Os poemas da autoria de Bodão Ferreira sao para ser lidos e ouvidos, não para ser explicados.
Vem comigo!
Tudo que tem nesta terra
Entre plantas e animais,
Minérios e minerais
Já foram causa de guerra
A ambição não se encerra
E continua um estorvo
Eu vejo e não absorvo
A abundância retida
A água é fonte de vida
Não pode faltar pro povo
A busca desenfreada
De tudo privatizar
Pra alguns poder lucrar
E outros ficar sem nada
A elite desalmada
Mostra o plano como novo
“Privatizando eu resolvo”
Frase nefasta enrustida
A água é fonte de vida
Não pode faltar pro povo
Milhões de litros que vão
Servir ao agronegócio
Que gasta com os seus sócios
E nega à população
Vejo o pobre com um galão
Vazio e me comovo
Me revolto e me movo
Contra a prática indevida
A água é fonte de vida
Não pode faltar pro povo
Muitos canos estão secos
E não são os das mansões
Nem de empresas de milhões
Mas das favelas e becos
Sem água pra um banho fresco
Ou pra cozinhar um ovo
Porque o coronel novo
Não que água repartida
A água é fonte de vida
Não pode faltar pro povo
Pais da privatização
Querem sempre acumular
Pra massa pode faltar
Mas pra os ricaços não
E fica a reflexão
Que nesses versos promovo
Se precisar até chovo
Pra ver a nação florida
A água é fonte de vida
Não pode faltar pro povo