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João Pessoa

O Câncer

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Outrora escrevíamos apenas com o auxílio de penas de aves e tinta, com o passar do tempo, criaram-se “penas metálicas” que não precisavam mais ser apontadas com a frequência das naturais. Contudo, o conjunto de pena e tinta se manteve uma realidade até que em 1808, quando Pellegrino Turri criou uma máquina para facilitar a comunicação com pessoas cegas, usando um teclado para escrever. Não é bem sobre a máquina de escrever que vamos tratar, invenção que apesar de revolucionária demorou a se tornar popular, e as cartas mais íntimas e informais, quase sempre manuscritas, se iniciavam assim: “ao pegar nessa pena, o faço…” Não se preocupe. Não irei iniciar o texto assim.

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Relendo uma das obras de Dr. Paulo Cesar Fructuoso – sobre o Câncer e seus aspectos científicos e espiritualistas, e em conversas de nosso grupo de estudo sobre a humildade, encontrei nesta obra algumas possibilidades das quais já falamos em outros artigos, sobre os sentimentos e as doenças. Nesta obra há um capítulo intitulado – “Fatores comportamentais do risco”. Exatamente um dos riscos abordados pelo autor para que fiquemos vulneráveis às doenças, e não se surpreendam: a humildade, ou melhor, a falta dela. Espero ter a capacidade de falar neste espaço, de outras vulnerabilidades nossas e suas relações com uma das doenças que mais tememos: O Câncer. Hoje, poderemos compreender mais uma das orientações de Jesus, quando ele orienta a seus discípulos “deixai vir a mim as criancinhas”, exatamente pela sua pureza e humildade.

Fiz essa introdução apenas para dizer que todas as vezes que inicio um tema, me coloco ao lado de quem possivelmente se dará o trabalho de ler. E, hoje, me veio essa lembrança. Assim escrevo: ao chegar a esse teclado… fico a imaginar, como leitora, e não como escritora. De tal modo, tanto como leitora, como escritora, tento entender a relação de nossos sentimentos com o que vivemos no nosso corpo físico e mental. Me pergunto qual a relação de saúde com o sentimento de humildade? Espero que se você chegou até aqui, por favor não desista de dar continuidade a leitura do texto, que ele tem o objetivo de como todos os outros, te fazer refletir. Como não sou dona da verdade, escrevo levando em consideração minha carga emocional, meu histórico de vida e, enfim, meu jeito de ser que mudou quando conheci a medicina dos imortais.

Pelo meu jeito de ser, de pensar e de ver as pequenas coisas do dia a dia, não consigo deixar de vê-las pelas portas da espiritualidade. É muito forte em mim a certeza que nada somos, e que só estamos neste espaço e neste tempo para contribuirmos com nossa evolução e, claro, essa evolução depende de como praticamos os ensinamentos da divindade.

Desde que os homens passaram a se entenderem, pelo uso da palavra:

“palavra que assegura o pronto intercâmbio” fundamentou-se no cérebro o pensamento contínuo e, por semelhante maravilha da alma, as ideias-relâmpagos ou as ideias-fragmentos da crisálida de consciência, no reino animal, se transformam em conceitos e inquirições, traduzindo desejos e ideias de alentada substancia íntima.

Começando a fixar o pensamento em si mesmo, fatigando-se para concatená-lo e experimentá-lo a exprimi-lo confiou-se o homem a novo tipo de repouso – a meditação compulsória ante os problemas da própria vida. (André Luiz, Evolução em Dois mundos)

Desta forma, ao adquirir consciência de sua própria vida, o homem passou a ter responsabilidade sobre seus atos, palavras e ações. Evidentemente, desde a sua criação, são de sua responsabilidade os próprios atos e, em grau menor, sua interferência nos atos de outrem, mas ainda como grande aprendiz.

Precisamos dar um grande pulo na evolução do Homem, que foi lenta durante muito tempo, mas, especialmente, a partir do século XX e XXI a revolução do conhecimento passou por grandes avanços. Podemos arriscar a dizer que apesar de muitos considerarem que falhamos muito e em muitas coisas, podemos assegurar que parte da humanidade compreende, e outra parte já não pode dizer que desconhece, (sou esperançosa), a verdade sobre as mudanças na convivência do homem com a natureza. Sabemos que para o processo evolutivo, a dor e o sofrimento vêm para alertar. E não consigo negar que esse processo também foi necessário, e ainda o é, para que o homem mude sua relação com a Natureza, para sua própria sobrevivência. É um processo lento, mas já acontece.

Essa mudança vem acontecendo e proporcionando uma nova forma de se encarar a natureza. “Nunca o macro e o microcosmo haviam sido explorados com tanta profundidade e elucidação, nem os corpos orgânicos do homem, dos animais e dos vegetais atingiram tamanha compreensão acerca do seu funcionamento” Palavras pronunciadas por Haroldo Dutra e repetidas por Dr. Paulo Frutuoso em sua obra – “Câncer – Aspectos Históricos Científicos e Espiritualistas”.

Apesar de todo esse avanço ainda predomina o paradigma materialista, o homem continua afastado do foco da liberdade e fraternidade humana para o egoísmo e intolerância causadores ainda de conflitos, sejam em pequenos grupos, sejam em grandes grupos ou nações.

Os homens, em sua grande maioria, ainda estão atrelados à matéria apesar dos avanços alcançados por grandes pesquisadores, filósofos e escritores ilustres que já entendem a riqueza do ser humano a muito além do seu veículo de manifestação corporal. Parte da humanidade já entende a composição dos corpos e já é comprovada a existência da multiplicidade desses. A compreensão da existência dos corpos espirituais, ou imateriais, é fundamental para o entendimento da saúde e para a possibilidade de cura das doenças que, se vistas apenas pelo lado material, tendem a ter insucesso em seu reestabelecimento. Já falamos desses corpos, que caso não sejam considerados, a medicina está fadada a continuar a ver as doenças apenas pelo lado dos efeitos, quando, em muitos casos, as causas, dependem do conhecimento espiritual, ou pelo menos a compreensão que há algo além do que podemos ver e tocar.

Na obra acima citada, como já o dissemos, a enfermidade que se dá ênfase, é o câncer. O Dr. Paulo César Fructuoso, médico e autor da obra, nos alerta:

“(……) para que se possa entender as origens psíquicas do câncer, há em verdade, necessidade absoluta de se ingressar não somente na ciência materialista da doença, mas também em sua ainda mais complexa gênese espiritual, mergulhando na amplidão da alma humana. (Frutuoso, pag.105).

Nesta complexa gênese tanto do câncer como de várias outras enfermidades, surge a necessidade em sua vida dos ensinamentos de Jesus. Na obra “Pensamento e Vida”, psicografia de Chico Xavier, escrita pelo Espírito Emmanuel, diz:

A carência da humildade, que, no fundo é o reconhecimento de nossa pequenez diante do Universo, surgem na alma humana doentios enquistamentos de sentimento quais sejam o orgulho e a cobiça, o egoísmo e a vaidade, que se responsabilizam pela discórdia e pela delinquência em todas as direções.

Estou abordando questões, que para muitos, eu sei, não fazem parte de seu pensamento, nem tampouco de sua forma de ver as questões do mundo da matéria, desatreladas às questões espirituais. Por isso, não é tão fácil, encontrarmos adeptos nas religiões para tais questões. Razão pela qual utilizo, neste texto, citações de autoridades, inclusive no campo da medicina, que nos trazem tais informações.

Sei que surgirá a indagação: Como esses sentimentos podem desencadear a formação de tumores cancerígenos?

A resposta esta é: a falta de humildade, o orgulho, para citar apenas alguns desses sentimentos, provocam disfunções celulares, que geram tensões psíquicas e afetam nosso sistema imunológico, fazendo com que sejam mutações potencialmente malignas que podem escapar de nossas defesas naturais. Diz ainda o Dr. Fructuoso: “O Sistema imunológico é constituído por um conjunto de células distribuídas numa rede complexa de órgãos, como o fígado, o baço os linfonodos, o timo e a medula óssea, além de células que circulam permanentemente na corrente sanguínea. Esses tecidos denominados linfonodos, são os principais que se relacionam com o crescimento e desenvolvimento e distribuição das células especializadas na defesa do corpo contra ataques de invasores”.

Pois bem, essa, é apenas uma pequena amostra de que o desequilíbrio em nosso organismo, causado pelos nossos sentimentos em desalinho, pode se transformar em enfermidades. Neste caso, o Câncer. Sei que foi apenas uma modesta explicação para uma questão tão complexa. Mas, acredito que a partir dessas informações, podemos buscar mais explicações, que longe de serem fenômenos sobrenaturais, acreditem, é a “Ciência Espiritual”, contribuindo com a “Ciência Material”.

É importante que guardemos ou que pelo menos observemos, que as orientações deixadas por Jesus, ou tantos outros “messias” com relação aos nossos sentimentos, explicam várias de suas curas, tão pouco exploradas pelas religiões.

Se faz necessário estudarmos os textos sagrados, não só para que saiamos repetindo por aí, sem procurarmos saber o que eles realmente podem trazer para nossa vida. Costumo falar que estes textos são verdadeiros manuais, para mossas vidas, e claro, para a conservação de nossa saúde.

Que tenhamos “olhos de ver”! Que sejamos humildes para reconhecer que ainda temos muito a aprender. E principalmente, no campo da medicina, há um lado que as academias precisam se debruçar para compreender os processos de adoecimentos que muitas vezes, não demonstram causas “aparentes”. Há um caminho a ser percorrido, mas se faz necessário que seja urgente. Da escrita a mão para a máquina de escrever foi um grande pulo, mas foi dado por alguém que pensou em contribuir com o bem estar dos que não enxergavam. Mas ainda temos muitos com olhos e ainda não veem.

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