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A ave de Minerva

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Eis o nome com que Hegel classificou a Filosofia, tema indicado ao entardecer da jornada terrena dos humanos, quando a coruja (ave de Minerva, da mitologia grega), acende avista na solidão do escuro e principia examinar o cenário das matas, ávida de ver os segredos da Natureza. Nessas horas de calma obrigatória dos elementos, antes os pássaros correram aos ninhos, o gado retornara ao aprisco, deitados no horizonte raios derradeiros da luz do Sol. Assim noite inicia cobria de sombras e estrelas o teto das tantas cores do universo terreno.

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As corujas simbolizam, por isso, luzes na busca incansável de respostas do Autor desconhecido, fulgor das descobertas, o campo dos mistérios, desejos e amores à sabedoria, perguntas indevassáveis a comuns mortais.

Mergulhadores de águas fundas, seres examinam incansáveis descobertas e anseiam libertação, imortalidade e essência. O foco da filosofia representa bem tais considerações da consciência, no trabalho das respostas definitivas.

A função humana do conhecimento libera frutos a germinar diante do furor dessas transformações. Raros aceitam duvidar das puras aparências e invadir o purgatório dos sonhos, na aventura interior das avaliações derradeiras, nas mil folhas da alma.

Essa ave lembra isso, o deslizar suave do voo através das horas adormecidas, trânsito de profundas dimensões e paisagens extremas. Olhos esbugalhados presos no vazio absoluto dos nadas calmos, abrirão às possibilidades infinitas a coruja silenciosa e insone.

Conquanto esquisita, dela quem acostuma os olhos imagina histórias transcendentais. Há notícias de suposições a respeito da força que possui nos contos populares mundo afora.

Tudo mitologia Por Redação Mundo Estranho Atualizado em 14 fev 2020, 17h49 – Publicado em 18 abr 2011, 18h54 Leia mais em: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/por-que-a-coruja-e-simbolo-de-sabedoria/

A Minerva dos gregos seria Palas Atena para os romanos, que mantiveram essa ave por companhia, retrato fiel do Si mesmo na insistente vontade da completa revelação.

Então, o filósofo alemão Friedrich Hegel, lá certa vez, considerou que: Quando a filosofia pinta cinza sobre o grisalho, uma forma de vida já envelheceu e, como cinza sobre cinza não se pode rejuvenescer, apenas reconhecer; a coruja de Minerva alça o seu vôo somente com o início do crepúsculo.

Nisso, o Rei dos astros dominará os firmamentos quando mãe coruja guarda consigo as lições daquela noite, provisão com que alimentará a mesa dos viventes no decorrer do novo dia.

 

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