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Opinião Publica ou Publicada

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 Por: João Vicente Machado

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A frase que dá título ao artigo, foi proferida por Winston Churchill, referindo-se à tal liberdade de imprensa, tão ansiada por muitos, tão controlada por poucos e sempre  negada  a  quase todos. 

Alguns classificam a imprensa como o quarto poder o que pessoalmente considero um exagero. Poder é uma palavra de muita densidade que somente os que controlam os meios de produção e o sistema financeiro, de fato detêm.

Se a chamada grande imprensa tivesse de fato poder, não aparelharia os seus veículos de comunicação, colocando-os a serviço do Ministério das Comunicações do Governo Federal e das Secretarias de Comunicação dos Estados.  Vivem de olho gordo nas verbas destinadas à carteira de divulgação e publicidade dos referidos governantes, poupando-os de quaisquer críticas e divulgando o que eles mandam.

Se o governante for mais parcimonioso com a coisa pública, imporá limites  a  essas verbas à real necessidade de divulgação daquilo que é realizado em benefício coletivo, estabelecendo um limite incômodo que os veículos de comunicação nunca aceitam. 

Nesse caso, antes de entrarem em  conflito direto e frontal, tentam transformar a féria, em uma  compensação financeira, propondo a barganha de um imposto devido  e não cobrado aqui, de uma tarifa pública reduzida  ou até isenta de cobrança acolá,  de uma renuncia fiscal em benefício  próprio mais  alí   etc. 

Depois da segunda fase, vem o processo de chantagem que, dependendo do incomodo provocado no governante, poderá ser transitório antes da ruptura final e o consequente alinhamento aos opositores, visando elegê-los como possíveis aliados, para com eles negociarem um modus operandis mais favorável.

Essa prática teve em Assis Chateaubriand o cacique maior, durante metade do século passado, até a década de 1960, quando foi sucedido por Roberto Marinho, o cacique emergente, a partir de então e que reinou até a sua morte, botando e tirando governo. 

Se é verdade que Assis Chateaubriand conspirou contra Getúlio Vargas que se viu obrigado a criar um jornal, A Última Hora, para se contrapor aos Diários Associados, é também verdade que Roberto Marinho atuou junto ao embaixador Lincoln Gordon no desfecho do golpe de 1964.

 Assis Chateaubrinad

                                           

                        

 Roberto Marinho e Filhos

                     

Hoje em dia esses grandes veículos estão sofrendo a concorrência das seitas pentecostais eletrônicas, além da mídia digital, onde parte considerável dela  transformou-se numa verdadeira milícia de baixíssimo nível, encarregada de moer reputações, da forma mais espetaculosa possível

Aqui na taba paraibana vivemos um momento deprimente de alinhamento da milícia, transformada em maquina de moer reputação e, sem nenhuma prova documental, se coloca à soldo de oligarquias carcomidas à procura da  ressurreição política.

Elegeram o ex-governador Ricardo Coutinho como alvo e toda liderança emergente que dele se aproxime passa a ser vítima de uma campanha sistemática e sórdida de difamação.

No fim de semana passado, mais uma vez miraram na prefeita do Conde Márcia Lucena, á serviço de uma oligarquia exangue que não se conforma com a revolução administrativa que Márcia vem fazendo, dessa vez usando um religioso, provavelmente da ala pentecostal da igreja católica.

Com certeza esse padre diverge da orientação do padre maior, Jorge Mário Bergoglio, o querido Papa Francisco a quem chamo de Chiquinho, repetindo sempre que ele, com a postura humanística que tem, vai acabar me levando de volta para a igreja.

Aos que pensam que esse é um comportamento novo, transcrevo abaixo as manchetes de um jornal francês em março de 1815, o Le Moniteur, sobre a fuga de Napoleão Bonaparte da ilha de Elba. Observem a variação de conceito expressa nas manchetes entre primeiro dia, 09/03 e o último dia, 22/03, ou seja, em  dez dias apenas, o conceito sobre Napoleão varia de Monstro a sua Majestade.

Qualquer semelhança com fatos ou pessoas vivas, não terá sido mera coincidência.

Napoleão Bonaparte

                       

 MARÇO DE 1815

09/03: O MONSTRO fugiu do local do exílio.

10/03: O OGRO desembarcou em Cabo Juan.

11/03: O TIGRE apareceu em Gap. As tropas estão chegando de todos os lados para deter-lhe a fuga. A miserável aventura acabará em fuga nas montanhas.

12/03: É verdade que o MONSTRO adiantou-se até Grenoble.

13/03: O TIRANO agora está em Lyon. O terror apoderou-se de todos que o viram chegar.

15/03: O USURPADOR arriscou-se a chegar a umas 60 horas da capital.

19/03: BONAPARTE adiantou-se em marchas forçadas, mas é impossível que alcance Paris.

20/03: NAPOLEÃO chegará amanhã aos muros de Paris.

21/03: O IMPERADOR NAPOLEÃO está em Fontainebleau.

22/03: Ontem à tarde, SUA MAJESTADE o IMPERADOR entrou solenemente em Paris e chegou ao Palácio. Nada pôde superar a alegria universal.


Consultas: https://recantodaspalavras.wordpress.com/

Fotografias:https://www.todamateria.com.br/

                  https://querobolsa.com.br/

                  https://www.gazetadopovo.com.br/

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2 COMENTÁRIOS

  1. A verba e o verbo sempre estiveram em disputa pelas forças que operam a hegemonia do poder. Excelente o resgate das manchetes relativas a Napoleao. De Monstro a Majestade, revela a mudança de narrativa que convém ao poder.

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