
Alberto da Costa e Silva diplomata e historiador, afirmou certa vez que:
“…Nós reconstruímos o passado a partir dos dados do presente. É o presente que faz a história e não a história que faz o presente”.

Muito já se escreveu sobre a escravidão, um modelo de desenvolvimento econômico adotado pelo Brasil colônia de forma retardada em relação ao resto do mundo, que naquela época navegava na fase mercantilista do pré-capitalismo.
Muitos se atêm, com justificada razão à face cruel e desumana do escravismo brasileiro, que ainda hoje é enfrentado e rechaçado com muita coragem e disposição de luta por heróis negros, esquecendo que além da saudade imorredoura, os negros trouxeram com eles vários hábitos culturais. Esses hábitos que se embricaram na nossa cultura para tecer o crochê da nossa negritude, talvez tenham sido o maior contribuinte para a Formação do Povo Brasileiro de que falava Darcy Ribeiro.
Os coloridos das vestes, a culinária que hoje permeia a nossa mesa como o delicioso mucunzá feito de milho, a feijoada, o acarajé, o abará, os condimentos picantes da cozinha baiana, as manifestações religiosas, as danças e expressões corporais, entre elas o semba da qual o samba é uma corruptela, sendo hoje considerado internacionalmente o ritmo nacional.
Em seguida apresentamos a consagrada poesia de Antônio de Castro Alves, o poeta dos escravos com a sua obra prima em termos de poema: Navio Negreiro.
Vale a pena ouvir o poema que além de expressivo é emocionante!
Vem comigo!