Existem relatos milenares de historiadores e pensadores Chineses, Indianos e Gregos acerca da relação entre a prática de exercícios e diversas doenças, que podem ser sintetizados na afirmação de Hipócrates de que “As partes corporais que são habitualmente utilizadas tendem a se fortalecer, enquanto aquelas menos usadas ficam mais fracas e predispostas a doenças”. O corpo humano adquiriu uma anatomia que é o resultado evolutivo de um melhoramento realizado por nossos ancestrais que necessitavam correr, nadar, levantar, pular, entre outros exercícios para assegurar a sua sobrevivência. Estes princípios foram aperfeiçoados com base nas necessidades de ataque e defesa, mostrando que neste processo evolutivo a agilidade, destreza e a força, eram qualidades que os tornavam privilegiados com relação a outros animais.
O berço dos esportes remete à sociedade grega antiga em um momento onde a atividade física era muito importante e estava ligada à intelectualidade e a espiritualidade, onde o corpo bem definido possuía bons olhares, tais como vitalidade, destreza, saúde e, é claro, força. Foi nesta época que os próprios gregos criaram os Jogos Olímpicos, onde os mesmos faziam homenagens aos seus deuses com a prática de competições.
A busca por um melhor desempenho físico através da alimentação já existe desde então. Os primeiros Jogos Olímpicos da Antiguidade também tiveram alguns fatos históricos curiosos relacionados à alimentação e nutrição dos atletas. Muitos deuses ligados a crenças e tabus costumavam fazer uma alimentação diferente quando estavam próximos às lutas importantes e depois das competições. Relatos antigos apontam que muitos atletas bebiam chás de ervas estimulantes e comiam alguns cogumelos para aumentar o rendimento atlético.
Já no Brasil, a Educação Física surgiu devido a grande miscigenação cultural, desde os índios que aqui já habitavam até os imigrantes que acrescentaram inúmeras fontes para que a atividade física fosse aprimorada de acordo com as necessidades de nosso tempo. Porém, apenas na década de 1990, a atividade física obteve um status mais amplo na sociedade, até se tornar o que conhecemos atualmente.
De fato, há muitos séculos os atletas escutam diversos tipos de conselhos sobre o que comer. Com o desenvolvimento dos métodos de investigação, os cientistas puderam aprender como funcionam os diferentes tecidos e órgãos do organismo (músculo, tecido adiposo, fígado, rins, sistema circulatório, pâncreas) em resposta à demanda que o exercício físico traz. A descoberta da importância da ingestão dos nutrientes para assegurar o melhor desempenho é um marco importante na história da nutrição.
Além da atividade física, é interessante observar a evolução da nutrição na vida, na saúde e no bem estar. Novos nutrientes são descobertos, novas funções no metabolismo são identificadas, produtos e suplementos têm sido desenvolvidos. Uma nutrição adequada é essencial tanto para a prática de atividade física, quanto para a melhora da saúde e qualidade de vida. Essa inter-relação pode trazer vários benefícios para o corpo humano, como reduzir de forma considerável o risco de doenças coronarianas, cardiovasculares, hipertensão, obesidade e diabetes. A prática regular de atividade física acompanhada de uma alimentação adequada ajuda a evitar a fadiga, otimiza o período de recuperação, diminui o risco de lesões, além de garantir a correta reposição dos estoques de energia.
Como a busca da qualidade de vida é um apelo mundial, a prática regular de esportes acompanhada de uma alimentação adequada constituem o foco principal para promover saúde, prevenir doenças, mudar comportamentos de risco e, ao mesmo tempo, atender às expectativas e interesses da maioria das pessoas em questões de bem-estar e qualidade de vida.
