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A Normalização das Ameaças

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Por: Avenzoar Arruda;

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Vivemos em uma era marcada por uma perigosa passividade intelectual e pela falta de pensamento crítico, justamente em um momento histórico em que esses atributos são mais necessários do que nunca. Recentemente, vimos líderes de grandes potências, como o presidente de um dos maiores impérios econômicos e militares do mundo, defenderem abertamente a anexação de territórios soberanos, algo que remonta às práticas imperialistas do início do século XX. No entanto, a resposta das chamadas lideranças mundiais tem sido, geralmente, o silêncio.

Esse silêncio cúmplice lembra episódios sombrios da história, como a política de apaziguamento durante a ascensão de Hitler na década de 1930, que culminou na Segunda Guerra Mundial. A máxima de que “quem não aprende com a história está condenado a repeti-la” nunca pareceu tão relevante. A tragédia parece iminente, embora sua forma exata seja desconhecida: será um conflito global? Um colapso climático agravado pela inércia política? Ou uma erosão total dos direitos humanos em nome de interesses corporativos e autoritários?

Enquanto isso, debates ideológicos fundamentais estão sendo silenciados. A esquerda, por exemplo, hesita em defender abertamente o socialismo ou propor alternativas revolucionárias para construir uma sociedade mais justa e igualitária. Essas ideias, uma vez associadas à luta por direitos humanos e por justiça social, são agora ridicularizadas como anacrônicas. Em contrapartida, performances vazias de conteúdo são celebradas e monetizadas, muitas vezes às custas de uma audiência alienada e economicamente vulnerável.

Ideais como solidariedade e igualdade são frequentemente vistos como sinais de fraqueza, enquanto a exploração e a ambição desmedida são exaltadas como virtudes. Faltam os partidos de esquerda e seus programas, sobram Bets e igrejas. Nenhum espectro ronda o mundo diante da dura realidade da ascensão fascista contemporânea.

Diante desse cenário, o pessimismo parece inevitável, mas a história também nos ensina que é possível virar o jogo. A questão urgente é: como despertar a sociedade para reagir antes que a tragédia se concretize? A humanidade precisa escolher entre continuar caminhando para o abismo ou resgatar os valores que sustentam a justiça, a igualdade e a solidariedade. Mas nos faltam direção política e lideranças dispostas a lutar por esses valores.

 

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