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Por: João Vicente Machado
Como tem acontecido com frequência nos tempos atuais da época bolsonariana, nem sempre a gente pode sextar em paz.
De Rondônia nos chega a notícia que o governador do estado, de nome Marcos José Rocha dos Santos, um carioca que deu com os costados naquele estado e virou governador, determinou o recolhimento de 43 títulos e seus autores, numa ação de fazer inveja a Joseph Goebbels.
O governador já referido, como policial militar reformado, quer dar uma demonstração de disciplina militar ao RDE usando uma meia verdade que é muito pior do que qualquer mentira. Na sua (dele) lista negra ele inclui expressões como:
Aurélio Buarque de Holanda
Rubem Fonseca
Nelson Rodrigues
Ferreira Goulart
Carlos Heitor Cony
Mário de Andrade
Frantz Kafka
Edgard Alan Põe e entre outros, também
Machado de Assis e
Euclides da Cunha, sobre quem escrevi um texto recentemente.
Censurar todos esses nomes é por si só um pecado capital. Todavia, censurar Euclides da Cunha e Machado de Assis é um sacrilégio e mais do que isso, uma diarreia mental.
Quando afirmei que a disciplina dele é uma meia verdade é porque ele se enquadrou ao capitão Bolsonaro e não fez com o primeiro tenente do exército brasileiro, Euclides da Cunha.
Quanto a Aurélio Buarque de Holanda, deve ser por entender que ela é parente de Chico Buarque de Holanda.