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Poema para meu irmão branco – CONSCIÊNCIA NEGRA

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O próximo dia 20 de novembro é consagrado à consciência negra. Só que  nós nunca imaginamos que em pleno século 21 estivéssemos aqui discutindo a cor da pele dos seres humanos.
As estatísticas oficiais revelam números no mínimo risíveis sobre a genética da nossa população, em que a raça  negra foi riscada do mapa. Vejam:

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47,5% da nossa população é classificada como branca;
43,4% é classificada como parda;
7,0% é classificada como preta.
Não vamos nos aprofundar nesse conceito e analisa – lo, porque seria necessário um verdadeiro tratado para chegarmos  à conclusão que, pelo menos 70% da nossa população é negra sim senhor.
O que queremos é indagar apenas o que diferencia um negro das outras raças.

 

Visualmente é possível identificar que no cesto da foto acima existem ovos  nas cores: vermelha, verde, branca e bege. Se perguntarmos a qualquer pessoa qual é o conteúdo de cada ovo desses,  não poderemos ouvir  outra resposta  senão: não importa a casca, são ovos com clara e gema.

Mutatis mutandis, se a pergunta for com relação à foto acima, a resposta não poderá ser diferente: não importa a pele são seres humanos com corpo  e alma!

Vejam no Poema que se segue a genialidade da descrição!

Poema para meu irmão branco

Meu irmão branco…
Quando eu nasci, eu era negro
Quando eu cresci, eu era negro
Quando eu vou ao sol, eu sou negro
Quando eu estou com frio, eu sou negro
Quando eu estou com medo, eu sou negro
Quando eu estou doente, eu sou negro
Quando eu morrer, eu serei negro

E Você Homem Branco…
Quando você nasceu, era rosa
Quando você cresceu, era branco.
Quando você vai ao sol, fica vermelho.
Quando você fica com frio, fica roxo.
Quando você está com medo, fica branco.
Quando você fica doente, fica verde.
Quando você morrer, ficará cinza.
Depois de tudo isso Homem Branco, você ainda tem o topete de me chamar de homem de cor?

                                                                                        Léopold Sédar Senghor

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