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Contrastes Climáticos de Final de Semana

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O final de semana compreendido entre os dias 17 e 19 de fevereiro de 2023 foi pródigo em catástrofes climáticas que se abateram sobre dois países distintos, em dois hemisférios diferentes. A primeira catástrofe e também a mais traumática, aconteceu no Hemisfério Sul, com  o registro de muitas mortes, atingindo em cheio o litoral norte do estado de São Paulo aqui no nosso Brasil. Os pluviômetros registraram, pasmem, 682 mm de chuvas em um único dia. Uma precipitação inédita e nunca registrada nem na Amazônia.

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A segunda catástrofe que ainda está em curso, vem atingindo a Itália, um  país do Hemisfério Norte, de forma mais lenta e demorada. Trata-se de uma grave seca que tem se prolongado e impactado a economia de quase toda extensão territorial do país da bota.

Os prejuízos causados à agricultura e ao turismo daquele país europeu, tem provocado um grande impacto econômico na economia, por atingir tanto a agropecuária como o turismo, duas de suas fontes de renda.

FOTO: TODA MATÉRIA

Os países atingidos têm clima temperado e, por estarem próximos dos trópicos de  Capricórnio e Câncer respectivamente, onde as  temperaturas são normalmente amenas, com regime de chuvas mais ou menos regulares.

Foto:1 Consulta- Metrópole Foto: 2 –Consulta Carta Capital FOTO: 3 Consulta – CNN BRASIL Foto: 4 Consulta – O VALE

A Itália como todos sabemos, é um país do continente europeu situado acima do Trópico de Câncer, com uma extensão territorial de 302,073 Km2, equivalente a 53,24% da área do Estado da Bahia, cuja extensão é de 567,295 Km2.

O Rio Pó, é o maior Rio daquele país e, depois da sua nascente  nos Alpes percorre  652 Km e vai desaguar no Mar Adriático. A sua descarga ou  vazão, que  é  em grande parte  originaria do derretimento da neve, foi reduzida a 61% da capacidade.

As áreas ribeirinhas do Rio Pó respondem por 33% da produção agrícola da Itália e foram  afetada pela pior seca dos últimos 70 anos. Por sua vez, um  recuo marinho se manifestou  de modo mais visível através dos canais da histórica e  romântica cidade de Veneza, os quais secaram, dando férias às gondolas e ao intenso fluxo turístico.

As causas alegadas pelas autoridades italianas e brasileiras  para a ocorrência  desses fenômenos são a nosso ver muito relativizadas: falta de chuvas, sistema de alta pressão, lua cheia e correntes marinhas. O fato é que, em termos climáticos  formou-se  um jogo de pedras dominós em queda sequencial, umas atrás das outras, aqui, ali e alhures.

FOTO:Semanas sem chuva e superlua secam canais de Veneza e deixam barcos encalhados

O aprendizado que fomos adquirindo ao longo da nossa caminhada  profissional, tanto nas academias quanto  nos diversos fóruns dos quais participamos que vez por outra divulgamos  aqui  no nosso sitio www.joaovicentemachado.com.br , nos autoriza a insistir com muita ênfase na importância da sustentabilidade. Na  atenção cuidadosa que devemos dispensar ao meio ambiente de um modo geral, principalmente  às alterações climáticas. Sem nenhum alarmismo, é bom levar em conta que na opinião dos cientistas e estudiosos a sexta extinção em massa de espécies já está em curso!

Entendemos que os sinais que a natureza vem nos dando, estão sendo sistematicamente relativizados e olvidados pelo bicho humano que vem se comportando como o mais irracional de todos os animais, aquele que urina na própria água que bebe!

Esses sinais vêm  se repetindo de forma cada vez mais recorrente e mais contundente, mas não têm sido suficientes para despertar da indiferença ou da má fé, a maioria das pessoas. E o que é pior, tudo vem acontecendo diante da leniência e muitas vezes da cumplicidade dos poderes públicos para esta realidade iminente.

Mal começamos a escrever este artigo sobre as duas catástrofes citadas, tivemos notícias de outros sinais severos de advertência da natureza. São fenômenos raros, que vêm atingindo várias das nossas cidades costeiras, como ocorreu entre os dias 23 e 25/02/2023 em São Sebastião e  mais recentemente com  um grande recuo do mar em várias cidades costeiras de Norte a Sul do Brasil. Foram atingidas entre outras, as cidades de São Luiz, Florianópolis e Maceió, capital das Alagoas, que nos é mais próxima.

O recuo misterioso nos fez recordar os dias que antecederam o grande Tsunami que atingiu a Indonésia em fevereiro de 2004. Naquela ocasião aconteceu um fenômeno similar ao que vem ocorrendo agora nas cidades brasileiras citadas e que teve como causa um grande tremor de terra oceânico.

Uma matéria publicada em 26/12/2019 pela BBC NEWS BRASIL, traz a versão  de Wittaya Tantawanich, um socorrista de praia que estava presente na ocasião e que fez a seguinte narrativa:

“Naquela manhã, a praia de Patong estava muito tranquila. Estava estacionado perto do Hospital Patong em uma viatura de resgate. Então fiquei com fome e me dirigi em direção à praia para encontrar algo para comer. Sentei lá para desfrutar o meu café da manhã com vista para a praia. Enquanto estava sentado, pressenti o terremoto por volta das 8h. Ninguém entrou em pânico ou ficou preocupado.

Continuei sentado ali esperando receber uma ligação de emergência.

Às 10h, comecei a ouvir vendedores de comida locais, que estavam apontando para a praia. Todos disseram ‘Vamos pescar’. A água tinha recuado muito, para o meio do mar, e havia muitos peixes espalhados por todo o lugar.

Ri com o que vi, mas não demorou muito para perceber que algo estava errado. Quando a água voltou, um vendedor de alimentos apareceu correndo e disse a todos naquela área que fugissem da praia o mais rápido possível.

À medida que a inundação se aproximava, começou a ganhar velocidade.

Finalmente chegou ao nível da rua e a água continuou a subir. Voltei para a minha viatura e subi a colina. Naquele momento, tudo estava louco. Várias pessoas estavam fugindo da água.

Ouvi no meu walkie-talkie que a segunda onda havia chegado. Não demorou muito para que toda a cidade mergulhasse em um caos. Voltei depois que a segunda onda recuou. Naquele momento, ainda não tinha ideia do que havia acontecido. Tudo que sabia era que tinha que ajudar as pessoas.”

Foto:1 Consulta- Florianópolis G1 Santa Catarina Foto: 2 MACEIÓ GAZETAWEB.COM FOTO: 3 MARANHÃOESSE MUNDO É NOSSO

É preciso não esquecer nunca que:

“A natureza não se queixa, ela se vinga e pune severamente as agressões que lhe são feitas.”

 

 

Consulta: Governo de SP e Prefeitura de São Sebastião foram avisados de risco de desabamento antes da tragédia – Política – Carta Capital; A trágica história do tsunami contada por sobreviventes 15 anos depois – BBC News Brasil; Seca severa na Itália faz com que canais de Veneza fiquem inavegáveis; veja VÍDEO e GALERIA DE FOTOS | Mundo | G1 (globo.com);

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