Quase todos os artigos que escrevo para essa coluna, têm um objetivo primordial de contribuir de alguma forma para bem estar dos que o leem, e o faço baseando-me, muitas vezes, em minhas próprias experiencias e ensinamentos. Não faço segredo de minha orientação espiritualista, e até certo ponto, vou além, utilizando de outros ensinamentos de outras doutrinas filosóficas. Esses conhecimentos ou outras religiões são completas em si mesmas, para além, acredito que nenhuma crença pode ser limitante. É notório que me utilizo dos ensinamentos cristãos primitivos, ou seja, os ensinamentos repassados pelos amigos de Jesus através da oralidade, que sofreram, através dos tempos, influência da mente de quem os escreveu e de sua interpretação dos fatos.
Contudo, é com base principalmente nos ensinamentos do Cristo e da Espiritualidade Superior à que recorro nos meus momentos de aflições e de insegurança proporcionada pela convivência com os homens, que como aprendi, estamos em caminhos e jornadas diferentes. Faço essas observações, para dizer que ao repassar alguma informação que está permeada pelos ensinamentos de Jesus, não o faço na busca de arregimentar adeptos para a Doutrina que acredito, considerando ainda, que todos os caminhos nos levam ao mesmo ponto: O melhoramento de nós mesmos e da Humanidade de forma mais ampla.
Somos todos aprendizes nesta escola chamada Terra, apenas alguns estão já cursando uma pós graduação e outros ainda estão na alfabetização. Importante lembrarmos que todos nascemos com as mesmas possibilidades de aprendizado moral e intelectual. Em algumas encarnações, viemos para desenvolver a parte moral, já outras, a intelectual.
Quando Jesus realizava suas curas, repetia para cada enfermo: “vai e não peques mais”.
Alguns nos dizem: como viver neste mundo cheio de injustiças, de tribulações, e mesmo assim, viver sem percar. Nenhuma orientação do Mestre, podemos analisar levando ao “pé da letra”. O que significa “não pecar mais” nas palavras de Jesus? A resposta está baseada nos outros ensinamentos, que chamamos de Mandamentos.
São as Leis imutáveis que desde Moisés, nos são ensinadas, mas pouco praticadas.
Vamos aqui, considerar o que foi, repetidas vezes, ensinado por Jesus, que podemos resumir em duas máximas apenas: “Amar o próximo como a ti mesmo” e “Só fazei aos outros o que queira que te façam”. Simples, não é?
Agora, vem uma segunda questão: Qual o limite de amar ao próximo e me amar? Essa questão, confesso que tenho sofrido, literalmente, para delimitar essa linha de amor. Até quanto eu me amo e quando darei prioridade ao amor ao outro?
Essa resposta, já me foi dada com o seguinte exemplo: – Quando você entra no avião, as primeiras orientações que nos são dadas é: “Em caso de turbulência, mascaras cairão a sua frente, faça uso primeiramente da sua para em seguida, ajudar aos que estão do seu lado”. Ótimo.
Assim, sendo eu preciso cuidar primeiro de mim, não é? Essa questão é tão óbvia, mas a maioria de nós foi criada para cuidar da de quem estiver por perto.
Iniciamos, cuidando do irmão mais novo, depois, mais um e assim, vamos ficando de lado. Com o passar do tempo, vamos cuidando dos avós, dos pais e vamos ficando para trás.
Com o passar do tempo, você começa a ter problemas de saúde. – Mas todos nós quando vamos ficando mais velhos, vão surgindo as doenças. Um belo dia você descobre que a tua doença, nada mais é, que o acumulo de cuidado com os outros, e nada com você. Alguns podem vir a ter a oportunidade de acordarem um pouco mais cedo para essa realidade, e outros, jamais acordarão.
Buscando um texto que pudesse me ajudar a escrever esse texto, encontrei no livro Pão Nosso, do autor Espiritual – Emmnanuel, psicografia de Chico Xavier. Peço licença aos leitores, para transcrever uma pequena parte do que o benfeitor nos diz e lê-lo, peço que se coloquem no lugar por exemplo da árvore. Mas antes ele nos diz:
A semente valiosa que ajudas, pode perder-se.
A árvore tenra que não proteges, permanece exposta a destruição.
A fonte que não amparas, poderá secar-se.
A água que não distribuis, forma pântanos.
O fruto não aproveitado, apodrece.
A enxada que não utilizas, cria ferrugem
As flores que não cultivas, nem sempre se repetem
(…)
A medicação que não respeitas na dosagem e na oportunidade que dizem respeito, não te beneficia o campo orgânico.
Ou seja, há uma medida para tudo, nós nascemos para amar e servir, mas precisamos cuidar da fonte mais preciosa, que somos nós mesmos.
Mão podemos nos permitir, que o que nos façam, nos leve a falta de respeito conosco mesmos. Esse limite do auto respeito, do auto cuidado, só você pode saber. Se amar, significa se respeitar. Não espere que o outro te respeite, isso só acontecerá se você se der o devido respeito. Não permitas que sua doação seja tão grande, que não sobrará nada para você. Deus nos criou para sermos felizes. E, a ninguém é dado o direito de tirar isso de você. Não se permita ser desvalorizada, seja pela família, pelos filhos, pelo marido/mulher. Como diz a música muito cantada nos templos religiosos: “Deus te quer sorrindo”!
A lição do Benfeitor Espiritual ainda continua:
Se não guardas o favor do Alto, respeitando-o em ti mesmo, e não usas os conhecimentos elevados que recebes para o benefício da própria felicidade, se não prezas a contribuição que te vem decima, não vale a dedicação dos mensageiros espirituais. Debalde improvisarão eles milagres de amor e paciência, na solução de teus problemas, porque sem a adesão de tua vontade, ao programa regenerativo, todas as medidas salvadoras resultarão imprestáveis.
O Médico Divino já nos curou tantas vezes, no entanto, voltamos ao mesmo foco da doença que nos deixou enfermo antes, não seguimos as orientações D´Ele para com a medicação e o auto cuidado. Estamos esperando o que? A parte mais difícil Ele fez. Agora, só depende de você. Se esforça, se apoia no amor primeiro, o amor de nosso Criador, a força? Posso te garantir que está dentro de nós mesmas.
Você irá se surpreender! Se cuida! Seu amor tem efeito devastador para todas as dores. Experimente!
Obra Consultada:
Pão Nosso – Francisco Candido Xavier pelo Espirito Emmanuel – capitulo 50; Coleção Fonte Viva. Ed. FEB ; 29. Ed. 2008.