
Chega de embromação, reunião, conversa fiada, enrolação. Tanto papel e tanto papel feio, qual se fossemos reis deste mundo antigo de endereço torto. Chega de lera, tapeação, de enganar e enganar-se.

Vamos começar a trabalhar pela transformação do atraso que se arrasta enquanto de papo estamos todos de saco cheio. Aonde se vira e lá estão os mesmos levadores na conversa, querendo traçar as cartas e ganhar o jogo. Só não ver quem não quer, basta abrir os jornais e acomodar o traseiro numa poltrona, e tome enchimento de linguiça.
Cada um querendo a melhor parte do erário do povo que sofre, que chora, que amarga em filas e filas, e multas, e taxas, e atrasos, e frustrações, engarrafamentos, crediários. Ninguém que veja o descaso com que tratam essa gente. Quanto abuso, suor e desgosto de políticos fora de propósito, endinheirados, farristas, gozadores.
Tem hora em que a gente fica buscando a tecla de interrogação nesse teatro de bonecos em que virou esse mundo, e nada, malandro pra todo lado, nos abusos da farra e do desgosto. Enquanto arrastam a canga os simples, zé povinhos desarvorados das classes inferiores, os enganados, os abusados pelos que detêm o poder. Chega das transações vergonhosas em que reverteram esse chão de almas penadas. Erradas vítimas de si mesmos, descem a ladeira no sentido das amarguras de tomar o milho dos que plantam e só os fregueses que comem nos banquetes da injustiça comum que eles mesmos estabelecem.
Alerta, macacada, até que parecia fácil confundir e dominar, porém esquecem o infinito poder que a tudo observa e aguarda a renovação dessa gente. Abramos os olhos durante a festa, pois o dono está no caminho e vem de olhos acesos ver de perto o estrago feito até agora. Chega de sacanagem, perdição e ganância. Da inteligência moral de todos que venderam a consciência daí nascerá história nova que limpará de vez tudo isso. Avisados, sim, bem, estamos há bastante tempo.
Chega! Chegou!