
Por:Mirtzi Lima Ribeiro;
Os grandes problemas que chegam na vida nos ensinam muito, se estivermos receptivos ao aprendizado que eles carregam. Entretanto, eles não agregarão nada de útil e saudável se acionarmos o modelo de reclamação ou se ficarmos remoendo aquele status corriqueiro da pena de si mesmo. E essa segunda opção é sabotar a nossa capacidade de adaptação e da busca por soluções.
Há um dito entre os estudiosos que ressalta isso: “o problema não é o problema e sim o que fazemos com ele”. Na verdade, os problemas, os impasses e as dificuldades que surgem diuturnamente, são elementos que nos tiram de zonas de conforto e nos ajudam a ativar nossos mecanismos de resiliência assim como também de maturação e de inteligência na busca de soluções menos ácidas e que resultem em uma alavanca para avançarmos, lograrmos êxito em adquirir qualidades a mais no ato de viver. Isso nos conduz a buscar dentro de si as condições ou a aptidão de se realizar, de fluir e de se firmar.
Meus momentos mais difíceis foram os que me proporcionaram maior avanço em consciência e na localização de meus potenciais adormecidos.

A expressão “cenoura, ovo e café”, trata de uma parábola que nos faz analisar as prováveis reações e respectivos resultados diante das adversidades na vida diária.
A cenoura vai amolecer com o calor e o ovo irá enrijecer, mas será o café que irá transformar a água em uma saborosa iguaria. A moral dessa metáfora fala da importância de não impormos resistência aos problemas como fez “o ovo” ou se esfacelar com eles como aconteceu à “cenoura”, mas agir para modificar nossa perspectiva e as circunstâncias à semelhança do “café”.
Assim, é preciso ver as dificuldades como oportunidades e como uma benção que chega para nos melhorar e nos tornar mais capazes. Sempre digo que o aluno mais avançado receberá problemas mais arrojados para decifrar e resolver.

Na vida prática, os problemas podem parecer ruins de imediato, mas, são libertadores e podem nos impulsionar para condições melhores à frente. Portas fechadas indicam novas direções. Cada não recebido pode nos conduzir a novos patamares de compreensão e do desenvolvimento de competências e maestria que antes havíamos desconsiderado. A variável nesse quesito será a maneira como nós reagimos e nos movemos diante dos impasses.
É preciso copiar o comportamento e a reação do café diante do calor das emoções ou de problemas que surgem. É aprender a transformar tudo isso em sabor e no prazer de ver a alquimia na transformação de chumbo em ouro ou de modificar a água em vinho.




