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O Traço Rebelde

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Por: Flávio Ramalho Brito


Ele foi um dos mais importantes cartunistas do Brasil. Criou tipos que ficaram marcados na história da caricatura no País: Capitão Zeferino, Graúna, Bode Orelana, Ubaldo, o paranoico e os insuperáveis “Fradinhos”, “Baixinho” e “Comprido”. Embora já tivesse feito alguns trabalhos em jornais foi no semanário O Pasquim, onde ele estreou no segundo número do jornal, em julho de 1969, que o mineiro Henrique de Souza Filho, que assinava seus desenhos como Henfil, despontou como um dos grandes nomes do cartum brasileiro. Para o jornalista e escritor Zuenir Ventura, os “Fradinhos” de Henfil mostram uma dualidade “ao mesmo tempo radical e amoroso, intolerante e generoso, doce e cáustico”.
Estreia no Pasquim
Durante o período da ditadura militar Henfil usou seu humor mordaz e cortante para investir contra o arbítrio existente na época, driblando a censura e tocando em assuntos, então, proibidos, como a tortura de presos políticos. O delegado Sergio Paranhos Fleury foi um dos mais temidos torturadores daqueles tempos. Foi, talvez, a figura mais poderosa da repressão aos que combatiam o regime ditatorial. Até uma lei havia sido editada, em 1973, para livrá-lo da prisão, que ficou conhecida como “lei Fleury”. Em fevereiro de 1978, ele era o chefe do famigerado Departamento de Investigações Criminais de São Paulo, quando foi decretada, pela Justiça, a sua prisão, pela participação na execução de três traficantes de tóxicos. Ele se apresentou espontaneamente, à polícia e ficou detido, segundo relato do Jornal do Brasil, em uma confortável sala onde, antes, havia funcionado o gabinete do Secretário de Segurança de São Paulo. Quatro dias depois, foi solto e reassumiu suas funções. A Isto É, de então, era uma respeitável revista, que havia sido criada por Mino Carta e que tinha as charges de Henfil na sua última página. Henfil aproveitou o episódio com Fleury e fez essa charge:



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3 COMENTÁRIOS

  1. Eu tenho certeza apesar da minha avançada idade (64) que 90% dos brasileiros não faziam nem ideia de uma história desta ocorrida em nossas vista e que até hoje não se tinha feito nenhum comentário. Mais uma vez PARABENIZO esse ilustre BLOGUEIRO por tão profunda pesquisa.

  2. O blog tem procurado ser incomum. Não tem financiamento e seus custos são suportados pelo editor/diretor que somos nós. Manteremos a linha de pesquisa comprometida com a verdade e podem crer que nesse espaço a lenda nunca será maior do que o fato. Por isso não corremos o risco de vê-la maior do que o fato.

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