O simbolismo da data de 22 de abril, na qual a história oficial celebra o descobrimento do Brasil, tem sido veementemente contestado na sua veracidade por motivos mais do que óbvios.
Ora, a descoberta de uma jazida de minérios valiosos, de uma afloração arqueológica ou de um fóssil histórico raro, nos revelará a existência de minerais inertes que ali permaneceriam sem se reproduzir, completamente ignorados, durante toda uma eternidade. A descoberta, quando acontece, sempre é seguida de uma comemoração efusiva celebrando o achado. Essa é uma reação pertinente e perfeitamente justificável.
Entretanto, a descoberta de uma vasta extensão de terras onde já residem mais de dois milhões de seres humanos, que são dinâmicos, que se reproduzem e se multiplicam e que são detentores da posse coletiva da área, não se constituí em nenhuma descoberta e sim numa criminosa invasão. A violência usada para se adonar daquilo que não lhe pertence e, na sequencia subjugar, e enganar toda uma nação é muito mais cruel do que todas as formas de violência de que temos noticias.
Inicialmente o saque dos bens materiais que foram sendo imediatamente surrupiados, não sensibilizaram tanto os nativos porque eles não tinham o egoísmo da acumulação que o invasor trazia consigo e até os dias atuais mantem como um dogma de fé. Eles somente se aperceberam da crueldade do invasor, quando o indigenismo, que é a ideologia política deles, foi maculado naquilo que tinham de mais sagrado, a sua cultura. A história é longa e não cabe nesse pequeno espaço. Mas uma coisa é certa, não houve descoberta houve invasão, portanto não há o que comemorar. Fomos buscar a sabedoria e a sensibilidade do Doutor Patativa do Assaré, para mostrar a todos os leitores e internautas, como essa prática invasiva ainda hoje é muito presente nos dias atuais.
Vem comigo, vamos juntos ver e ouvir o genial Patativa do Assaré!