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Irei deixar para fazer amanhã

Por: Neves Couras;

Este texto é um alerta e, ao mesmo tempo, uma reflexão para todos nós. Espiritualistas de todos os tempos vêm nos chamando a atenção para a transformação da Terra. Hoje considerada lugar de prova e expiação, já iniciou o processo de transição para Planeta de Regeneração.

Essa transição significa que todos os habitantes da Terra que não conseguem ser ou transmitir energia voltada para o bem e para o amor serão “levados” para outros planetas com energia inferior à da Terra. É evidente que essa viagem acontecerá com a finitude das energias que alimentam nosso corpo terrestre.

É evidente que essa partida, ou seleção, já começou. Desde a pandemia e tantos outros eventos, parte da população já vem sendo levada, e, ao mesmo tempo, a divindade ainda nos dá a oportunidade de mudarmos de atitude. Ninguém se torna santo de um dia para o outro. Essa é uma conquista de séculos e séculos de reencarnações e depuração.

Mas, supondo que chegasse uma grande nave vinda de outro planeta e dela descessem espíritos preparados para separar o “joio do trigo”, como dizia em minhas palestras — e hoje digo por meio dos canais que me são permitidos —, eu pergunto: já preparou sua malinha para a viagem? O que você está levando? Pois, daqui, além do peso do nosso espírito, só temos permissão para levar em nossa bagagem os sentimentos e nossas ações.

Fazendo aquela análise, como muitos católicos fazem no confessionário ou diretamente com Deus, honestamente, o que há em maior quantidade em sua malinha? Sei que não temos santos por aqui, mas talvez ainda tenhamos tempo de tirar dela algumas coisas que não nos servirão no outro lado. Contudo, algumas serão extremamente necessárias: o perdão, a caridade feita sem esperar nada em troca, os abraços que não demos, não por falta de oportunidade, mas por orgulho; as oportunidades de oferecer um sorriso sincero; as vezes em que deixamos de visitar um amigo por pura preguiça. As ocasiões em que poderíamos ter feito caridade a alguém, mas pensamos: “esse problema não é meu”. Ou ainda, quando não ajudamos porque pensamos: “dei conselhos e ele ou ela não me ouviu, agora que se vire”.

Mas nem só de coisas más está cheia a nossa mala. Nela estão computadas as vezes em que, por ganância, tivemos a possibilidade de fazer o mal, mas nosso coração, já amadurecido para o bem, desistiu. A vez em que aquele comentário maldoso ou aquele julgamento estava na ponta de nossa língua, mas cerramos os lábios e não permitimos que o pensamento se materializasse na palavra.

A cartilha que Deus nos deixou por meio de Moisés, e depois complementada por Seu Filho amado, não é difícil de seguir quando iniciamos a caminhada e o aprendizado. Para ser bom, não é necessário ter curso superior, nem seguir nenhuma religião. Basta ter uma consciência voltada para não fazer mal a ninguém. Tratar o próximo como gostaríamos de sermos tratados. Simples assim.

Falando em fazer ou deixar de fazer algo, já ouviu falar que não devemos deixar para fazer amanhã o que devemos fazer hoje? Pois, nessa frase tão repetida popularmente, está o maior dos conselhos: FAZER O BEM.

Há uma história que recebíamos muito no Centro Espírita. Contava-se que havia um homem muito rico, que prometera ao Centro construir uma escola para crianças carentes. Mas sempre que era lembrado, dizia: “de amanhã não passa”. No dia seguinte, porém, a morte o veio buscar. E, por apego ao dinheiro, deixou de aplicar seus recursos no bem de tantas crianças por tantos anos. Esse é um dos exemplos de como o “hoje” pode ser uma grande urgência.

No Novo Testamento, lemos que “a felicidade não é deste mundo”. Mas posso garantir que podemos ter inúmeros momentos de gratidão, de alegria e, portanto, de felicidade.

E, para concluir este pequeno texto, deixo um recadinho de Chico Xavier:

“A felicidade não vem da posse ou do domínio, mas de um coração sábio e dedicado.”

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