Bodão Ferreira, professor, pesquisador, cordelista e garimpeiro cultural, nos traz hoje mais uma das suas pérolas poéticas em forma de versos, glosada em dez versos ou dez pés como queiram.
O mote que glosou com muita graça e humor não poderia ser mais oportuno diante das investidas antidemocráticas do famoso Marreco de Maringá. Ele virou senador, levando consigo o seu arrieiro Dallagnol e a esposa, ambos como deputados federais. Os três são os artífices e beneficiários remanescentes da fatídica república de Curitiba, uma verdadeira máquina de moer reputações. A ele é também creditada a hoje falida e desacreditada operação lava jato, uma farsa que levou à presidência da república a figura amorfa, translucida, insípida e inodora chamada Jair Bolsonaro, mas que felizmente DesMOROnou.
Vamos ver? Vem comigo!
Dizem que tarda e não falha
A verdade um dia vem
Pondo no seu lugar quem
Cria a mentira e espalha
A corja que atrapalha
E que sempre conspirou
Mentiu, traiu e enganou
Em prol da causa elitista
Caiu a farsa golpista
E o Moro DesMOROnou
Usou a força do estado
E o poder judicial
Em um projeto brutal
Pela direita orquestrado
Com um promotor comprado
Fez denúncia, difamou
Perseguiu e condenou
A liderança petista
Caiu a farsa golpista
E o Moro DesMOROnou
Um inocente foi preso
Nem pôde testemunhar
Neto e irmão se sepultar
Deixando o país surpreso
Pois o juiz não coeso
A trama continuou
Até ministro virou
Em troca da ação fascista
Caiu a farsa golpista
E o Moro DesMOROnou
Agora, até delatores
Denunciam o desaforo
O pai do genro de Moro
Foi um dos perseguidores
Prendendo opositores
Até extorsão rolou
A máscara dele afrouxou
E a queda está à vista
Caiu a farsa golpista
E o Moro DesMOROnou
Recém eleito ao senado
Com o discurso de “honesto”
Esse cabra indigesto
Tem se beneficiado
Por tudo que foi tramado
Mas o “vira” começou
Tacla Duran abalou
A base bolsonarista
Caiu a farsa golpista
O Moro DesMOROnou