logo me atendeu. Assim, compreendi que ele havia me perdoado e nos tornamos “amigos”.

Outra história que me liga esse Amigo de Luz, já que comecei com o intuito de homenageá-lo, não só pelos atributos dedicados ao Santo, e por eu também ter em minha vida muita gratidão por Ele, não poderia deixar de fazer minha pequena homenagem ao grande Antônio. Não reparem se em alguns momentos pode parecer que somos íntimos, mas acredito que os Espíritos do jaez de Antônio, e considerando o que ele já me proporcionou, posso dizer, se ele permitir, que o considero, sim, um amigo. Não é desrespeito você se sentir próxima de alguém tão importante, principalmente se esse Amigo, já deu uma paradinha em seus grandes afazeres para lhe ajudar em meu último parto, que aconteceu no dia 13 de junho e para não deixar de ser rotina, meus partos foram de deixar esse mundo.
Era dia de Santo Antônio, o parto foi mais difícil ainda, e quase partíamos para espiritualidade o menino e eu. Depois de longo trabalho e pericia do médico, a quem também rendo minha homenagem neste momento, Dr. Gláucio Viana, que após todo trabalho, e ter o menino nascido puxado pelo bumbum, pois resolveu mudar de posição na hora de nascer, o médico me pediu: Dê o nome do menino o do Santo do Dia que ele merece. Por isso está aí mais um Antônio em minha vida.

E para não ter dúvida de que que tudo foi feito sob o comando de Deus e de Santo Antônio, uma amiga que havia acompanhado meu pré-natal espiritual, e foi acompanhar o nascimento no hospital, ao sair de lá, passa por um pedinte que pedia um pão( necessário se faz dizer, que ela ainda não tinha tomado conhecimento das dificuldades ocorridas no parto), ela dá um pequeno valor para que ele comprasse o “pão”, disse-me ter tido a vontade de perguntar o nome do Senhor. Não pensem que é brincadeira a história: – Meu nome é Antônio.

Assim, concluo minha homenagem da única forma possível, agradecendo a esse grande Antônio toda assistência e amizade. É ou, não é?

 

Consulta feita para elaboração desse artigo:
https://cruzterrasanta.com.br/historia-de-santo-antonio/119/102/ogai por nós Santo Antônio, para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Acesso em 12 de junho de 2023.

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