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O Carnaval

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Por: João Vicente Machado
       O carnaval, na sua origem, surgiu como uma festa do cristianismo ocidental e antecede a quaresma, ocorrendo   anualmente entre fevereiro e o início de março. 
A palavra carnaval vem do latim, carnis levale, ou seja retirar a carne, o que sugere a abstinência de carne e o jejum no período da quaresma.

       Não é  uma  festa  nova, recente, pois os egípcios e os hebreus já tinham manifestações populares correlacionadas com o que hoje chamamos carnaval, não sendo portanto uma criação brasileira como muitos imaginam.

    No Brasil, os registros históricos citam o entrudo como uma manifestação dos escravos do período colonial, ocasião em que pintavam os rostos e saiam às ruas jogando farinha e bolinhas de água de cheiro (só Deus sabe de que)  nos transeuntes, prática que não mudou muito do carnaval dos nossos dias.

    Ainda menino, ouvi muitas narrativas de Maria do Carmo Vasques, de Lavras da Mangabeira, sobre o entrudo e sobre o carnaval de Pernambuco onde tudo começou.

      Ela era irmã do mestre Zuza  Vasques, meu cunhado, além de Arlindo e Geraldo Vasques,  todos  eles  músicos profissionais. Ela tinha uma irmã que morava no Recife onde ia com frequência e tinha  uma sensibilidade musical de origem, falando com desenvoltura: do sábado de Zé Pereira, de Dona Santa, do Clube das Pás (o nome é esse mesmo), dos Vassouras, do Homem da Meia  Noite, Madeira  do  Rosarinho e das famosas  orquestras  de  frevo dos maestros Duda e do indefectível Nelson Ferreira, seguidos hoje por um discípulo talentoso que é o maestro Spok. Portanto, pelo que lemos, o carnaval  como conhecemos  no Brasil começou em Pernambuco.

      A mudança da capital para o Rio de Janeiro levou com ela o entusiasmo pelo carnaval e propiciou o surgimento de uma plêiade de músicos e compositores, entre os quais Chiquinha Gonzaga com o pioneiro abre alas.





        O Carnaval do Rio evoluiu para um desfile de escolas de samba que a rigor é uma festa pasteurizada para inglês ver, exportando o modelo para São Paulo e Belo Horizonte.

     A exceção à regra é a Bahia, que sempre teve e mantém uma cultura própria que criou o trio elétrico e colocou o povo atrás.

       Pernambuco se mantém mesclando o novo de Boa Viagem com o original de Olinda, onde os metais sonorizam o frevo original e mantém a tradição. Bela tradição.

SpokFrevo Orquestra | Vassourinhas (M. da Rocha) | Instrumental Sesc Brasil:

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