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Informação e Contra Informação

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As disputas eleitorais da atualidade têm revelado novidades tecnológicas da maneira mais diversa que possamos imaginar.

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O desenvolvimento e a evolução da cibernética e das comunicações virtuais, têm ensejado uma avalanche de informações nem sempre merecedoras de crédito. É uma tentativa solerte de influir de forma ilícita no resultado eleitoral, prática que vem se repetindo a cada eleição e precisa ser duramente combatida.

As eleições presidenciais de 1918 no Brasil, foi a reprise tupiniquim daquilo que houvera sido usado com intensidade para eleger à presidência dos Estados Unidos e de forma surpreendente, um outsider da política de nome Donald Trump.

O mentor intelectual da campanha de Trump em 2016, foi um executivo de mídia de nome Steve Bannon, considerado um dos responsáveis pela vitória.

Steve Bannon era o diretor executivo da campanha de Trump, ou seja, um marqueteiro falsário, que inaugurou uma forma inusitada e surpreendente de fazer propaganda eleitoral de forma ilícita.

Uma das estratégias implementadas por Bannon consistia no bombardeio de informações mentirosas, difundidas através de robôs instalados em pontos estratégicos, capazes de disparar 400 notícias por minuto, inundando as redes sociais com notícias falsas.

A esse tipo de notícia falsa foi dado o nome chick de Fake News, (do inglês notícias falsas) e a essas alturas, nem iniciada a campanha eleitoral  aqui no Brasil, os robôs já estão trabalhando freneticamente.

Bannon recebeu  as bênçãos do mágico Olavo de Carvalho e, pelo que se sabe, foi trazido para o Brasil pelos filhos de Bolsonaro para massificar a campanha do pai. Adicionaram-se a essa estratégia, as ações da Justiça Contaminada da Operação Lava-Jato, dirigida por Sergio Moro e Deltan Dallagnol, mentores do projeto político de poder que conseguiu eleger Jair Bolsonaro. Bannon despertou o ativismo digital à brasileira.

Com a aproximação das eleições nacionais de outubro do corrente ano  de 2022 e pelo fato da tática usada já está muito manjada e mesmo assim ainda em uso, a primeira tentativa aparente de Bolsonaro no sentido de garantir a sua (dele) segunda  vitória, foi criticar veementemente o nosso sistema eleitoral eletrônico. Uma novidade mundialmente reconhecida e elogiada como um grande exemplo de celeridade, colocando-o sob suspeita e sugerindo a volta do voto impresso, quem sabe o voto de bico de pena!

A grande  contradição dessa proposta, foi ter  partido exatamente de quem se elegeu há quatro anos passados, através do voto eletrônico. Quer dizer então que há quatro anos o voto eletrônico que era aceito como licito pelo atual presidente da república e hoje não é mais?

Agora, ele acusa cinicamente o modelo eletrônico de ilicitude e pede a volta do voto impresso para segundo ele “assegurar a lisura”? seria isso mesmo?

Essa obsessão incontida pelo voto escrito, nos faz lembrar que foi através do voto impresso que a eleição de Trump ocorreu de forma bastante suspeita no estado da Florida nos USA.
Ele insistiu com veemência na ideia de difundir oficialmente o voto escrito pelo restante do país,  na sua ideia fixa de ser reeleito.

Não alcançando o seu propósito, Trump bravateou, ameaçou e blefou até o dia da posse de Joe Biden, quando já derrotado chegou  ao ponto de incentivar a invasão do Capitólio por uma gang de milicianos que segundo se informa estava a seu serviço.

Jair Bolsonaro que sempre se autoproclamou como o papel carbono de Trump, agora parece querer usar pesquisas manipuladas como forma de influenciar o ânimo dos eleitores incautos provocando-lhes uma inércia desalentadora.

Julgamos pertinente rever os números computados pela justiça eleitoral no último pleito de 2018 e passar em revista o panorama nacional, comparando-o com o momento atual , para entendermos previamente mais uma mentira. A mesma mídia venal de 2018, reforçada pelas milícias digitais, quer nos fazer passar goela abaixo a ideia de um Bolsonaro imbatível e aceitar o argumento dele e dos seus partidários, de uma eleição perdida, levando-nos ao desalento e à inércia.

Para avaliar os fatos de forma consistente basta que visualizemos os números oficiais do segundo turno das eleições de 2018 que teve como protagonistas eleitorais Jair Bolsonaro e Fernando Hadad:

Fonte: https://especiais.gazetadopovo.com.br/eleicoes/2018/resultados/mapa-eleitoral-de-presidente-por-estados-2turno/

 

 

Na caricatura que exibimos na figura acima, está registrada pelo TSE a votação obtida pelos candidatos no segundo turno das eleições de 2018. Percebe-se que Bolsonaro obteve 55,13% dos votos válidos, enquanto Fernando Hadad obteve 44,87%.

Em valores absolutos esses índices correspondem a 57.797.073 votos dados a Bolsonaro e 47.039.201 votos dado a Fernando Hadad.

Fonte: https://especiais.gazetadopovo.com.br/eleicoes/2018/resultados/mapa-eleitoral-de-presidente-por-estados-2turno/

 

A figura do mapa eleitoral mostrado acima foi elaborada com dados fornecidos pelo TSE, nos mostra que em 2018 enquanto Jair Bolsonaro venceu em 16 estados, Fernando Hadad venceu em 11 estados.

À luz do mapa ilustrativo já citado, que expressa em números o resultado eleitoral do segundo turno da eleição presidencial de 2018, queremos chamar a atenção de todos para alguns detalhes que merecem breves considerações que julgamos pertinentes para um bom entendimento.

O processo de mudança que ocorre nos fatos políticos tem uma dinâmica bem diferente das mudanças ditadas pelo cotidiano. A cada eleição realizada temos assistido a onda migratória de postulantes entre as agremiações partidárias, num ritmo frenético de acomodação de interesses no seio generoso dos quarenta partidos existentes atualmente no Brasil.

Essa movimentação alvoroçada faz parte do modus operandis praticado pelos adeptos do modelo de democracia eleitoral liberal burguesa, que sempre vestem um figurino diferente a cada eleição.

“liberais são quase todos
Como aves de arribação.
Se faz bom tempo eles vêm
Se faz mau tempo eles vão.”

Portanto é prudencial a análise das ocorrências políticas dos últimos quatro anos, principalmente nos maiores e mais representativos colégios eleitorais do Brasil que são: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Ceará.

Com relação a São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, os três maiores colégios eleitorais do país, o resultado eleitoral de 2018 foi favorável a Jair Bolsonaro, tanto nos estados como um todo, como nas suas capitais:

Se apreciarmos os números do estado de São Paulo veremos que favoreceram Bolsonaro da seguinte forma:
67,97% como resultado no interior
60,38% como resultado na capital.

É prudente ter em conta, pelos menos dois aspectos que são fundamentais nos índices acima:

O primeiro aspecto é que São Paulo, tanto a capital como o interior, país. abriga a classe média – alta, a classe média – média, e a classe média – baixa da burguesia  do país  e esse  extrato populacional, com raras exceções, devota um ódio endêmico a Lula e ao PT.

É um sentimento patológico burguês agudo, pelo simples motivo de Lula ter feito concessões mínimas à classe trabalhadora, enchendo-a de maus costumes tais como: comer três vezes ao dia, ter direito a sua casa que é a sua vida, ter o direito de ver os filhos formados como médicos, engenheiros, advogados, de fazerem especializações em outros países com o gira mundo etc.

O segundo aspecto é que o candidato a presidência da república que seria Lula, foi substituído na undécima hora pelo competente Fernando Hadad, lançado no dia 16 do mês anterior, a menos de 20dias das eleições.

Lula foi alcançado pela sanha da Operação Lava Jato, que atropelou o rito processual para chegar com tempo ao seu objetivo que era prendê-lo e torná-lo inelegível.

Desta vez, desmontada e desmoralizada a farsa da falida Operação Lava Jato, a história será vivida e contada de forma diferente. Os papeis se inverteram e agora Lula é o  pré-candidato à presidência com uma eleição iminente, como a provável eleição de Fernando Hadad ao governo de São Paulo. Quem viver verá!

 

Se apreciarmos os números do 2° colégio eleitoral do país que é Minas Gerais encontraremos os seguintes índices favoráveis a Bolsonaro:
58,19% no interior no estado
65,59% na capital
Nesse caso é pertinente que reflitamos sobre os fatos atuais com três aspectos a considerar:

Primeiro aspecto: o candidato adversário da presidenta Dilma, Aécio Neves, é neto de um ícone da política mineira, o ex presidente Tancredo Neves. Além disso tinha saído recentemente do governo daquele estado para se eleger senador, sem que a sua vida pregressa tivesse se tornado pública.

Ficou célebre o discurso de ódio  que Aécio Neves proferiu na abertura dos trabalhos de abertura  parlamentar do ano subsequente quando além de não aceitar a derrota, declarou guerra a presidenta e anunciou a paralização do governo pelo congresso e anunciou  a escalada do golpe parlamentar pelo qual passaria a trabalhar daí em diante.

Segundo aspecto: na esteira da eleição de Jair Bolsonaro, foi eleito para o governo de Minas Gerais um outsider da politica de nome Romeu Zema, um ilustre desconhecido que passou a aplicar em Minas Gerais o receituário de Bolsonaro, ou seja, até hoje não governou e é pessimamente avaliado.

Terceiro aspecto: é recorrente e nos lembra sempre que o adversário de Jair Bolsonaro desta vez será Lula, que recebeu recentemente a declaração de apoio de Alexandre Kalil, pré-candidato a governador de Minas Gerais. Fez uma administração muito bem avaliada na capital, Belo Horizonte.

 

Os números do Rio de Janeiro: o terceiro colégio eleitoral do país, base eleitoral de Jair Bolsonaro e toda sua  entourage, dele e dos filhos, reflete um ambiente político muito tumultuado. Basta dizer que somente num mandato já foram empossados quatro governadores, foram mudados todos os conselheiros do tribunal de contas, foram cassados alguns deputados estaduais e federais, todos acusados de corrupção. O governo vem sendo exercido por políticos de praticas condenáveis uma parte ligados às milícias e a outra ao fundamentalismo pentecostal de seitas religiosas.

 

O primeiro governador eleito foi um outsider da política, um tal de Wilson Wítzel um bolsominion fundamentalista  e em termos de violência era “mais realista do  que o rei”   Paladino da moralidade, chegou a metralhar escolas de helicóptero. Com todo esse pedigree foi afastado por corrupção.

Os números de 2018 favoreceram Jair Bolsonaro da seguinte forma:

66,95% dos votos do estado
66,35% dos votos do Rio de Janeiro.

A bela cidade do Rio de Janeira denominada  cidade maravilhosa, o que geograficamente é verdade,  vem sendo gradualmente dominada pelo medo, mas mesmo assim há alguns aspectos a considerar. Nos ateremos apenas a dois:

Primeiro aspecto: entendemos que o estado de violência que se disseminou pelo Rio de Janeiro é um fator de desestímulo às candidaturas dos partidos progressistas locais.
Quando o dialogo é abandonado e a violência se entroniza. É o retorno à barbárie e é disso que muita gente tem medo.

A morte de Marielle Franco pelo crime organizado nas milícias, revelou a ponta do Iceberg do crime organizado que fez com que o deputado federal Jean Wyllys do PSOL, depois de sofrer graves ameaças, renunciasse ao mandato e saísse do país.

Agora a esperança se volta para o combativo  deputado federal  Marcello Freixo, que se dispôs a lançar a sua candidatura ao governo do estado e pelo que apontam as pesquisas tem grande chance de eleger-se.

Segundo aspecto: a presença de Lula como candidato é um fator de aglutinação e poderá reverter o quadro ou no máximo neutraliza-lo elegendo Freixo ao governo do estado.

 

Os Números da Bahia: onde Hadad  teve uma vitória arrasadora  e aproveitaremos para falar rapidamente dos demais estados do nordeste onde Dilma teve uma vitória significativa.
Vejamos os números da Bahia:
Bahia: 72,69% no estado
Bahia: 68,59% em salvador

Tanto os números da Bahia como aqueles dos demais estados, mesmo sendo favoráveis ao PT merecem considerações em alguns aspectos:

Primeiro aspecto: se verificarmos a listagem por estado, iremos constatar que a votação de Jair Bolsonaro foi majoritária em quase todas as capitais do Brasil no segundo turno de 2018. É justamente nas capitais que se concentram as classes media e alta de cada estado, ou seja a pequena burguesia.
É nas capitais que  reside o nicho maior  do ódio contra Lula, por tudo que o seu governo representou para o povo pobre. Isso para a burguesia é imperdoável!

Segundo aspecto: que é recorrente é a presença de Lula como fator de aglutinação.

E o que dizem as pesquisas de agora nesses maiores colégios eleitorais?
Em São Paulo as ultimas sondagens têm apontado um crescimento significativo da pré-candidatura de Lula e os números já sinalizam para a vitória no estado. Nos demais estados tem havido a manutenção da hegemonia e até um crescimento em relação as eleições anteriores de 2018. Há também uma reviravolta em estados onde Dilma foi derrotada na campanha de 2018 e, um significativo crescimento nos maiores colégios eleitorais como é o caso do estado de Minas Gerais. A capital Belo Horizonte deu uma verdadeira guinada com a declarada adesão do pré-candidato ao governo do estado, Alexandre Kalil, ex prefeito da cidade onde teve uma boa avaliação. Comentam que essa adesão teria elevado a perspectiva de voto em Lula para 40%.

Além dessa mudança radical na intenção de voto dos belo-horizontinos, as manifestações de aceitação à pré-candidatura de Lula em Juiz de Fora, o segundo maior colégio eleitoral mineiro pode ser indicativo de uma virada que pode arrastar o estado.
Não são desmotivadas as investidas do postulante Jair Bolsonaro em colégios eleitorais que lhe são totalmente hostis, visitando feiras, vaquejadas, restaurantes, pizzarias e até igrejas.

Some-se a isso além das pantomimas armadas por ele nos finais de semana, algumas delas de nome esquisito: motorciata, barqueatas, lanchaceatas, cachaceatas, bravatas, cavalgadas, vaquejadas etc.

Ele tem procurado nessas incursões, compensar a erosão política a que está submetido nos maiores centros, onde era amplamente majoritário e aclamado até bem pouco tempo como “mito!”

Ninguém vence eleições de véspera e desta vez não será diferente. Todavia se não é recomendável subestimar Bolsonaro como postulante, também não é recomendável superestima-lo, pois as últimas pesquisas indicam:

                     São Paulo           Minas Gerais *      Rio de Janeiro   Bahia       Brasil

Lula:              34,9%                    46,00%                35,00%       63,00%    44,00%                    

Bolsonaro:    35,8%                     21,00%                35,00%       17,00%    32,00% 

*Consideramos esse índice de Minas Gerias exagerado                       

 

 

 

 

Lembrem-se: cautela e canja de galinha não ofendem a ninguém!

 

 

 

Consulta: https://especiais.gazetadopovo.com.br/eleicoes/2018/resultados/mapa-eleitoral-de-presidente-por-estados-2turno

Fotografias:
Steve Bannon: veja a trajetória do ex-estrategista de Trump, preso novamente nesta segunda | Mundo | G1 (globo.com);
Ninguém mais duvida do conluio entre Moro e Dallagnol, afirma Pimenta | Partido dos Trabalhadores (pt.org.br);
Apoiantes de Trump invadiram Capitólio quando Biden estava a ser confirmado. Uma mulher morreu (dn.pt);
Crescimento vertical na cidade de São Paulo gera impactos sociais e ambientais – Jornal da USP

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