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É orvalho ou diamante?

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Durante toda nossa existência na Terra, muitos aprendizes do Evangelho de Jesus desenvolvem uma capacidade que lhes vem determinada em seus genes. Não estou me referindo a características familiares que, em algumas famílias, são tão obvias que nem se faz necessário, dizer a que família pertence,  como é muito comum nas famílias do interior, perguntar: você é o que de fulano ou sicrano? Uma dessas perguntas, me foram feitas que fiquei impressionada, pois não sabia que carregava tão fortemente as características de minha avó paterna, Maria Monteiro, ou Maria de Antônio Mororó. Quem é do interior, sabe que somos identificados, assim: filhos de…, netos de…, e raramente pelo nosso nome.

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Bem, esta conversa é só para introduzir uma linda história contada por Jesus, mas antes, vou pedir permissão ao “Amigo Poeta”, que viveu em Catingueira e que por ser um grande talento foi até citado por Graciliano Ramos na obra – Viventes das Alagoas, uma de suas obras, numa “peleja” com outro grande poeta, numa feira na cidade de Patos.  O Amigo Poeta é Inácio da Catingueira já tão falado e estudado, como espírito, se comunicava trazendo suas poesias através da Médium Maria Aurélucia, que acredito ter se juntado a ele no mundo espiritual quando partiu deste plano ano passado. Na obra “Poesias do Alto”, uma poesia que recebeu o título “Deus nos Cinco sentidos” (tato, paladar, olfato, audição e visão), que peço licença aos dois para utilizar parte dessa poesia em nosso artigo. Assim,  diz o Poeta:

Deus nos Cinco Sentidos (Tato, paladar, olfato, audição e visão)

Deus também se faz presente

Pelos teus cinco sentidos

Pelo tato a gente sente

Tocando o recém-nascido

Também pelo paladar

De maneira natural

Provando a água do mar

De onde vem tanto sal?

Sua presença se registra

Quando cheiramos a flor

Tão suave e tão bonita

Quem perfuma é o Senhor.

A brisa pela manhã

Desfila cantarolando

É Deus, querida irmã

Que para ti, está cantando.

Uma noite de luar

Ameniza a escuridão

Tão bonita de se olhar

É de Deus essa visão.

Praticamente todos nós os temos, claro, com algumas exceções. Mas assim, como Deus, e como tudo que ele nos presenteou, não prestamos muita atenção a esses presentes. Ou seja, já os temos, ou não, então, já faz parte de nosso dia a dia e passam despercebidos, até que, por alguma razão, um dos que temos, nos falte. O amigo leitor, deve estar se perguntado: o que tem a ver tudo isso, com Jesus e com lírios ou diamantes. Mas vamos aprofundar um pouquinho mais essa conversa.

É obvio que precisamos ser sensíveis como seres humanos, no verdadeiro sentido da palavra, para percebermos que é através do tato, que sentimos as mãozinhas de nossos filhos ao nascer, sentirmos as lágrimas de nosso amado ou amada seja por alegria ou tristeza; é pelo tato que nos tocamos e nos sentimos. É pelo tato que identificamos, em nosso rosto, as rugas que surgem pela passagem dos anos; é por este sentido que identificamos a perfeição e cada detalhe da “tecelagem” da pétala de uma rosa.

E o paladar, como é natural sentimos o gosto de tudo que vai à nossa boca. Sabia que existem pessoas que nunca tiveram a oportunidade de descobrir o sabor da água do mar? Tão comum, para nós, não é?

O olfato, ah! Como é magnifico a sensação que nosso cérebro registra, quando cheiramos uma flor perfumada pelo Senhor de todas as coisas. É pelo olfato, que também guardamos o perfume de alguém que nos marcou com um belo momento de amor. É pelo olfato que guardamos, em nossa memória, o perfume de nosso pai ou de nossa mãe. Jamais esse perfume será esquecido. Mas será que todos nós temos essa sensibilidade e a lembrança de agradecermos ao Pai Celestial, por termos esse poder? Acredito que não.

Quantos de nós se ver diante da imensidão do mar, sentindo a brisa no rosto, como se estivéssemos ouvindo uma linda canção? Pois é: é Deus cantarolando para nós.  Quantas noites já passamos olhando a beleza da lua iluminando a escuridão, também é de Deus essa visão.

Quando o Amigo Poeta, falou dessas coisas tão simples e ao mesmo tempo tão delicadas, imitava a Jesus que, quando dava seus ensinamentos na Casa de Simão Pedro, foi indagado por Sara, esposa de Benjamim, a respeito das novas revelações. E Jesus, como de costume, falava da Boa Nova e dos ensinamentos do amor e o perdão. Então, Sara fala que gostaria se ser fiel a semelhantes princípios, mas se sentia muito presa às velhas normas, e dizia que não conseguia perdoar nem desculpar os que lhe ofendiam, disse, ainda, ser apegada aos bens e ciumenta de tudo o que aceitava como sendo sua propriedade. Em seguida, Pedro comenta – é indispensável a boa vontade.

Em seguida, Jesus perguntou: Sara, qual é o serviço fundamental de tua casa?  Ela responde: a criação de cabras. E Jesus pergunta: – E como procedes para conservar o leite inalterado e puro no benefício domestico: – Senhor, antes de qualquer providencia, é imprescindível lavar, cautelosamente, o vaso em que ele será depositado. Se qualquer detrito fica na ânfora, em breve todo leite se toca de franco azedume e já não servira para as receitas mais delicadas.

Jesus sorriu e explanou:

-Assim é a revelação celeste no coração humano. Se não purificamos o vaso da alma, o conhecimento, não obstante superior, confunde-se com as sujidades de nosso íntimo, como se degenerando, reduzindo a proporção dos bens que poderíamos recolher. Em verdade, Moisés e os profetas foram valorosos portadores de mensagens divinas, mas os descendentes do povo escolhido não purificaram suficientemente o receptáculo vivo do Espirito para recebe-las. É por isso que os nossos contemporâneos são justos e injustos, crentes e incrédulos, bons e maus ao mesmo tempo. O leite puro dos esclarecimentos elevados penetra no coração como alimento novo, mas aí se mistura com a ferrugem do egoísmo velho. Do serviço renovador da alma, restará, então, o vinagre da incompreensão, adiando o trabalho efetivo do reino de Deus. (…) – O orvalho num lírio alvo é diamante celeste, mas na poeira da estrada, é gota lamacenta. Não te esqueças dessa verdade simples e clara de natureza.

Concluindo nossa reflexão, esperando que nos preocupemos com nossos sentimentos, lembrando que nosso coração precisa ser leve, para que possamos desfrutar de cada sentido e sua função.  Deus nos presenteou com essas dádivas para podermos apreciar os presentes que Ele nos dá todos os dias. Que sejamos ânforas limpas de qualquer maldade para percebermos a beleza do amor do grande Pai. E, mesmo que nos falte algum sentido, saibamos aproveitar o que nos foi dado para sentir os diamantes ocultos dados pelo Senhor.

Caro leitor, aproveitando ainda o espaço, oremos pela paz do Mundo. Somos habitantes desta Terra em qualquer ponto que estejamos. E nossos irmãos, ainda que de terras longínquas, são igualmente nossos irmãos, e enquanto um irmão sequer sofre, nenhum de nós poderá ter uma paz verdadeira.

 

 

Obras Consultadas:

Jesus no Lar – Chico Xavier pelo Espirito Neio Lucio;

Poesias do Alto por um Amigo Poeta – psicografia de Maria Aurelucia Gomes

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