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A verdadeira face de Jesus

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Em que pese a nossa condição de ateu, nascemos num lar cristão. Portanto não nos constrange revelar a nossa identidade com as práticas cristãs. Esse sentimento nos faz confessar que o símbolo cristão que mais admiramos é a cruz. O simbolismo da cruz é tão forte, que transcende o seu vínculo com o suplício e com a tortura, para algo muito maior, que nos faz refletir sobre o nosso caminhar como homo sapiens.

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A cruz tem uma haste vertical com a ponta inferior fincada no chão e a ponta superior apontando para o alto, o que para nós representa a nossa ligação terrena com uma divindade superior.

A outra haste, a horizontal, simboliza para nós os braços abertos e acolhedores para o grande abraço fraterno entre todos os irmãos, ou seja, são os braços da solidariedade, um sentimento que nos faz lembrar as duas figuras bíblicas que nos impõe o maior respeito:  Moisés e Jesus.

Moisés pela sua capacidade de renúncia ao ambiente faustoso em que foi criado.  Como filho da filha do Faraó, toda sua infância e adolescência foi em palácio, com acesso a uma educação esmerada, a uma mesa farta e a um guarda-roupas requintado. Tudo isso não foi o suficiente para seduzir Moisés. Ele não pensou duas vezes ao se decidir pela volta às suas origens hebreia, um legado paterno.

Enfrentou e venceu o Faraó que seria seu avô, libertou o seu povo e o conduziu   através do deserto, até alcançar à terra que lhes fora prometida pela sua divindade guia.

Jesus Cristo um Judeu Nazareno, Filho de um carpinteiro e de uma mulher humilde. Nasceu sem berço e dedicou a Sua vida à grande massa de deserdados.  Dotado de uma inteligência privilegiada, foi um ser sublime que dedicou a Sua existência à causa dos humildes, dos deserdados, dos descamisados, dos marginalizados, dos pobres, dos oprimidos, dos excluidos, das mulheres.  Por afrontar as elites com tanta “heresia”, acabou preso, torturado, condenado, crucificado e morto como preso político.

Foi um exemplo tão forte que mais de 2000 anos passados não foram suficientes para apagar. Virou exemplo para as gerações seguintes que ainda hoje são presos, caluniados, perseguidos e julgados tão sumariamente como o foi Jesus, por defenderem tudo quanto ele defendia.

Todavia, não escapou da impostura dos falsos profetas e dos fariseus redivivos que estão por aí vendendo o Céu à prestação, batendo no peito e dizendo “Senhor, Senhor!” Esses, pelas Suas palavras, com certeza “Não entrarão no reino dos Céus.”

 

O Padre Xavier Paolillo, missionário colombiano, escreveu um artigo tão profundo e emocionante que mexeu com a nossa sensibilidade. Não resistimos à tentação e resolvemos compartilhar com toda legião de leitores e internautas que nos veem diariamente.

Espero que todos leiam e sintam a profundidade do texto!

 

Não foi assim que tu marchaste, Senhor, quando tomaste a firme decisão de subir para Jerusalém.

O Teu cortejo não trazia armas e não tinha palavras de ordem ditadas pelo ódio. Mandaste carregar o essencial e, sobretudo, pediste que, ao longo do caminho, entrando em cada casa se anunciasse somente a paz.

Na Tua marcha, nunca usaste Tuas mãos para fazer gestos de ameaça, mas para tocar os sofridos, abraçar os excluídos, acolher os pecadores, curar as feridas e levantar os caídos.

Na Tua marcha não deste palanque para Herodes, o genocida, que mandou matar recém-nascidos por sentir-se ameaçado pelo Menino Jesus, nem tampouco defendeste a ditatura do Império romano que sangrava o povo com a imposição de seus perversos tributos, mas o tempo todo exaltaste o Pai com o coração de mãe, que ama perdidamente todos seus filhos e filhas. Nunca Te serviste das multidões que Te seguiram para acariciar Teu ego, alimentar Tua ambição e expressar paranoias narcísicas, mas somente para narrar as maravilhas do Pai e Seu sonho de realizar o Reino de amor, misericórdia e justiça.

Na Tua marcha não te cercaste de falsos profetas, impostores do sagrado, religiosos hipócritas, fanáticos defensores do legalismo, ricos esbanjadores, xenófobos, racistas, preconceituosos, mas de pobres, excluídos, pecadores, marginalizados e descartados.
Na Tua marcha, nunca usaste o nome de Deus para defender a tortura nem tampouco convocaste os Teus discípulos a apedrejar os Teus inimigos. Mandaste acolher e a amar a tod@s, até os próprios torturadores como Tu mesmo fizeste do alto da cruz.

Na Tua marcha, não subiste em cima de um carro de som nem tampouco num carro de guerra, pois sempre foste alérgico a todo tipo de exibicionismo e triunfalismo. Mandaste pedir emprestado um jumentinho, montaste nele e entraste em Jerusalém com humildade, pois querias despojar-Te definitivamente de todo tipo de ideologia messiânica que cheirasse à obsessão pelo poder.

Na Tua marcha, não tomaste de assalto os palácios do poder, mas acabaste pendurado numa cruz no alto do monte calvário. O objetivo da Tua marcha não era pedir votos para Ti, mas um voto de confiança no Teu Pai e em seu projeto de amor que não conhece limites ao ponto de dar a vida por nós como tu fizeste. Foi por isso, só por isso, que Tu venceste e até agora vives na Glória, enquanto quem tentou acabar contigo e Teu Evangelho teve a memória cancelada pela história! Assim seja. (pe. Xavier Paolillo, missionário comboniano)

 

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