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Imunidade de grupo ou seleção natural?

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Por: João Vicente Machado


    Pelas informações que temos, a “imunidade de grupo”, uma ideia surgida no Reino Unido nesses tempos de covid- 19, também chamada “efeito rebanho”, propõe a “disseminação da doença” como forma  da  população  adquirir imunidade.



  O Dr. Frederico Simões Barbosa, médico que tive como professor no curso de especialização  em engenharia sanitária na FIOCRUZ, sempre afirmava com  convicção  que a melhor vacina é  a doença. 

   O Dr. Frederico era um cientista renomado, então diretor da Escola Nacional de Saúde Publica- ENSP, com sensibilidade social acurada, digna de todo respeito e admiração. Um quadro científico da sua estirpe era merecedor do meu respeito e crédito e do respeito e crédito de todos os colegas de curso, entre eles o meu  querido amigo e companheiro, Uelio Joab de Melo Viana, como eu, pertencente aos quadros da CAGEPA.

  Frederico era pernambucano e com certeza guardava na mente as  doenças  endêmicas da     sua infância, pelas quais eu também passei, guardo na memória e sei de cor: verminoses   combatidas com óleo de rícino; sarampo tratado com chá de sabugueiro; catapora curada   com chá de cabelo de milho; e a caxumba ou papeira que as mães curavam com iodex, pomada à base de iodo para suprir a deficiência desse elemento químico na tireoide.

 Tudo isso só era possível porque as ocorrências eram raras e alcançavam, no máximo, o nível de  surto.

   As crianças que contraiam quaisquer patologias desse tipo ficavam imunes, como imunes ficam os portadores de gripe ou influenza. É sabido que a gripe, é causada por vírus e sempre tem características diferentes de uma para outra. 

“Imunidade de grupo” tratada como “disseminação da doença”, no nosso entendimento é uma temeridade e, a proposta do Reino Unido que parece ter tido a simpatia de Bolsonaro, foi abortada por pressão científica e popular.

  O governo brasileiro até o presente momento não apresentou nenhuma proposta concreta no sentido de enfrentar com firmeza a pandemia a não ser um elenco de medidas econômicas de efeito polêmico, merecedoras de críticas dirigidas ao ecUnomista Paulo Guedes, que só tem a atenção voltada para: proteção dos mercados; superávit primário; proteção ao mercado de ações, numa verdadeira fixação neoliberal, relegando a saúde pública a quarto ou quinto plano.

  Postei no meu facebook uma live conjunto que foi gravado por Eduardo Moreira, um ex banqueiro e Ciro Gomes, responsável pela importação do plano real, como ministro da Fazenda do governo Itamar Franco.

  Eles fazem uma análise crítica muito interessante sobre as medidas econômicas do ecUnomista Paulo Guedes, o maior entreguista da nossa história e um Chicago Boy convicto, que não admite a presença mínima do estado na economia, coisa que até a recém convertida Miriam Leitão já está defendendo. Aliás, em todas as crises cíclicas do capitalismo até os dias de .hoje, a tábua de salvação foi o estado.
    
  Como sabemos, ainda não há vacina comprovada para a prevenção do covid-19 e pela avaliação dos especialistas, a imunização seria alcançada com aproximadamente 60% da população infectada.

  Eu prefiro me abraçar com a minha ignorância e considerar essa atitude, no mínimo temerária e insana, comparando-a, mutatis mutandis, com o processo de seleção natural das espécies nos primórdios da existência do gênero animal, onde quem sobrevivia era sempre o mais forte.

 A competição pela sobrevivência acontecia entre espécies diferentes porque a competição no seio da mesma espécie tinha um nome: canibalismo!

 Essa decisão, que felizmente foi abortada, pode sugerir um forte indício de extermínio em massa com o objetivo de descartar parte da população do planeta Terra.

  Que a guerra bacteriológica existe, não é novidade para ninguém. É nela que são usados micro-organismos vivos que afetam vidas: humanas, animais e vegetais.

    Pelos registros históricos, foi usada pela primeira vez por Gengiz Kan, o mongol, lá pelo século V da era cristão, quando lutava contra os últimos bastiões do Império Romano com a parceria dos Hunos e dos Visigodos, ocasião em que aniquilou as populações de cidades inteiras utilizando como “auxílio” a chamada peste negra, que foi difundida por eles para eliminar os adversários.

    Aqui na paróquia, creio que ninguém esqueceu do bicudo, inseto que só come maçã de algodão, e que desembarcou no Brasil e quase exterminou a cultura da maior riqueza agrícola no nordeste brasileiro: o algodão. No nordeste mais de baixo, a vassoura de bruxa atacou o cacau da Bahia que é hoje em dia uma praga endêmica, como bicudo era do algodão; a soja, outra commoditie da nossa pauta de exportações, foi atacada pela ferrugem asiática, que permanece comprometendo produtividade até os dias de hoje; afora a fusariose, praga que atacou e quase acabou com o abacaxi de Sapé; o mal do Panamá, que feriu de morte a nossa saborosíssima banana maçã, e por aí vai.

   Voltando ao personagem que é a estrela do momento, o famigerado covid-19, quando do anúncio ameaçador da sua presença, eu manifestava minhas dúvidas sobre sua origem.

 Agora, quando escuto uma proposta dessas, acendo o desconfiômetro e me reservo pelo menos o direito do exercício da dúvida.

   O mundo fabril, com o uso da automação, revolucionou o processo industrial e aperfeiçoou o modo de divisão do trabalho com a introdução da mais valia relativa. Agora, eis que surge a inteligência artificial que está substituindo gradual e crescentemente a mão de obra e até moeda paralela já criaram, um tal de bit. coi. (parece que o nome é esse).

  Aplicativos eletrônicos; plataformas digitais; startups entre outros mecanismos disponíveis já inundam o mercado, provocando o aviltamento e a morte das relações de trabalho.

   A Uber não tem um carro e é a maior empresa de táxis do mundo; a AirbnB não tem um quarto e hoje é um gigante da indústria hoteleira; o I-Food não tem uma frigideira e divide com concorrentes o mercado das refeições. Perceberam?

  Se um navio tem uma sobrecarga e enfrenta uma tormenta, o que recomenda o comandante? Lançar uma parte da carga ao mar, maior ou menor dependendo do que seja necessário para que, restabelecendo o equilíbrio da carga, a embarcação seja preservada.

  Portanto, nos mantenhamos alertas e de olhos abertos, lembrando que qualquer semelhança com fatos ou pessoas vivas NÃO terá sido mera coincidência! Não trata-se de alarmismo, apenas a rememoração de fatos reais passados para evitarmos apostas equivocadas no futuro.
 
  Concluo evocando mais uma vez o Dr. Prof. Frederico Simões Barbosa, de saudosa memória, e por quem eu nutria um imenso respeito. Dizia ele:

  “O capital não existe para fazer filantropia, e sim para obter e reproduzir lucro”. Resistência a todo esse estado de coisas  é a palavra de ordem!

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3 COMENTÁRIOS

  1. Palavras de quem tem excelência e profundo conhecimentos de de fatos verídicos de outrora,e, quem vem sobrexistndo até os dias atuais, agora com intensidades alarmante uma em virtude do aumento populacional e outra pelo aumento insaciável do poder econômico.

  2. Não manifestei minha opinião, mostrei fatos.
    A minha opinião é pessoal e não considero os papéis de Judas e Barrabás como nos fazem crer.
    Eles eram zelotes, participavam de um movimento político que lutava pelo fim da tirania do império romano e o Cristo foi na contramão.

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