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O passivo ambiental do atual governo

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A dimensão territorial do nosso país, aliada à diversidade dos nossos biomas, adicionada às nossas condições climáticas, beneficiadas por um solo rico e fértil além da nossa reconhecida potencialidade hídrica, são fatores que conjugados, nos distingue como um grande produtor mundial agropecuário. Não é à toa que o Brasil ocupa o ranking de segundo maior produtor de alimentos do mundo e de maior exportador de alimentos.

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Apesar de todos esses fatores positivos padecemos de uma carência de planejamento estratégico das nossas ações econômicas. Elas estão sempre à reboque de uma verdadeira anarquia da produção, ditada pela sofreguidão de lucro fácil, uma síndrome sempre presente nos grupos econômicos.

Essa é uma prática imposta por um modelo econômico de capitalismo selvagem, que tem escandalizado inclusive os representantes do liberalismo econômico.

Que a apropriação dos recursos naturais é necessária para a produção de alimentos e bens duráveis, todos estamos carecas de saber, inclusive os ambientalistas. Todavia a apropriação devastadora posta em prática pelo atual governo brasileiro, além de colocar em risco a sustentabilidade, afronta um elenco de normas, leis e tratados ambientais, nacionais e internacionais, constituindo-se numa política de terra arrasada.

Ou o humano respeita a sustentabilidade ambiental, ou vai ser varrido da face da terra como a espécie mais predadora da criação natural. Quando somos obrigados a fazer afirmações tão severas como essa poderemos até sermos considerados lunáticos e exagerados.

A forma devastadora de apropriação dos recursos naturais tem contado com a leniência e a cumplicidade das autoridades brasileiras. Há uma transgressão continuada às normas e leis ambientais, em desrespeito aos tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário, tudo em nome do lucro fácil. Não obstante as severas represálias dos nossos parceiros comerciais internacionais, os quais levam essa questão da sustentabilidade muito a sério.
Chegou às nossas mãos a edição eletrônica de uma revista do Piauí que traz uma matéria/denuncia que podemos considerar de substanciosa, porém encimada por uma manchete a meu ver infeliz. Diz a manchete da revista Piauí:

METADE DO SERRADO SUMIU
” Governo esconde dados do aumento do desmatamento na fronteira agrícola onde mais cresce a produção de grãos.”

Podemos dizer que um objeto ou pessoa desaparece quando literalmente some. No caso do cerrado ele não sumiu, ele foi criminosamente eliminado em 50% da sua extensão.
O Cerrado, para um melhor entendimento, é um bioma com características sui generis, que tem uma semelhança muito grande com a savana africana, e a sua cobertura vegetal é composta por formações vegetais de grande biodiversidade. O tamanho da vegetação vai desde as gramíneas e leguminosas rasteiras, com a predominância da vegetação arbustiva, além de arvores de maior porte que podem atingir até 30 m de altura como o Araticum a aroeira o Pau D’arco e o Pequizeiro.

Segundo o IBGE o cerrado que para quem não sabe é internacional e possui uma extensão territorial de 2.036.448 Km2 de extensão. Ora se é verdade que metade do bioma já foi devastado, restam exatamente 1.018.224Km2.

A Área do Cerrado internacional

Todavia, tão importante quanto saber da magnitude da devastação, é avaliar em que período essa devastação aconteceu.

Pelas informações que nos chega, entre agosto de 2020 e julho de 2021 o cerrado perdeu 8.531Km2 de vegetação considerando toda área do chamado MATOPIBA, (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).

O governo federal, da mesma maneira que faz com o desmatamento dos demais biomas brasileiros, escondeu os dados o quanto pode e eles só vieram à público graças à decisão corajosa do corpo de funcionários honrados e comprometidos com a sustentabilidade que ele ainda não conseguiu banir desses órgãos.

Falar da devastação e não falar das consequências deletérias que ela irá causar, seria uma omissão imperdoável na qual não queremos incorrer.

Pois bem, o cerrado é tão generoso em termos de alimentação de nascentes e cursos d’agua, que é chamado carinhosamente de floresta invertida, o que nos sugere que a evapotranspiração ao invés de mandar água para a atmosfera o faz para o subsolo.
É importante ressaltar que o cerrado concentra importantes bacias hidrográficas e nascentes fantásticas como o Jalapão.

O que vem ocorrendo em termos de devastação não somente no cerrado como nos demais biomas do Brasil precisam ser contido sob pena de nos transformar num deserto, como adverte o chefe da nação indígena Apache o cacique Cochise, disse ele:

“Somente quando for cortada a última árvore, poluído o último rio, pescado o último peixe, é que os humanos irão perceber que não comem dinheiro!”

 

Consulta e Fotografia:https://piaui.folha.uol.com.br;

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