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O samba do crioulo doido

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Por: João Vicente Machado

    O escritor e jornalista  carioca Sérgio Porto, que usava o pseudônimo de Stanislaw Ponte Preta, observando que os sambas-enredo das escolas de samba do Rio de Janeiro utilizavam obrigatoriamente um tema repetido ano a ano,  retratando somente fatos históricos,  compôs uma canção com o título SAMBA DO CRIOULO DOIDO, satirizando a iniciativa.

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    Na sua criatividade misturou JK com a Princesa Leopoldina que depois virou trem, Chica da Silva com Tiradentes, por fim Dom Pedro virou uma estação também.
    Aqui na terrinha, o nosso Zé Limeira fazia isso com maestria no mundo da viola e alcançou notoriedade, coisa tão perseguida hoje em dia.
    A expressão usada no título caiu no gosto do povo e passou a ser usada para refletir coisas sem sentido e sem lógica.
    As imagens da Globo e propositadamente da escola da minha admiração,  o Grêmio Recreativo Esportivo e Social, Estação Primeira de Mangueira, ilustram o que quero comentar.
   
    No  dia de ontem na Paraíba, foi encenada uma ação policial  denominada Calvário, em que a sátira  de Sérgio Porto foi revivida, com todos os ingredientes da canção que eu sugiro que baixem e escutem.
    Um  desembargador , baseado num pedido do Ministério Público, emitiu uma cesta de ordens de prisão e de buscas e apreensões. 
     Até aí tudo bem, cuidava-se de combate à desvio de dinheiro público.   A Polícia Federal deu cumprimento ao ato, numa ação conjunta e espetaculosa, com as duas redes de comunicação de maior audiência a frente, afora a arraia miúda das redes  sociais, todos de gordura nas mãos, numa pantomima de fazer inveja.
     Pelo que li e ouvi de advogados,  não havia sequer queixa formalizada contra os indiciados que não foram ouvidos nem intimados.  Portanto e segundo eles, não havia motivo para prisão preventiva nem de audiência de custódia.
    No meio do rolo entraram até conselheiros do TCE, que já foram suspensos do exercício, além de descumprimento de decisão da Assembleia Legislativa  que é um poder independente, pelo menos até ontem.
    São muitas  e espetaculosas ações que confundem o entendimento comum,  partindo daquele princípio inverso que prega: “todo mundo é ladrão até prova em contrário”.
    Ao que parece, “a república do Paraná fez escola”.  Lá condenaram e prenderam  Lula pela simples suposição de aquisição de um apartamento cafona, numa praia cafona, no valor de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), que estava em nome da OAS e foi arrestado e leiloado para cobrir parte do débito daquela empresa construtora).
Aguardemos!

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