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Para que Côrte esse rei estar governando?

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Depois de muitas delongas e conchavos, finalmente a Lei Orçamentária Anual – LOA  foi sancionada pelo Presidente da República como determina  a Constituição Federal – CF.

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Os cortes draconianos a que foi submetida, rendeu reclamações diversas dos mais diversos setores da máquina administrativa, onde profissionais honestos, e dedicados à coisa pública, todos eles muito aflitos por não vislumbrarem perspectivas de financiamento das suas atividades laborais cotidianas, estão completamente atordoados com a descontinuidade do trabalho..

A manchete do Correio Brasiliense, edição de 25 de abril do corrente ano, sinaliza para o risco iminente de colapso da máquina pública, que foi previa e propositadamente demonizada pelo staff do governo, até mesmo pelo próprio presidente da república Jair Bolsonaro. Acrescenta ainda,  seguida de uma breve nota explicativa sobre o relatório da instituição fiscal independente-IFI:

“Cortes do Orçamento aumentam risco de apagão na máquina pública”

“Um relatório de autoria da Instituição Fiscal Independente – (IFI) alertou para o aumento dos riscos de shutdown (dialeto cibernético que ao que parece significa paralização) no funcionalismo, pois, segundo cálculos da entidade referida, as despesas discricionárias do Executivo atingiram um dos menores patamares da história: R$ 74,6 bilhões”.

Os vetos, em número de dezessete, incidiram todos eles na parte de custeio e investimentos, preservando intacto os gastos com o serviço da dívida pública, leia – se os “sagrados juros” da banca internacional  sempre intocáveis. Esses vetos onde o governo tem de  cortar na própria carne, mais parecem aquela história do patrão que dá R$ 2,00 ao empregado para o lanche e voltando-se arrogante para ele diz: “te vira!”

Precisamos mais uma vez recorrer aos gráficos oficiais gerados pelo Portal da Transparência, do  próprio ministério das finanças. Não se assustem com a imagem gráfica e olhem bem para ela no curso do nosso raciocínio. Lembrem-se que uma imagem vale mais do que mil palavras.

A variedade de cores da figura abaixo,  representativa do orçamento aprovado e sancionado, mostra nitidamente a diferença de dotações, destacadas pela policromia que se  concentra na parte sudeste da foto  e engloba o restante das dotações menores que não foram citadas.

Acompanhem comigo uma simples adição que todos sabem fazer muito bem, com os  índices extraídos da própria  figura e expressos no quadro abaixo:

01 – Juros e amortizações da dívida  

53,92 %

02 – Previdência social

19,46 %

03 –Transferências para estados e municípios  

   6,92%

        Sub total

80,30 %

         100 %  –  80,30%  =

19,70 %

Pela clareza dos números, é evidente que restarão apenas 19,70% do orçamento anual para custear o restante: agricultura, cidadania, educação, defesa, economia, ciência tecnologia e inovações, justiça e segurança pública, infraestrutura, comunicações, meio ambiente, turismo etc.

Nesse meio estão incluídos serviços essenciais e imprescindíveis como habitação e saneamento básico, para os quais foram destinados 0,00% e 0,02% respectivamente, além de cortes radicais como foi o caso do censo 2021 que seria realizado pelo IBGE e foi cancelado com a alegação de falta de recursos orçamentários.

Abastecimento de água

O enorme déficit em habitação, estimado em 2019, em torno  de 5.900.000 de moradias, significa que temos um contingente considerável de pessoas sem teto, enquanto isso a dotação orçamentária desde 2018, está estacionada em   0,00% destinados a “construção de casas populares”.

O déficit em saneamento básico, pelos números do instituto Trata Brasil é de 83,35% com relação a água e de 54,1% com relação a esgotos. Enquanto isso, desde 2018 a dotação para o setor  é de apenas 0,02% e apesar da completa falta de financiamento pelo governo federal, o próprio governo não se acanha em falar em universalização dos serviços, prometendo a salvação da lavoura através da iniciativa privada. Segundo os arautos da privatização,  caberá a iniciativa privada  a realização “desse milagre” de transformar água em mercadoria, disfarçando a verdadeira face e a  “generosidade do capital” que como sabemos, não existe para fazer filantropia e sim para a obtenção de lucro.

O brasil tem trezentas cidades com mais de 300 mil habitantes e mais de 5200 médias e pequena cidade quase todas deficitárias que com o fim dos subsídios cruzados voltarão ao jegue e à lata.

Será necessário dizer por quais cidades  o capital se interessa?

Ciência e Tecnologia

 No caso da ciência e tecnologia, onde a proposta orçamentária original era de R$ 264 milhões, o que já era irrisório, sofreu  um corte de R$ 259 milhões, restando a “fabulosa quantia” R$ 5 milhões de reais.

Por mais que escamoteiem os fatos, essa é  a causa basilar   da falta de condições para  produzir a vacina  da covid 19 de modo a imunizar toda população. O pior é que   sequer para os  Insumos Farmacêuticos Ativos – IFA existem recursos públicos.

Na questão do meio ambiente, o Brasil tem sofrido um desgaste internacional sem precedentes e as atitudes belicosas e transgressoras do ministro do meio ambiente, Ricardo Salles, com o  aval e apoio  do próprio presidente da república Jair Bolsonaro, têm provocado um desnecessário desgaste nas nossas relações internacionais, a ponto de prejudicar as trocas comerciais com os países parceiros. Os últimos anos foram historicamente  os de maior devastação  em todos os nossos biomas: pantanal, mata atlântica, floresta amazônica, estuários, manguezais, dunas e restingas.

A situação tornou – se tão crítica que obrigou  empresários e economistas, até então apoiadores do governo, a publicar uma enérgica carta aberta censurando enfaticamente a leniência, a indiferença e a apatia do governo Bolsonaro no tocante à questão.

Por fim o Ministério do Turismo que originalmente seria contemplado com a “fabulosa quantia” de R$ 317,00 milhões de reais que teve corte dos mesmos  R$ 317,00 milhões de reais ficando com saldo R$ 00,00 (zero). O ministro chefe da pasta do turismo  ainda tem  o cinismo de falar em apoio ao turismo, e mesmo assim o trade turístico, bolsominion de origem, permanece caladinho.

O titulo desse artigo não podia ser tão sugestivo como foi: PARA QUEM GOVERNA BOLSONARO?

Ora, entre as inúmeras falhas deste governo, a mais relevante delas é a falta de metas claras e exequíveis, aliada a uma crônica falta de planejamento para todas as questões essenciais à nação. Ninguém se entende!

O antagonismo e a assimetria estão presentes no cotidiano das pessoas e constituem os dois extremos da corda. Ambos sempre têm alguma utilidade para uma facção frente a outra. No caso do governo Bolsonaro, que apesar  da crescente reprovação até pelos antigos aliados como mostram as pesquisas, ainda hoje é apoiado por uma minoria esmagadora beneficiária, ocupante do andar de cima, do topo da pirâmide social. 

A  figura que mostramos, uma pirâmide que, diferentemente daquela da estória do enigma,  pode ser decifrada facilmente. Nela  dá para perceber  que 82% da população tem renda familiar menor do que R$ 3.390,00. É oportuno esclarecer que a renda familiar é a renda de toda família e não a de cada membro da família.
Portanto se você está incluso na fatia dos 16% de cor amarela, não pense que você é rico e faz parte da elite do topo da pirâmide, embora seja vizinho dela. Você é pobre e esse extrato ao qual você pertence, muitas vezes é acometido de uma doença psicossocial parecida com uma miragem, representando uma  jazida  de bolsominions fundamentalistas incuráveis.

Pelo visto, os 82% mostrados na pirâmide é composto de  pobres e paupérrimos e como é a esmagadora maioria, não é necessário muito esforço para enxergar que o governo Bolsonaro não governa para eles.

Como é sabido, o IBGE é um órgão  estatal, historicamente dedicado a pesquisas diversas de cunho socioeconômico, que mantem viva e atual a radiografia do tecido social da nação Brasil e  serve como instrumento de gestão. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD, tem o propósito de produzir informações básicas para o estudo do desenvolvimento socioeconômico do país e tem revelações que o governo quer esconder.

Questões relativas a: saúde, habitação, saneamento, renda, demografia etc.   são permanentemente pesquisadas para embasar as politicas públicas dirigidas para o bem estar da nação.

Só podemos enxergar o cancelamento do Censo 2021 como um freio  nessas pesquisas por parte de um governo que além de não se propor a se medir com as necessidades do seu povo, pretende escondê – las, no raciocínio burro  de matar a vaca para acabar o carrapato.

Parece que a pergunta do título do artigo está respondida e diante de tudo que foi mostrado, podemos afirmar que Bolsonaro representa um governo voltado para 1% da população, que são os muito ricos. Portanto ele não governa para o povo!

Consulta: correiobrasiliense.com.br;

www12.senado.leg.br;

Fotografias:portaldoprofessor.mec.gov.br

;canaltec.com.br;

 

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4 COMENTÁRIOS

  1. O cancelamento do censo 2031 disse tudo: esconder principalmente para os parvos seus seguidores o destrambelhamento do deu desgoverno. A educação, a saúde, o meio ambienteo saneamento básico, uma decadência total.Cada ministro pior do que o outro. Se ele governa para os ricos até pra esses nada vai bem.Com todos estes desmandos um dia a casa cai

  2. Creio que cumprimos a nossa missão de informar, “ contando o caso como o caso foi”. Sei que muitos gostariam de se manifestar em comentários mas olhar da vigilância é implacável e não perdoaria. Prefiro o silêncio surdo que responderá nas urnas sem dúvidas.

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