O por do sol sertanejo

Por: João Vicente Machado


    Não há nada mais deslumbrante para um catingueiro do que o sertão!


    A paisagem característica que alterna entre o verde do inverno e o cinza da seca
nos causando a impressão de natureza viva e natureza morta.

 Dom Helder Câmara, de saudosíssima memória escreveu um livro cujo título era, O Deserto é Fértil, onde ele usa a metáfora para a sua pregação humanitária.

    Quando ouço alguém dizer nessa época que o tempo está feio, não consigo enxergar essa feiura em nada no semiárido.

  Tudo a seu tempo e em tempo de enxergarmos as duas formas de beleza coma lembrança no belíssimo verso do poeta Ivanildo Vila Nova:

Pelo vaqueiro que vaga

Por Pinto e sua viola,

Por Zumbi o quilombola,

Conselheiro e sua saga.

Pelo baião de Gonzaga,

A luta de Virgulino,

O barro de Vitalino,

Pelo menino de engenho.

Por tudo isso é que tenho

Orgulho em ser nordestino.


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