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Mais Ano em Nossa Existência

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Primeira semana de um novo ano, tempo de planejarmos nossos projetos para que os executemos nestes 12 meses. Parte desse futuro começamos a vislumbrar quando nos preparamos para “a passagem do ano”. Escolhemos a cor da roupa visando alcançar alguns desejos, alguns vão à beira mar para pular as três ondas, jogar rosas para Iemanjá… ao incluirmos nessas ações, mesmo que inconscientemente, o Sagrado, faz parte do reconhecimento que acima de nossas pretensões, existe uma divindade na qual acreditamos e contamos com ela para nos ajudar na realização de nossos planos.

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Diante de algumas ações voltadas para o sagrado, que neste momento, deixamos de lado nossa crença individual e passamos, nem que seja por alguns momentos, a acreditar que não existe uma divindade que vai atender apenas seus adeptos. Todos que se aventuram nestas atividades, esperam serem merecedoras de respostas para seus pedidos. Como seria bom se o ano inteiro tivéssemos este tipo de atitude.

É principalmente, sobre atitude que pretendemos fazer nossa reflexão neste artigo. Pois planejamos, sonhamos, mas que atitude tomamos para a realização de nossos sonhos ou de nossos pedidos? Aqueles em quem pensamos ao escolhermos a cor da roupa para usar na véspera do Ano Novo, na hora de pularmos as ondas ou, ainda, quando colocamos as três sementes de uva, também direcionando nossos pedidos à divindade?

Para nós cristãos, em uma das passagens do Evangelho de Mateus (7:7) – o Evangelista traz uma referência muito interessante sobre o que pedimos, em nosso caso, a Deus ou a Jesus. É muito comum, logo que ouvimos esta parábola, vir logo outra a nossos ouvidos: “Faz a tua parte que eu te ajudarei”, palavras também de Mateus (6:31).

Muitas pessoas têm a ideia de que basta pensar e querer e tudo se realizará como passos de mágica. No entanto, as atitudes que tomamos, ou que não tomamos, em busca da realização de nossos desejos, é o que verdadeiramente definem o que vai ou não acontecer. Nada cai do céu, quando muito, a chuva, por exemplo.

É comum no âmbito do treinamento gerencial dizer-se que precisamos sonhar, mas também termos metas. Meta é diferente de sonho. Quando sonhamos, nosso querer é amplo: Imagino esses sonhos como aqueles que temos quando adolescentes, por exemplo: de conhecer um homem lindo, maravilhoso, rico e que seremos tratadas como rainhas. Isso é um belo sonho. Bom não vou nem adentrar no que muitas vezes esse sonho se transforma, porque é uma questão para ser tratada separadamente. Voltemos à questão das metas traçadas para alcançarmos nossos sonhos. Nas palavras de Emmanuel, psicografadas por Chico Xavier, na obra “O evangelho por Emmanuel: comentários ao evangelho segundo Mateus”:

Segundo o Evangelista, “quem pede riqueza material e não se previne contra as tentações de ociosidade e do egoísmo, certamente obtém a fortuna com amargas provações”.
Quem pede a beleza física e não trabalha contra a vaidade costuma receber a graça do equilíbrio orgânico em associação com dolorosas inquietudes.
Quem roga o bastão da autoridade e não se imuniza contra vírus da tirania e da violência, sem dúvida guardará o poder humano, entre nuvens de maldição e do sofrimento.
Quem solicita os favores da inteligência e não se esforça por destruir em si mesmo os germes do orgulho, adquire os talentos da intelectualidade revestidos das grandes ilusões, que arrojam a alma invigilante aos despenhadeiros do remorso tardio”. (pag.261)

Em todas essas observações que nos são oferecidas pelo autor espiritual, podemos observar que mais sobre o que pedimos é sobre como pedimos. Por que pedimos determinada coisa? Com que intuito pedimos coisas que na verdade se mostram a nossa frente como uma lista de coisas que não chegaram até nós por falta de alguém ou de um momento para anotá-los.

Quais são as ações, por fim, que realizamos, ou seja, a parte que fazemos para que essa solicitação nos torne pessoas melhores? O “pedir e receber” implica uma série de questões que muitas vezes não estamos preparados para lidar. Ou, ainda, uma série de dádivas que não fizemos para merecer. Para a divindade, o que mais importa é a caridade para conosco e para com os outros. A felicidade e a realização de cada um depende das ferramentas que usamos para a realização de nossas tarefas, que, se se realizadas como planejadas na esfera superior, teremos todos as recompensas necessárias à nossa felicidade.

O mundo está carente de benfeitores, de pessoas que procurem deixar de olhar para o próprio umbigo, que estendam a vista para ver mais longe. A paz que tanto desejamos aos outros nos votos de um Feliz Natal e de um Ano Novo, precisa começar verdadeiramente em nós. Precisamos ter como meta maior nosso melhoramento interior pois só assim, as energias que procuramos e precisamos gerar, começa com nossas boas ações.
Usando ainda as palavras de outro benfeitor espiritual:

Neste corpo físico, devemos aproveitar essa oportunidade pois qualquer contribuição que pudermos dar para melhorar o mundo, temos que dá-la agora. É a garantia de que o mundo depois de nós, será melhor do que hoje é, e, para tanto, ao invés de ficarmos esperando ou buscando oportunidades, devemos criá-las.

Não tenhamos a ilusão de que somos o resultado dos fatos que acontecem ao nosso redor, nós é que temos que criar os fatos, sendo os agentes das transformações.

Ouçamos a voz da nossa consciência e façamos tudo o que for possível ser feito, para que as mudanças partam de dentro nós, das nossas convicções, e que nossos sonhos, deixem de ser sonhos e tornem-se metas. E que saibamos pedir a ajuda do Alto para alcançá-las e para sabermos lidar com os frutos das nossa as ações.

 

 

[1] O Evangelho por Emmanuel: comentários ao evangelho segundo Marcos/coordenação de Saulo Cesar Ribeiro da Silva. – 1. Ed. 7. Imp.  – Brasilia: FEB, 2017

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