Por: João Vicente Machado
A notícia do assassinato ou queima de arquivo de Adriano Nóbrega foi destaque nos últimos dias e tem rendido vários exercícios de memória para desvendar o quebra cabeças que se desenhou revestido de muito mistério.
Adriano Nóbrega foi capitão da polícia militar do estado do Rio de Janeiro servindo no batalhão de operações especiais- BOPE, de onde foi expulso e, segundo as informações publicadas em vários órgãos de imprensa, constituiu uma milícia de nome ‘Escritório do Crime’ e passou a operar no subúrbio do Rio.
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| Adriano Nóbrega |
Milícia é o nome dado a organizações criminosas que se instalam em uma parte da urbe e sobrevive da chantagem e extorsão, nos moldes das gangues de Chicago nos anos trinta nos Estados Unidos, onde o maior expoente foi Al Capone.
Segundo consta, Adriano era ligado ao então deputado estadual Flávio Bolsonaro de quem se tornou amigo e foi homenageado duas vezes pela Assembleia Legislativa do estado com a medalha Tiradentes, sendo que a segunda homenagem ele recebeu na cadeia onde respondia por crimes diversos.
Pesa inclusive contra ele, a forte suspeita de ter executado a vereadora Marielle Franco que seria candidata à senadora e forte concorrente à vaga que seria disputada com o então deputado e hoje senador Flávio Bolsonaro.
Adriano fugiu e homiziou-se num sítio na periferia de Salvador, teve o nome estranhamente retirado da lista de presos perigosos pelo Ministro Sérgio Moro, o que soou como uma blindagem, até ser executado com suspeita de queima de arquivo.
As ligações de Antônio Nóbrega coma família Bolsonaro e outro bandido o Queiroz, que segundo dizem, era usado por ele, Queiroz, como laranja de um esquema que envolve todos os citados e esses fatos eram evidentes e de domínio público como mostra o esquema da foto abaixo.
Antônio Nóbrega havia revelado ao seu advogado Paulo Emílio Catta Preta que estaria fugindo por estar ameaçado de morte, vaticínio que finalmente se realizou como ele próprio previra, deixando esse rastilho de dúvidas e a bananosa a ser descascada. Aguardemos!
