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Refletindo sobre o processo de cura

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Já abordei neste espaço, algumas questões relacionadas ao processo de cura, dando ênfase à cura espiritual. Quem pesquisa, estuda ou trabalha com o processo de cura, principalmente dentro dos preceitos da Doutrina Espírita, faz questão de afirmar que “o espiritismo não veio para curar corpos, mas para salvar almas”.

Em minha pouca experiência e estudo sobre o tema, sempre achei que a questão não é bem assim. Claro que quem tem a capacidade, o conhecimento e os instrumentos para cura do corpo é a medicina terrena; também afirmamos que a medicina terrena, cuida das causas das doenças e a medicina espiritual, cuida dos corpos espirituais, ou, para falar mais tecnicamente, cuida de nossa matriz energética, o períspirito.

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Ainda acrescido a esses paradigmas (me permitam chamá-los assim, uma vez que boa parte dos médicos espíritas, já aceitam essa colocação, que não foi mera criação sua, mas resultado de muitos estudos e pesquisas na área, pesquisas essas feitas por médicos respeitados e publicados em revistas médicas no mundo inteiro.

Talvez o leitor já tendo lido algum artigo nosso a esse respeito, pense ser este um tema repetitivo. Posso afirmar que perpassa por alguma coisa que já escrevi, mas neste, estamos aprofundando um pouco mais, trazendo algumas informações que acredito contribuírem com nossa necessidade de cura.

É importante salientar também, que a antropologia através de alguns de seus autores, como Bacelar e Livis Straus, assim, como alguns Médicos Espirituais, afirmam que para que o processo de cura se concretize, três pilares básicos são necessários: em primeiro lugar, que eu queira me curar; segundo, que eu tenha fé na medicação; e terceiro, que eu tenha fé no curador.

 

Bem, até aí, acredito não haver novidades. Só para melhores esclarecimentos, os Médicos Espirituais afirmam que nenhuma medicação, por maior que seja a tecnologia nela empregada, se eu não acreditar que ela vai ter o esperado sobre a enfermidade, de nada servirá. Essa discussão pode ser observada, inclusive, com a medicação chamada “placebo”, quando utilizada durante os processos de pesquisas de medicamentos para serem aprovados. Podemos, desde já, perceber, nestas questões já apresentadas, que a minha força interior e meu pensamento precisam agir.

Passarei para o terceiro pilar, depois retornarei ao primeiro. O curador. Neste processo, chamamos de Curador o Médico, ou outro profissional que esteja atuando no meu processo de cura. Quem nunca passou por um médico, ou outro profissional, que ao sair da consulta, você não se sentiu bem com ele, ou não sentiu segurança no que foi dito por ele. Sei que aqui, preciso abrir um parêntese para os médicos que atem numa consulta do SUS, que com raras exceções, mal têm tempo para ouvir nossas queixas.

Acontece a mesma coisa com alguns médicos ligados a um Plano de Saúde, que têm um tempo tão pouco para aquele atendimento que mal olha para o paciente. Se não houver empatia entre médico e paciente, quando você percebe que aquele profissional não demonstrou interesse em seu problema de saúde, esse processo também pode interferir no seu processo de cura. Quero aqui reforçar que em minha vida, poucos foram os médicos que não senti antipatia em nossa conversa, ou desinteresse de sua parte para comigo. Mas já aconteceu. E confesso que se eu não sentir que aquele médico demonstra algum interesse por mim, como pessoa necessitada de ajuda, não compro nem o medicamento, nem volto a ele, tampouco o indico para algum amigo.

A empatia médico-paciente é importantíssima, uma vez que somos pessoas diferentes, e um sintoma em mim pode ser sinal de uma patologia e, em outro paciente, outra. Não podemos ser vistos, por um profissional, como se ele estivesse avaliando um produto feito em série, e que, assim sendo, todos apresentem o mesmo “defeito” por um erro de programação de uma máquina.

Não somos máquinas, e cada um de nós apresenta sentimentos diferentes para cada tipo de situação, e, por sua vez, apresentamos efeitos diferentes, ou doenças diferentes em função de um sentimento aliado a outro, que ocasionou uma patologia diferente. A exemplo disso, podemos citar nosso fígado, nem toda cirrose hepática, foi causada por bebida. Se nosso curador, não se debruçar sobre o problema daquele paciente específico, ele pode dar um diagnóstico errado e por sua vez indicar uma medicação também errada.

Já existem muitos estudiosos que se dedicam ao estudo da integração entre a mente e o corpo e já apresentam resultado de pesquisas que comprovam esta estreita ligação. Sergio Cherci jr. E outros, em sua recente obra “Curas Espirituais à luz da Doutrina Espírita” publicada em 2021, trazem uma enorme quantidade de casos nos quais cirurgias Espirituais, em várias situações, que poderemos abordar posteriormente, foram realizadas com grandes resultados. Não podemos dizer com esta afirmativa que a medicina tradicional não seja relevante. Sob nenhuma hipótese, devemos fazer tal afirmativa. No entanto, quando as duas medicinas, se aliam com um único propósito, temos excelentes resultados, principalmente em casos que a medicina tradicional ainda não dispõe de “conhecimento” para tratar algumas patologias.

Na medicina do futuro, segundo a Espiritualidade Superior, todos os médicos serão médiuns. Quando isso acontecer o Médico utilizando sua visão Espiritual, poderá ver através dos corpos do paciente, onde está localizada a doença e identificar a sua causa.

Até lá, precisaremos, todos nós pacientes, de atenção e muita dedicação de nossos curadores. Considerando que os médicos na atualidade não compreendem, ainda, o magnetismo, elemento largamente utilizado por Jesus em suas curas.

Quando acreditarem nessa possibilidade, os médicos do nosso plano poderão aprender a lidar com esse elemento, hoje utilizado pelos Médicos Espirituais, que quando, por merecimento do paciente e autorização do Auto, poderão transformar as células doentes em células sãs. Esse procedimento explica, de forma sucinta, a cura espiritual. Tirando a ideia de milagres, ou fenômenos que não podem ser explicados, Kardec nos deixou explicado todo caminho para as referidas curas.

Agora vem a parte mais complexado processo de cura. O querermos nos curar!
Essa é uma decisão muito complexa. Você pode estar pensando: como assim? Quem não quer se curar? Pois bem, querer se curar envolve uma definitiva decisão que por sua vez exige um esforço que poucos conseguem. Não se trata apenas de ir ao médico que você confia, tomar a medicação que lhe foi prescrita e seguir em frente. O se curar, envolve um forte comando de sua mente para que ela trabalhe a favor de sua verdadeira vontade. É muito comum você ouvir de médicos, que ao falarem com seus pacientes, orientam que eles precisam abrir mão do consumo de algum produto, tais como carne, leite, deixar de beber ou fumar. Se o paciente demonstra alguma rejeição à orientação dada, ou mesmo, ao chegar em casa, não seguir as orientações médicas, isso chama-se boicotar sua própria cura. Conhecemos, ainda, casos de algumas pessoas que preferem permanecer doentes, a abrir mão de algum vício. Conhecemos pessoas acometidas até mesmo de câncer, mas que não se permitem deixar de fumar.

O curar a si próprio, assim como está no Evangelho, não é um processo fácil, ele também se complementa a outra orientação, que é: “faça a tua parte que eu te ajudarei”. Todas essas questões envolvem o processo de cura. Mudar de postura, mudar de padrão mental, também envolve o seu comprometimento no processo de sua própria cura.

Certa vez, em uma sala de aula, perguntei aos alunos se eles sabiam a diferença entre compromisso e comprometimento. Poucos sabiam. Mas existe uma pequena historinha que certamente cai bem nestes exemplos. Na preparação de um certo tipo de comida, precisaremos usar ovos e carne de porco. Qual desses animais, entra com o compromisso e qual tem o comprometimento com a realização de prato? Essa é fácil não? É claro que a galinha tem apenas o compromisso com aquele prato, enquanto o porco tem o comprometimento. A diferença? Um dá uma parte de si que já faz parte de seus objetivos, o outro, o porco, dá a vida para que sua carne seja utilizada.

O exemplo pode parecer até exagerado, mas quem realmente quer se curar, muda de atitudes e muitas vezes, até relacionamentos doentios precisam ser rompidos para que a sua cura aconteça. Nos processos de algumas patologias, torna-se doentia a dependência do outro ou a dependência com algumas substancias. E quão vai seu compromisso para sua cura? Por outro lado, existe, ainda, a doença necessária para se manter o centro das atenções, o “coitado” que desenvolveu algum processo doentio para que a família lhe dê atenção, uma vez que, se essa doença não existisse ninguém olharia para ele, ninguém lhe dava atenção. Acontecem casos de pacientes que se apoderam da dor. Ela é minha dor. Minha dor de cabeça, as dores que chegam tal hora, por isso preciso estar em tal lugar, porque “ela” vai chegar. Se esse processo de poder que esta doença exerce sobre você, não for cortado, assim como se corta o cordão umbilical de uma criança ao ser retirado do ventre da mãe, não há a cura. Existem casos, ainda, de pacientes que manipulam, ou tentam manipular, o médico, para que aquela doença ou aquela vinculação não deixe de existir.

Assim sendo, nenhuma medicação, por mais avançada que seja, nem o melhor médico que exista, será capaz de me curar, se eu não fizer a minha parte; se eu não fizer a catarse através do comprometimento comigo mesmo, eu não conseguirei a cura. E, ainda, acrescento mais um item nesta conversa nossa. O suicídio não é só aquele em que eu provoco a minha morte através de uma arma, ou pulando de uma ponte. Eu posso me matar um pouco a cada dia. É o suicídio inconsciente. Mas, ainda assim, um suicídio.

Mas antes de qualquer decisão, ou quando for difícil optar entre a cura e a doença, lembre-se que você é importante para alguém. E que por maior que seja o sacrifício, vale a pena lutar para viver. Nossa vida é uma dádiva grande, que Deus nos deu como Presente. E quem recebe um presente tão importante, tem que valorizá-lo. Procure a cura por você, em primeiro lugar, mas saiba, alguém precisa de você. Diga a você mesmo: Eu mereço! Faça isso acontecer.

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