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A Política e o ato de Votar

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A acomodação física é uma lição entre tantas outras que a mãe natureza nos ensina gratuitamente. Quem pratica esportes, ou qualquer outra modalidade de exercício físico, sabe muito bem do que estamos falando.

Se nos habituarmos no dia a dia a termos como única atividade física, apenas o ato de nos levantar da cama e nos sentarmos à mesa para comer, no dia que precisarmos ir ao jardim, voltaremos de lá cansados.

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No caso dos vegetais, que também são seres vivos, eles usam as suas raízes não somente para a fixação e equilíbrio na terra, mas também e principalmente, para se auto abastecer de água no subsolo, de onde retiram também a seiva necessária para o seu metabolismo vegetal.

A profundidade das raízes é diretamente proporcional à profundidade do lençol freático, onde a água é naturalmente armazenada. Uma vez alcançada é estabelecido um paradeiro no crescimento radicular, comprometendo a estabilidade da planta.
Não são raros os tombamentos de árvores de médio porte, que ocorrem nas ruas de muitas cidades, durante as tempestades, causadas pela falta de suporte radicular. Um exemplo desse fenômeno, é visível na algaroba, uma árvore de médio porte, equivocadamente usada para paisagismo urbano.

Planta nativa do Deserto de Atacama, a algaroba tem raízes pivotantes e no dizer do homem da roça a denominação adequada para ela seria água rouba. A sua exigência por água faz com que ela vá procurá-la até no Japão, ou seja, do outro lado do globo terrestre. exageros à parte.

Exageros à parte, é isso que acontece com os seres vivos, principalmente quando eles desprezam as políticas ditadas pela mãe natureza.

Mutatis mutandis, vez por outra temos ouvido de pessoas mais humildes, pertencentes como nós à classe dominada, a declaração infantil em que diz detestar política sem sequer aceitar discuti-la. Essa reação nos traz à mente o conceito de Bertolt Brecht sobre o analfabeto político, onde ele afirma:

“O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio, depende das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia política. Não sabe ele que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, o assaltante e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e o lacaio dos exploradores do povo.”

Vamos, juntos, procurar a definição adequada para melhor entendermos o que é a política?
Comecemos pela definição dos filósofos e pensadores, que representam diversas correntes de pensamento, que têm em Aristóteles uma referência, e a princípio vejamos uma matéria publicada no periódico Brasil Escola, uol.com.br, que nos ensina:

“O filósofo grego clássico responsável pela sistematização do conhecimento filosófico dividiu os campos do pensamento geral e filosófico em três grandes áreas: técnico (responsável pela ação prática e técnica das artes e das técnicas, como a medicina); teorética responsável pelo entendimento científico e filosófico de questões relacionadas ao pensamento puro como a matemática, a lógica e a metafisica); prática (campo que proporcionava a práxis, que, para os gregos, era a ação embasada na reflexão. Participavam dessa práxis filosófica, a POLÍTICA e a ética, pois são áreas filosóficas em que a ação humana é suportada por um pensamento filosófico (teórico).”

“Para Aristóteles o governo democrático reformulado (diferente da democracia ateniense) deveria tomar espaço para construir uma sociedade mais justa. O filósofo já falava de separação do Poder Executivo e Legislativo (separação entre rei que governa e cidadãos legisladores), tal como propunha o governo democrático ateniense, mas com a diferença de eleger uma Constituição como um conjunto de leis essenciais que não poderiam ser quebradas.”

Quando falamos de política, não há como esquecer Maquiavel. Um expoente da filosofia, foi um dos principais expoentes de todos os tempos. Apesar da aparente rispidez de suas teorias, é considerado uma referência em teoria política, até os dias atuais e fez parte das correntes filosóficas mais expressivas tiveram dois pilares de pensamento:

. O ILUMINISMO:
Foi uma corrente de pensamento hegemônico na idade média, que produziu uma geração de filósofos modernos, os quais, no período chamado século das luzes, formularam teorias de muito conteúdo.
De um modo geral, contestaram a monarquia absolutista como forma de governo e, defenderam a garantia de alguns direitos básicos de caráter inalienável por parte do estado, independente do governo.

A Revolução Burguesa da França foi fortemente inspirada nos ideais iluministas, através de teóricos da envergadura intelectual de: Montesquieu, Voltaire, Rousseau, Diderot e D’Alembert, todos da escola iluminista francesa, além do alemão Immanuel Kant.

A Escola de Frankfurt:
“Já estabelecidos no século XX, os pensadores da escola de Frankfurt, colocaram-se, primeiramente, a adotar as teorias políticas e econômicas de Karl Marx como modelo ideal para aplicação na sociedade. Eles também criticaram pontos específicos do iluminismo como a ideia de que o avanço intelectual da sociedade promoveria o seu avanço moral.

Os frankfurtianos utilizaram o fenômeno do totalitarismo do século XX, para embasar sua teoria contra o iluminismo: o avanço do conhecimento CIENTÍFICO não promoveu o avanço moral, pois o capitalismo permitiu que a técnica e a ciência avançadas, no século XX, fossem utilizadas para promover a morte em massa das pessoas nos campos de concentração.”

Pelo que percebemos a discussão política sempre esteve na ordem do dia e não se constitui em nenhuma novidade.  Sempre foi apoiada em alguma corrente filosófica para a sua definição, formulação e concretude.

A divisão do estado tripartite anunciada por Montesquieu, foi uma forma política de conter os ânimos entre o capital e o trabalho, já que os de baixo passaram a reclamar do peso que eram obrigados a suportar vindo das camadas de cima.

A classe dominante sempre usou a política de modo a satisfazer os seus interesses próprios, com a manipulação do aparelho de Estado em benefício de um grupelho ao seu redor, em detrimento da classe dominada, nela inculcando o nojo pela política como um coisa ruim.

Em se tratando da grande massa, a classe dominante sempre operou no sentido de mantê-la desinteressada e à distância da política. A forma mais didática de fazer isso é demonizando, desclassificando, desestimulando, reduzindo e juntando tudo quanto é político num balaio só, usando o velho jargão que classifica político como tudo igual!”

Segundo o filósofo grego Aristóteles, “a política é a ciência que tem por objetivo a felicidade humana e divide-se em ética, (que se preocupa com a felicidade do homem na cidade-estado, ou pólis) e na política propriamente dita, (que se preocupa com a felicidade coletiva.)”

Para os pensadores iluministas o avanço moral aconteceria a partir do avanço do conhecimento científico e filosófico, esclarecendo sobre as questões relativas ao universo das pessoas e a sua organização.

Por sua vez, a escola de Frankfurt verificando os acontecimentos do século XX, principalmente as barbáries praticadas pelos nazifascistas, concluiu que as teorias pregadas pelos iluministas e positivistas, não tinham sustentação.

Os filósofos da Escola de Frankfurt se debruçaram então, sobre a construção de teorias contrarias ao modelo capitalista de produção e a introduzir as leituras sobre o marxismo, principalmente depois da revolução russa.

Aqueles que por desinformação sempre enxergaram a política por sobre os ombros, aqueles que não discutem e dizem detestar política, estão convidados a mudar de conceito e passar a estudar, para se defender a si e a sua classe. É bom ter presente que a política não se originou de lendas, das estórias de Trancoso, nem de conversas de carochinha.

A política, como vimos, faz parte da filosofia que está acima das ciências e a burguesia que sabe muito bem disso, prepara sua descendência para exercê-la em sua plenitude. Pela ótica deles, educam os filhos no que há de melhor: em Cambridge, na Escola de Chicago, o MIT de Massachusetts, Coimbra, Unicamp, PUC etc.

Diz a lenda do enigma da pirâmide: “decifra-me ou te devoro.”
Nós não precisamos apreender a teoria filosófica para enfrentar os adversários.
Basta que nos familiarizemos com conceitos elementares, tenhamos boa vontade e decisão!

Segundo Rodrigo Viana no seu livro De Lula a Bolsonaro,

“O golpismo de 2016 e a prisão de Lula em 2018 não foram invenções de agora. O golpismo tem história. A falta de compromisso da classe dominante brasileira com um projeto nacional, também tem história e vem de longe.”

Portanto não nos intimidemos! Nós somos a maioria esmagadora e teremos condições numéricas suficientes para derrotá-los em qualquer pleito.

Basta que saibamos escutar o canto sedutor das sereias sem nos jogarmos n’agua. De hoje até o dia das eleições, eles irão usar os mesmos métodos de sempre para nos desestimular.

Irão tentar nos cooptar, nos ameaçar, nos cobrar algum favor prestado, tentar nos seduzir com benesses, ofertas de mimos eleitorais, e até dinheiro vivo.

Puro engodo! São generosidades e cortesias que fazem com o chapéu alheio, que é o nosso próprio chapéu. Um dinheiro que é nosso que eles têm acesso através do orçamento secreto ou do fundo partidário.

Se tudo isso não medrar, orientam seus áulicos a propalarem que eles são poderosos, são fortes, que metem medo e podem reagir com represálias, com golpes de estado e outras ameaças!

Balela! bazofia! Vocês acham que se eles fossem mesmo fortes estariam com a metralhadora eleitoral nas mãos disparando rajadas de impugnações de candidaturas para tudo quanto é lado? principalmente para atingir somente os nossos candidatos?
Eles são frouxos, isso sim! Estão com as calças cheias de “medo” de perder.

Pensem nisso e vamos pra cima deles, sem medo, sem dó e sem piedade! Faxina já.

Adelante!
Non Passaram!

 

 

Consulta:
Filosofia política: o que é, história, pensadores – Brasil Escola (uol.com.br);
Política. A definição de política – Brasil Escola (uol.com.br);
Escola de Frankfurt: contexto, objetivos, autores – Mundo Educação (uol.com.br);

Fotografias:
Árvore, ser tecnológico — Como fazer a água subir do subsolo até o último… (tumblr.com);
Veja o Analfabetismo Político, Alienaç~e Fanatismo na Política (blogdoenem.com.br);
A Astronomia de Aristóteles » Benito Pepe Filosofia e Astronomia;
https://www.google.com/search?q=Expoentes+do+iluminismo+franc%C3%AAs+e+alemao;
A ESCOLA DE FRANKFURT – Pensando a comunicação (wordpress.com);
3ª ATIVIDADE – TRABALHO BIMESTRAL 9º ANO | historiarsm Profª Joyce (wordpress.com);

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