Por:Mirtzi Lima Ribeiro;
Vi o tempo passar, mas, fui caminhar a seu lado, de mãos dadas, de livre e alegre vontade. Por não oferecer nenhum tipo de resistência a ele, descobri como chegar a Cronos, o senhor do tempo, para além dos anéis de Saturno.
Ao ficarmos conhecidos, em razão de nossa observação mútua e amizade sincera, eu descobri como voltar e adiantar meu próprio tempo. Eu aprendi a criar um tempo fora do tempo, assim como consegui acessar o que é atemporal. E é no atemporal, na ausência total de demarcações, que o potencial criativo e inventivo, se potencializam exponencialmente.
Embora possa parecer uma ilusão, nesse nosso Universo, o tempo assume na Terra, as funções de marcar, demarcar, cronometrar e definir períodos, fases e eras.
O tempo é parceiro do nascimento e da morte, do renascimento e da existência eterna.
Assume-se um ‘Ouroborus’, recriando-se a partir de si mesmo, infinita e continuamente. Ele está retratado nos cálculos infini-tesimais, nos números de menos a mais infinito e nos ciclos sem fim.
Em todo o percurso, meu eu imortal continuará lado a lado com o tempo, experimentando, amadurecendo e vivendo nessa eterna e fascinante teia da existência.
