Natal, um banho de luz

Por:Mirtzi Lima Ribeiro;

Se muitas pessoas não observam nem vivenciam o Natal com olhos de amor e sim de conveniência ou incentivo ao consumo, em que isso me afeta? Sinceramente? Em nada.

Eu penso que aquilo que vale é o que está no meu coração, o que vai dentro dele e o que sai dele para o mundo.

Acredito que cada pessoa vivencia a vida, bem como qualquer outra data festiva, conforme o nível de consciência que possui e de receptividade que cabe em seu coração.

Imagina se eu fosse me importar com o modo como a maioria das pessoas vive a sua vida! Não posso e não devo me abater diante dos valores que estariam invertidos, das motivações que são duvidosas, dos abismos que existem entre o que é, e aquilo que deveria ser!

Opto pelo pensamento de que ao percebermos essas cruciais diferenças, o mais importante é não ficarmos mexidos emocionalmente com tal constatação.

Cada um tem o livre arbítrio ou o poder de decisão sobre si próprio para viver e adota o entendimento que achar mais conveniente.

E a lei máxima é que uma pessoa não pode dar aquilo que não possui. Do zero, não podemos extrair nada.

Nosso papel é viver a vida de acordo com os ditames de nossa consciência e quando não pudermos fazer nada, é interessante orar e enviar luz a todos, inclusive sobre nós próprios. Sim, nós precisamos também de muita luz, pois também somos imperfeitos e estamos passíveis de erro.

Quantas vezes nós erramos o alvo e outras tantas, erramos feio? Quantas vezes machucamos outra pessoa com palavras ou até mesmo com setas venenosas em nossos pensamentos? É momento de reavaliar nossos comportamentos, decisões e alvitre.

Logo, o que importa é que providências iremos tomar quando nos observarmos nesses desvios. O mais sábio é corrigir o passo de imediato ou o mais rápido possível e procurar reparar eventuais danos.

Também é bom lembrar que nessa época de Dezembro há um solstício, e nele, muita luz é emanada sobre todos. Os antigos sábios e as escolas herméticas chamam isso de irradiação de energia extra-cósmica sobre o planeta. É uma energia divina, excelsa, sublime.

Esse solstício em dezembro – de inverno e de verão a depender do Hemisfério -, é um período celebrado por não-cristãos, neo-druidas e druidesas, culturas indígenas a exemplo dos andinos (Inti Raymi), dos americanos do norte da tribo Hopi (Soyal) e de chineses (Dongzhi), com rituais em que se ressalta o sol, a fertilidade e a renovação da vida. Há nessas comunidades o costume de organizar banquetes e celebrações espirituais, algumas em alusão a festas pagãs ancestrais.

O Festival Dongzhi na China ou Festival do Solstício de Inverno, é tradição celebrada durante os dias de 21 a 23 de dezembro

Nessa época, em todo o globo terrestre muitos parecem amenizar os ânimos e se mostram mais agradáveis ou suaves, não por hipocrisia mas talvez pelo acesso à este banho de luz que recebem durante o solstício ou porque estão suscetíveis aos eflúvios das evocações e vibrações em que muita gente se envolve.

As orações, evocações e pensamentos de paz irmanados se multiplicam e criam um campo vibracional potente de longo alcance. E isso ocorre exatamente entre o dia 20 e 26 de dezembro de cada ano.

Então, mesmo que alguns não tenham o hábito de serem bons ou empáticos, parecem receber nesse período uma carga maciça de bondade e de luz.

Por esse prisma, o semblante ameno, assim como o sorriso deles pode ter essa motivação que é inexplicável sob o ponto de vista concreto e pragmático.

Então, que nesse período de Dezembro nos seja possível contribuir com uma emanação consciente de amor e luz que envolva a tudo, na real intenção de que essa luz do solstício seja potencializada e nos dê forças e discernimento para agir em benefício do todo, engrandecendo a humanidade.

-0-0-0-
Adaptado a partir de texto meu escrito em 2016

-0-0-0-

Comentários Sociais

Mais Lidas

Arquivo