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Por: João Vicente Machado
Sempre fui um cultor de fatos relacionados à presença do trem no nosso cotidiano dos tempos passados e sobre esse tema escrevi um artigo na revista da academia lavrense de letras, onde para minha honra, ocupo a cadeira do lavrense Filgueiras Lima e tenho por pares, intelectuais de renomada.
Domingo passado almoçamos em casa de Luciana Ribeiro e Valmir, no sítio Salamandra, município de Serraria, na companhia da minha companheira Gorette, e o casal de amigos Cledson Mendes e Priscila, onde fomos calorosamente recebidos, não somente pelo casal anfitrião mas pela comunidade rural onde moram, uma gente simples e humilde mas de grande generosidade.
À tardinha e já de volta, passamos pela bucólica e agradável Bananeiras e resolvemos parar um pouco na pousada/restaurante que funciona na antiga estação de trens da cidade.
Duas coisas nos impressionaram: a beleza rústica e a ambientação do restaurante, além da qualidade da cozinha, aliada ao serviço do chefe de cozinha e dos garçons da casa que fazem o diferencial de qualidade.
Embora separada a mais de 600Km de Lavras da Mangabeira no Ceará, as duas cidades eram presas uma a outra pelo liame comum, que tinha numa ponta o Colégio Agrícola Gustavo Augusto Lima em Lavras da Mangabeira e na outra ponta o Colégio Agrícola Vidal de Negreiros em Bananeiras, o famoso CAVN, ambos instituições federais de ensino agrícola e veterinário.
O colégio de Lavras nascera mas antes de atingir a maioridade exportava os concluintes do curso de Iniciação Agrícola para o CAVN onde concluíam o Técnico agrícola.
Recordo os irmãos conterrâneos e amigos Ribamar e Riler Alves, que fizeram muitas vezes esse percurso de trem, com três baldeações (troca de trem) em Arrojado, distrito de Lavras; em Itabaiana, no baixo Paraíba; e finalmente na Parahyba, com destino a Bananeiras.
Confesso que senti uma imensa saudade do trem com a certeza de que ele voltará e o maior indicativo são os monumentais engarrafamentos das estradas que reforçam a minha convicção e a minha torcida pelo retorno do trem da minha infância, modernizado, pontual e como melhor meio de transporte terrestre. Se não chegar a tempo para mim chegará para a posteridade.
Um lindo e realista comentário de outrora vidas que se fazem presente para contar na íntegra como foram seus melhores tempos de estudantes. Mais uma vez PARABENIZO este excelente BLOGUEIRO por mais essa viagem no tempo.
Belíssima matéria, na memória a memorável Estação de Trem de Bananeiras no século passado, que hoje nós acomoda com um belo restaurante e pousada
É o trem uma das melhores recordações da minha infância e da minha mocidade. Quando criança corria para trás de casa para ver A MARIA FUMAÇA refolegando ao chegar ou sair da estação. Jovem estudante viajava de Lavras para a cidade de Crato alegremente principalmente no período de férias
Portanto gostei de saber desse trajeto de trem de Lavras a Bananeiras que certamente tinha seus encantos