Ha muito tempo os ânimos não se acirravam tanto como neste período pré-eleitoral de 2022. Estamos diante de uma disputa política renhida, em que apesar do número significativo de candidatos ao cargo executivo de Presidente da República, chegamos às vésperas do pleito com a eleição polarizada entre dois nomes: Lula e Bolsonaro.
A tentativa de encontrar uma terceira via terminou virando uma obsessão e ao longo do tempo vem sendo uma prática recorrente a cada eleição. Em 1989, por ocasião da disputa entre Collor x Lula, Fernando Henrique Cardoso era sugerido como terceira via; Leonel Brizola foi apontado como terceira via ideal na disputa entre o PT e PSDB; José Serra já se apresentou como terceira via entre o PT e Paulo Maluf; Na atual disputa, alguns nomes foram especulados como terceira via entre Lula e Bolsonaro: Tasso Jereissati, Eduardo Leite, Joao Dória Jr até chegarem à opção com Simone Tebet e Ciro Gomes. Todas elas, inclusive as que foram abortadas previamente. Enfim, e no dizer do jornalista Wilson Gomes, (cultuol.com.br):
“A terceira via é um sucesso retórico e um fracasso político.”
Essa receita do liberalismo eleitoral burguês, atinge até às disputas pelo senado, que também é um cargo majoritário.
Aqui na pequenina e heroica Paraíba existem além de outros nomes de menor densidade eleitoral, uma candidata dita de esquerda, que na sua trajetória política já se aliou com a direita e a extrema direita que é todo elenco dos Veloso Borges. O outro nome, descendente de uma oligarquia de três gerações, bolsonarista confesso, tudo quanto votou até hoje na Câmara Federal foi contra a classe trabalhadora. Agora, vislumbrando a derrota iminente, se apresentam como candidatos ideais ao senado zombando da memória do povo. Se apresentam como algo novo, com uma prática remanescente às velhas oligarquias do passado. Isso tem um nome: oportunismo!
Como falar em divisão de classes na sociedade capitalista sempre foi um sacrilégio, uma maquiagem de terceira ou segunda via sempre cai bem e vai conferindo uma sobrevida à morte lenta e gradual do exaustivo modelo eleitoral liberal burguês.
A editora do sítio, Gorette Wanderley que junto conosco tem lado, lançou mão da criatividade e tentando abrandar os ânimos, catalogou um punhado de músicas muito sugestivas que muito tem a ver com o cenário atual. O leitor e internauta com certeza fará uma boa reflexão, mas que irá também dar boas risadas.
Vem comigo!
Aliança é um pressuposto do modelo liberal eleitoral burguês.
Ricardo fez alianças sim e precisava fazer, pois do contrário não teríamos tido o maior governo da nossa história.
Agora é preciso frisar que as alianças foram em torno de conteúdos programáticos e quem conduziu o governo sempre foi ele é o povo nos orçamentos democráticos.
Por isso eles romperam e até hoje o perseguem para que ele não volte.