
Por: Mirtzi Lima Ribeiro;
A mulher contemporânea deveria estudar na história da humanidade a trajetória de seu gênero, de modo a compreender com maior abrangência, a importância das conquistas alcançadas.
Durante milênios a mulher foi colocada em uma posição não apenas secundária, mas na condição de objeto de uso e de exibição, subtraída de seus direitos, sendo-lhe negado o desenvolvimento de talentos, aptidões, de estudo e de profissão.
São recentes os direitos dela a ir e vir, a possuir independência financeira, a ser dona de si, a ser respeitada pelo que ela é: um ser humano tão capaz quanto o gênero masculino.
Entretanto, nos dias atuais, ao galgar patamares de certa independência e poder pessoal, ela ainda é vista por muitos homens como uma ameaça e como um ponto fora da curva.

No cenário atual, uma mulher empoderada percebe que o amor tem se tornado um item incerto, podendo ser fugaz ou inexistente. Por que? Muitos homens a evitam por não saber lidar com aquela que assume o seu poder pessoal e sabe o que quer.
Ela poderá ter amigas e amigos de verdade, e eles olharão o que ela fizer como gracioso, bom, belo e aceitável. Para os “amigos da onça”, tudo o que ela fizer poderá ser visto como ostentação, esnobação, inconveniência, como algo inoportuno ou encontrarão todos os motivos para lhe carimbar com algo pejorativo ou de desprezo, visando ofuscar ou macular tudo o que ela é e faz.
Tais carimbos são provenientes de pensamentos apequenados e mesquinhos muito comuns em pessoas rasteiras.
Portanto, qual a sugestão a dar a uma mulher que dá poder a si mesma para ser quem ela quer ser?
Capacite-se, encontre seu ritmo, seu talento e maestria, seu tom e sua nota chave, sua missão e seu mister.
Defina seu estilo, alinhe seus pensamentos às suas ações e hábitos. Estabeleça suas metas e objetivos, conecte-se consigo mesma.

Arrume-se para a sua própria satisfação e ignore tudo aquilo que não condiz com o que você é, inclusive julgamentos que venham de pessoas que não sabem como são belos o seu coração e sua estirpe.
Olhe-se no espelho com ternura e condescendência. E nesse olhar sobre si mesma, perdoe-se por tudo que fez ou deixou de fazer, por tudo que viveu ou deixou de viver, pelas expectativas que criou e se evaporaram, pelas vezes que acreditou em quem não deveria confiar.
Enfim, perdoe-se por tudo: pelo que acertou e pelo que errou. Mas, antes de tudo, entenda que seu universo, seu mundo, suas escolhas quer elas tenham sido certas ou erradas, coerentes ou incoerentes, lógicas ou ilógicas, elas fazem parte de seu aprendizado e são aquilo que você precisava viver para ser quem você é hoje, uma pessoa plena, que quer viver da melhor e mais saudável maneira que for possível.

No mundo atual, boa parte das pessoas resolveu viver na superficialidade e se esqueceu que atrás de uma imagem humana, especialmente de uma mulher de valor, há um coração que já viveu experiências de toda a sorte, inclusive as que lhe deixaram marcas e temores que funcionam como anticorpos, capazes de acionar mecanismos de defesa, quando estão diante de sinais parecidos ao que viveram de desagradável ou que viram alguém próximo viver.
O ponto fundamental é saber que quando uma mulher assume seu poder pessoal, seu brilho se evidencia, sua pele rejuvenesce, sua mente se expande, suas decisões são mais sensatas, seu emocional fica mais estável e ela sabe filtrar com mais clareza o que é saudável e bom para a sua vida. Seu poder de escolha e de vida se transporta para um nível de maior excelência.




