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Por: João Vicente Machado
O título lembra o filme de 1967, de Anatole Litvak, com Peter O”Toole, Juliette Greco e Omar Sharif, nos papéis principais. Na trilha sonora, uma música belíssima com o título de The World Will Smille Again, que teve uma bela interpretação de Ray Conniff, orquestra e coro.
O enredo se desenvolve durante a II Guerra Mundial, mais precisamente em Praga capital da Checoslováquia logo após a invasão da Polônia por tropas nazistas. O assassinato brutal de uma prostituta coloca em dúvida a autoria do crime e tem como suspeitos três generais do front, entre eles o general Tanz, personagem representado por Peter O”Toole.
A causa da suspeita é que a testemunha que se dispôs a falar, teria visto saindo da casa da prostituta na noite do crime, de onde ouvira gritos de pavor, um general reconhecido apenas pela farda do exército alemão, já que a testemunha não conseguiu ver o seu rosto. O pesadelo nazista, simbolizado por aquela noite macabra narrada no filme, durou o período que durou o III Raich. O restante é ver o filme!
Mutatis mutandis o Brasil teve uma longa noite dos generais que durou 21 anos, de 1964 a 1985, sendo uma caricatura tupiniquim dos requintes de crueldade da Gestapo, com direito a tortura, misterioso enforcamento (Herzog), explosão do Rio Centro, assassinatos misteriosos, censura rigorosa da imprensa alternativa e das artes. Contudo, mesmo com restrição de liberdade imposta manu militare, observou-se nitidamente duas correntes nas forças armadas:
Uma delas, representada pela chamada linha dura, executava o serviço sujo da repressão com expoentes como o delegado Sérgio Paranhos Fleury, o coronel Brilhante Ustra, ídolo de Jair Bolsonaro. Esse grupo, além de comandar as atrocidades brutais, como pau de arara, choques elétricos, torturas psicológicas, queimaduras, etc, ainda alimentava o ego da arraia miúda em busca de notoriedade, verdadeiro habitat de mediocridades do nível de Bolsonaro, e outros deslumbrados masoquistas.
Os autores intelectuais do golpe parlamentar que depôs Dilma Rousseff, uma vítima da tortura dos anos de chumbo, apressaram-se em construir um fantoche principal e várias marionetes distribuídas no Ministério Público, no Judiciário e na Polícia Federal, para em moldes mais camuflados, tomar o governo pelo voto como conseguiram em 2018.
Rubens Valente, na Folha de São Paulo do dia 20 de janeiro de 2019, já dava conta de mais de 45 militares no governo, espalhados por 21 áreas. A foto esquemática anexa nos dá uma ideia e ao que parece ser acrescida de mais um, na vacância do homem do chuveiro (Lorenzetti) que segundo rumores, está demissionário.
*Texto originalmente publicado em 14 de fevereiro
É um estudo muito profundo limitando -se à aqueles que como nosso BLOGUEIRO procura histórias antigas uma matéria tão ilustrativa e por muitos desconhecidas.
Bom tarde João. Lina está aqui vai acertar os comentários
João Vicente seu blog é uma riqueza uma aula de sabedoria
Parabéns João pela verdadeira aula de história.