A linha de servidão é o que a vista alcança. Continuemos refletindo “A Casa Grande e Senzala”(Gilberto Freyre).
São muitos os embaraços estabelecidos ao longo do tempo, subverteram a ordem, a lei tem sido apenas um detalhe. O corporativismo tem sido regra em todas as Instâncias processuais. O direito tem sido relativizado estabelecendo-se a dúvida e confirmando via de regra a ordem conservadora do judiciário no ato jurisdicional.
“A verdade sempre será filha do tempo e não da autoridade.”
Enquanto isso no “tribunal de Nuremberg”, na verdade uma exceção, o julgamento avançou em cima de delações filtradas e sem provas.
Faltou sentimento nas pessoas.. Faltou boa vontade, chega uma hora em que não basta apenas protestar.. A ação se torna indispensável..
Foucault nos ensinou que o que pôs fim à pena do suplício foi o fato da população ter começado a ficar do lado dos supliciados e contra os carrascos.
Não sejamos inocentes a neutralidade nas ações que inexistem, a autonomia entre o direito e a justiça é relativa e de uma subjetividade que aflora em determinadas situações onde as interpretações estarão sempre vulneráveis a outros interesses num espaço de relativa autonomia à sua lógica, que seria a de mercado pautado pela grande mídia.
Hoje percebe-se claramente a crônica anunciada, o judiciário escancarando a parcialidade existente desde o princípio, praticando a política suja numa ação jurídica, o que comprometeu seriamente a imagem e a independência do judiciário. E por conta disso estão nus diante dos fatos e essa nudez expõe a fragilidade da nossa democracia, deixando vulnerável os poderes da República e a sociedade, quebrando de fato o Estado de Direito, onde qualquer um que se insurja contra o “mercado”, arcará com o peso do regime totalitário e fascista que ora se instalou no país.
Aumentando por certo a necessidade de sobrevivência e resgate da verdade num ativismo político cada vez mais necessário e iminente.
Assim sendo, ainda nos restam a esperança que se alimenta do sal da terra e a luz do mundo … Como bem falou Dom Helder Câmara, “Quando os problemas se tornam absurdos, os desafios se tornam apaixonantes”, o que reforça a necessidade novamente, “ Para além dos egoísmos individuais, dos egoísmos de classe, dos egoísmos nacionais, é preciso abraçar, sorrir, trabalhar”.
O confronto das ideias ressurge no meio de narrativas fantasiosas, vivemos o tempo da desconfiança na atividade pública, onde a ignomínia tem sido recorrente em nosso meio, a medida do ter tem avançado despudoradamente sobre o ser, levando em algum momento o desalento. Observando atentamente o avanço de forças reacionárias brasileiras e do imperialismo norte americano no sentido de tutelarem o país. A necessidade de mudanças exige compromisso e comprometimento, daí a necessidade de elegermos pessoas que verdadeiramente tenham essa característica. A indignação aumenta o que apenas reforça a necessidade de resistir. LUTAR preciso, CONTINUEMOS na peleja!!!
