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A angústia econômica do momento.

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Quando nos dispusemos a criar um veiculo de comunicação virtual, denominado  sitio (site), sabíamos de antemão que iríamos enfrentar uma dificuldade latente, que não era de ordem objetiva e sim de ordem subjetiva, ou seja, o enfrentamento da dificuldade que as pessoas têm hoje em dia para ler. Há uma tendência enorme de preferir o ver em detrimento do ler e essa prática tende a distorcer a informação.

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Nesse particular, talvez resida a justificativa para tanta alienação, para tanta leniência, para tanta indiferença das pessoas, mesmo diante de um quadro de tamanha gravidade da economia, como este que estamos atravessando  neste momento  da vida nacional. 

O sebastianismo, uma prática portuguesa do século XV tão falado por Ariano Suassuna, talvez justifique essa carência, como também a procura incessante por um herói, um mito ou um salvador da pátria, em quem possamos depositar os nossos anseios, os nossos anelos  e   as nossas carências, mesmo que corramos o risco de entrega-lo em mãos de mitos de pés de barro, como ocorreu em 2018.

Esses fetiches nos fazem esquecer que o nosso destino sempre esteve, está e sempre estará  em nossas mãos e nas mãos de mais ninguém. É preciso despertar desse devaneio coletivo que cultivamos,  ou que nos são  impostos, para entender de uma vez por todas, que o poder do povo é soberano e igualmente à fé, tem  força que  pode  mover  montanhas. 

Portanto não é concebível uma alienação desta magnitude, que conduz as pessoas à apatia, à indiferença e à inércia,  tornando-as  obtusas, mesmo que seja em prejuízo próprio.

Poderemos até ser considerado exagerado e rigoroso demais no nosso julgamento e na nossa conceituação, todavia como o nosso  compromisso  refletido na linha editorial  do sitio é com a verdade, não nos permitimos  nos omitir  e  aceitar silente esse alheamento que minimiza tudo,  que simplifica e relativiza os fatos, achando que a situação é irreversível, e  imutável  e que o fim da história chegou. NÃO, não é isso que pensamos e por conseguinte não poderemos nunca  deixar de fazer o contraponto àquilo que se evidencia como errado ao nosso olhar e ao nosso julgamento.

É de domínio público que em 2016 a Petrobrás adotou um modelo de reajuste dos derivados de petróleo, concebido sob a lógica da  paridade com a cotação do dólar, mesmo o pais  tendo alcançado a autossuficiência.   

O consumo desses derivados, tem nos combustíveis automotores o maior peso, pelo fato de serem usados principalmente para abastecer o modal de transportes rodoviários de carga, que representa 70% do transporte de cargas no Brasil e é responsável  por mover a  economia nacional como um todo.

O modelo econômico ultra neoliberal  que o  Brasil adotou,  posto  em prática pelos intelectuais orgânicos do Ministério da Economia, foi desgraçadamente entronizado como dogma de fé da macroeconomia  e da geopolítica nacional,  comandada  por Paulo Guedes, um Chicago Boy  que tomou por empréstimo  os conceitos da Escola de Chicago, baseado nos pressupostos da política liberal  e  resolveu  passar o trator em tudo que diz respeito à soberania nacional, promovendo o desmonte da nossa economia e do estado nacional.

Para tanto, conta com  o apoio da maioria dos membros  dos três poderes, como acontece com parte do judiciário, órgão definido  como guardião da Constituição Federal. Conta ainda com o apoio de parte  do Congresso Nacional, que junto ao Executivo e o Judiciário compõem a superestrutura do estado burguês proposta pelo filósofo francês Montesquieu, idealizador do estado tripartite  que cá pra nós nunca funcionou com independência. É um simulacro de democracia para inglês ver.

Plataforma da Bacia de Campos

             

Colocou na mesa da  roleta 36, nada menos do que a  Petrobrás, a maior Empresa Estatal do Brasil e a terceira petroleira do mundo, com o fito de seduzir os apostadores. Para o público interno e visando vencer resistências, precisou  eleger a Petrobrás como bode expiatório, desclassificando-a e passando a oferecê-la em holocausto aos grupos econômicos e financeiros transnacionais.

Essa investida na economia como um todo, a rigor, foi e continua sendo  na verdade um projeto de poder,  confiado ao Ministério Publico Federal – MPF do Paraná, sob a responsabilidade do Procurador Federal Deltan Dalagnnol, com o apoio e a cumplicidade  do Juiz Sérgio Moro, com o nome sugestivo  de Operação Lava Jato. Essa Operação pretensamente moralizadora, se revelou mais tarde a maior farsa da nossa história, perdendo gradualmente em credibilidade a cada revelação diária, numa erosão moral para o autores e atores da franquia, além  dos franqueados espalhados pelos estados. 

Ninguém, em sã consciência, pode jamais  ser contra o combate à corrupção onde quer que ela ocorra. Malgrado, também não é possível endossar a forma açodada, visivelmente tendenciosa e parcial das ações da Operação Lava Jato que se transformou numa máquina de moer reputações de forma sumária, sem direito ao contraditório e ao amplo direito de defesa, um pressuposto do Direito Positivo em uso no Brasil,  que se  baseia  em provas documentais que até agora não foram apresentadas, a não ser delações premiadas obtidas de forma quase  coercitiva.

Mas reservemos  a fatídica Operação Lava Jato e nos concentremos   nà questão específica do petróleo e  seus derivados, entre eles combustíveis. Entre  02 de dezembro de 2015 e 31 de agosto de 2016, ocorreu o período de gestação do golpe parlamentar que foi desfechado contra o governo legitimamente eleito de Dilma Rousseff, sob a acusação de “Crimes de responsabilidade por pedaladas fiscais e por créditos suplementares sem autorização legislativa.”  Depois do rito sumário de julgamento e consumado o impeachment, tomou posse em definitivo o Vice Presidente da República Michel Themer, em 31 de Agosto de 2016, permanecendo no cargo até a posse de Jair Bolsonaro em 1° de janeiro de 2019.

O monopólio estatal do petróleo no Brasil foi instituído em 1953 após a patriótica e vitoriosa campanha que tinha por palavra de ordem O Petróleo é Nosso,  materializado através da Lei 2004, no governo do Estadista Getúlio Vargas e que culminou com a fundação da Petrobrás.

Teve a quebra de monopólio 44 anos depois, através da Lei 9.478, de 6 de agosto de 1997 que revogou a Lei 2004, iniciativa do governo antinacional e entreguista de Fernando Henrique Cardoso-FHC, que extinguiu o monopólio do petróleo em toda sua plenitude, nas ações de: exploração, produção, refino,  transporte e distribuição  no Brasil, numa derrota do primeiro ao quinto, como pode ocorrer no jogo do bicho.

É fácil perceber pelas datas, que a trama é originária lá atrás no processo de privataria tucana, que chegou ao governo com uma sofreguidão antinacionalista imensurável, mas não teve tempo de completar o  desmonte e a pilhagem.

Houve uma desaceleração nos governos Lula/Dilma e  recrudesceu depois do golpe parlamentar, nas gestões Themer/ Bolsonaro, ganhando aceleração com a chegada de Paulo Guedes ao Ministério da Economia e à Presidência da República de fato, provocando uma frenética corrida  à partilha do butim, que a indiferença, o desinteresse  e  a  apatia do povo não impediu. Atropelaram  todo conceito de nacionalismo, visando transferir no menor espaço de tempo possível, a terceira maior petroleira do mundo para mãos privadas,  o que está  em curso.

Paulo Guedes que é egresso do sistema financeiro como dono do Banco Pactual, tem uma estreita relação com os grandes conglomerados econômicos e financeiros, além de dialogar com grupos econômicos diversos. Para ele “ao capital tudo e ao trabalho façamos justiça.”

Tem uma experiência internacional  fracassada que  foi o sistema previdenciário do Chile, implantado por ele e  que depois foi aplicado no Brasil. A população chilena veio se dar conta    depois de 53 anos de massacre financeiro, que  explodiu nas ruas daquele país  de forma incontrolável.

Pois bem, de posse da lei da quebra de monopólio do petróleo, herança do governo de lesa – pátria de  FHC, ele passou a implementar da forma mais servil possível e em total favorecimento aos acionistas,   o modelo atual  de reajuste de combustíveis e derivados  de petróleo  atrelado ao dólar.

O Brasil, ainda no governo Dilma Rousseff, alcançou a autossuficiência em combustíveis fosseis com a descoberta do Pré – Sal com  uma  tecnologia endógena, totalmente nacional, desenvolvida pela Petrobrás e definiu que 70% dos recursos obtidos no  pré sal,  seriam destinados à educação, ocasião em que o litro de gasolina que hoje custa RS$ 5,50 custava R$ 2,67.

Essa política de preços criou um grave problema para o governo Bolsonaro por tirar-lhe o discurso da necessidade de alcançar a autossuficiência e a modernidade. A Petrobras estava dando “mau exemplo” e era preciso “ajustar” a área técnica da Empresa com o fito de justificar e facilitar o trânsito dos entes privados. É a tal segurança jurídica que garante ao ente privado transitar sem medo e sem peias.

01-A primeira investida foi contra a prospecção e a extração de petróleo feita pela Petrobrás, com o propósito velado de liquidar a indústria naval que havia sido ressuscitada e ampliada por estímulo do governo Lula. No governo golpista ocorreu o cancelamento unilateral de todos os contratos de construção de plataformas e navios petroleiros para, ato continuo, iniciar a venda das plataformas marinhas e depois das refinarias. Estão percebendo?

A Paraíba que iria sediar o projeto de um estaleiro de conserto, um dos únicos do hemisfério sul e do mundo, viu os investidores se retraírem, serem repaginados e colocando em stand by. 

02- Promoveram a desativação de várias unidades operacionais regionais da Petrobrás, como as de:  Fortaleza, Mossoró e Natal com a perspectiva de fechar até a da Bahia, berço da história de prospecção de petróleo no Brasil  que assistiu recentemente a venda da refinaria Landulpho Alves, ocorrida  há poucos dias, por um valor equivalente ao faturamento da refinaria no período de um ano.

03- Diminuíram gradualmente a capacidade de refino de petróleo das  13  refinarias  da Petrobras e, ato continuo,  deram inicio   à  venda dos ativos por preços irrisórios, como forma de  impossibilitar ou dificultar a retomada  da hegemonia  da Petrobrás no próximo governo. É  a prática suicida de vender ativos para pagar despesas correntes que nos levará a bancarrota.

04- Passaram a exportar o óleo bruto extraído pela Petrobrás a US$ 25/30 o barril e a importar o produto refinado, inclusive a gasolina, a  US$ 80/barril, numa diferença negativa de US$ 60, ou seja, vendendo por menos e comprando por mais.

Essas são, entre outras as ações em curso para o desmonte do estado e especificamente  da nossa maior Empresa Estatal, construída totalmente com recursos públicos, ou seja, com o nosso dinheiro e sem o aporte de nenhum  vintém furado de quaisquer  empresário privado.

É a partir da análise desses fatos,  que queremos pontuar algumas interrogações que assaltam o raciocínio de quem tem um mínimo de nacionalismo e acredita na nossa soberania, mesmo sabendo de antemão que esse é um projeto muito menos de fragilidade econômica e muito mais de  dominação do imperialismo econômico  levado a efeito por intelectuais orgânicos preparados e assessorados, inclusive por organismos externos, para a execução  desse  serviço  sujo.

O nosso intuito é ajudar a esclarecer essa verdade, à qual  poucos têm acesso  e  que nem a imprensa oficial  nem as milícias digitais divulgam:

Refinaria Landulpho Alves – Bahia

              

                                                        PERGUNTAM – SE:

01-O que leva um pais autossuficiente em energia fóssil, a alienar todo um acervo infraestrutural em operação e  executando as atividades de: prospecção, extração, transporte, refino e distribuição de petróleo e derivados, com enorme capacidade técnica, entregando tudo isso ao apetite insaciável do capital e à lógica do lucro, sem nenhuma resistência e sem  dar um tiro sequer ? 

Os países agredidos pelos Estados Unidos sob pretexto de busca de armas nucleares, resistiram e ainda resistem à mão armada a essas investidas: Etiópia, Líbia, Irã, Iraque são exemplos disso e até a vizinha Venezuela, que tem resistido heroicamente,  tanto ao boicote, como ao bloqueio econômico, às calunias  e até agressões repetidas  e ameaças de invasão. para preservar a posse  das suas  imensas e cobiçadas reservas de petróleo. 

Não há nenhuma justificativa para a transferência do controle energético de quaisquer pais! Energia é um recurso estratégico e representa poder e nós não conhecemos nenhuma transferência pacifica de poder, nem mesmo no seio familiar.

Se atentarmos  para a rota traçada em  azul no mapa anexo, iremos  ver o longo  trajeto  do petróleo vindo  do oriente  para chegar  aos Estados Unidos, contornando o sul da África. Perceberemos também qual o real interesse daquele país do norte “nas questões humanitárias” de outros países, principalmente se forem produtores de petróleo  e o zelo por suas democracias e liberdades internas, para nos indagarmos a nós mesmos: 

Porque será que o Haiti, tão carente de tudo,  é ignorado e a sua miséria não sensibiliza o espírito magnânimo do Xerife do Norte? A resposta é muito simples: porque não tem petróleo, nem qualquer tipo de recurso natural que possa ser tomado.?

Por outro lado A Coreia do Norte que  tem petróleo, além  de outras riquezas minerais, tem sido vitima da cobiça dos USA  que fican rosnando de longe, descompondo, ameaçando, bravateando ,  mas ficam somente nisso e seu amuo não tem nenhuma consequência, pois os USA não têm coragem de  invadir  o pais. Por que será?  É simples! a Coreia do norte tem aliados de peso como a Rússia e a China que a protegem e como se não bastasse, têm bomba atômica e um respeitável arsenal bélico que nunca usou, a não ser para se defender.  Dizem que quem tem…., tem medo, deve ser por isso.

Com a passagem livre por um ou dois países “libertados” no Oriente Médio, podem  alcançar o  Mar Mediterrâneo, reduzindo o trajeto que  significa diminuir a distância à metade.

A linha vermelha mostra o encurtamento do longo caminho do petróleo, e uma linha verde auxiliar que vem da América do Sul saindo do   Brasil, passando pela Venezuela e pelo México, incorporará  às reservas dos USA,  o petróleo de  três grandes produtores aos seus  anelos, além da fantástica reserva de água da região amazônica. São dois coelhos mortos com   uma só cajadada. Os olhos dos USA estão fixados na geopolítica da dominação e o resto é conversa flácida para bovino dormitar!

02-O Brasil  como pais autossuficiente,  não pode nem deve adotar uma política de reajuste de combustíveis ancorada no dólar e  baseada na lógica draconiana da figura abstrata do mercado.

A política de preços no nosso caso, precisa, pode e deve ser ditada pelos custos de produção,  além de  uma margem de lucro republicano, para a Petrobrás. Essa margem  será destinada a novos investimentos para atender à demanda vegetativa e não para encher as burras de  especuladores ávidos por lucro fácil.

No momento atual os governos estaduais foram guindados à condição de usurários e vilões,  por cobrar pela circulação da mercadoria petróleo, já quase totalmente sob o domínio e posse dos grupos econômicos  e, poucos param para  fazer  uma conta bem simples: 

Por que em 2015/2016 os impostos estaduais que incidem sobre os combustíveis e derivados eram exatamente os mesmos  e o litro da gasolina custava R$ 2,67 e agora passou  a custar R$ 5,50. Porque subiu, subiu porquê?

Se os impostos fossem a 00,00% como pretendem os acionistas, além de quebrar os estados, será que o preço cobrado atualmente voltaria aos R$ 2,67????  Hein? Respondam!

Estamos assistindo a corrida em socorro dos “pobres acionistas” da Petrobrás  até por economistas de órgãos populares à procura da dormida no alpendre da casa grande!

O velho brincante vai animando o folguedo e divertindo os cordões azul e encarnado; a Diana com um vestido de duas cores  mediando, a mestra e a contramestra na ferrenha disputa para ver quem leva mais dinheiro  para o seu cordão. Nessa folia e se aproveita para culpabilizar  Deus e o mundo, menos ele.

Ricardo Noblat, na sua conta do Twiter fez uma sondagem  de opinião, a rigor uma enquete publicada na sua coluna da rwevista Veja, em que 4545 leitores opinaram da seguinte forma:

O governo Bolsonaro- 77,7%

Governadores estaduais-9,7%

O povo 12,6%

Não pensei viver para ver um Pastoril tão Profano!

Pastoril ou festa de Rei

   Petróleo é commodity, cobrada em dólar e não há como fugir, diz Castello Branco em sua fala leia a reportagem do Estadão ;veja.abril.com.br;.

                           

Consulta: www.cartacapital.com.br;

www.poder360.com.br;

www.folha.uol.com.br;

Fotografias: www.gazetadopovo.com.br;

www.epbr.com.br;youtube.

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4 COMENTÁRIOS

  1. A falta de leitura, a ignorância e desinformação levou e leva o Brasil a situação que se encontra agora. O Povo é tratado como porco lavagem e cabeça vazia. Nos últimos tempos a lavagem não tem sido para barriga e sim para o cérebro. E tudo continua com dantes no quartel de Abrantes como dizia o hilário personagem Bafo de Bode.

  2. Como autor do artigo eu me sinto alentado, pois ao escrevê-lo imaginei que fosse visto por poucas pessoas que se interessassem pela leitura. Enganei-me e confesso que foi o erro dos mais agradáveis que cometi, pois muita gente leu e compartilhou, numa demonstração de interesse é uma prova que longe do que pensam os negacionista oficiais e oficiosos o fim da história não chegou.

  3. Prezado João, você é leitura continua, diária, de cabeceira em minhas manhãs. Há nas suas escritas, um texto cuidado, motivador, crítico e que tem um lado, uma posição. Não creio em quem não tem lado, mesmo que contra o meu. Gosto de ler tudo, até dos de direita ou extrema direita, pois só se sabe o tamanho do inimigo se conhecê-lo. Entretanto, estarei sempre aqui, talvez não comentando todas, mas admirando e aprendendo com sua análise. Continue bravamente, estamos aqui!

  4. Amigo professor Etham a tua leitura é um atestado de qualidade que nos motiva a nos esforçarmos cada vez mais em dar o melhor
    Tu sabes da admiração que te tenho e do reconhecimento só teu trabalho, fundamental no controle de qualidade das águas recém chegadas do São Francisco.Teu trabalho científico foi ímpar e meritório.

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